<p>Neste artigo, discutiremos as noções de gestos fundamentais e de agir didático de professores de língua portuguesa do ensino fundamental. A identificação dos gestos e do agir didático nas atuações dos professores podem servir para uma melhor compreensão do trabalho docente. A focalização que fazemos neste artigo se dá em relação às intervenções do professor em sala de aula, especificamente no que tange ao desenvolvimento de um objeto de ensino relativamente às aprendizagens dos alunos. Para discutir esses dois conceitos, pautamo-nos nos campos teóricos relacionados às ciências do trabalho, à Linguística Aplicada e à Didática das Línguas. Metodologicamente, discutimos os procedimentos realizados em duas pesquisas sobre três objetos de ensino diferentes: subordinada relativa, texto argumentativo e a leitura de textos narrativos.A identificação dos gestos e do agir didático na atuação dos professores sobre esses objetos visaa aprendizagens específicas gramaticais, discursivas e leitoras dos alunos. Nossos resultados mostram que as noções de agir e de gesto didático podem contribuir para uma maior compreensão do trabalho do docente. Elas podem também ser usadas pelos professores a fim de melhorar suas formas de atuação em sala de aula. </p>
Este artigo apresenta estudo acadêmico-científico sobre o uso do dispositivo metodológico e interventivo nomeado autoconfrontação em pesquisas produzidas em programas de pós-graduação stricto sensu de Educação brasileiros. A autoconfrontação foi criada pelo linguista Daniel Faïta e aperfeiçoada pelo psicólogo Yves Clot no contexto da abordagem histórico-cultural de Psicologia e Educação, de Lev Semenovich Vigotski e, mais especificamente, no âmbito da Clínica da Atividade. Trata-se de dispositivo que busca captar os múltiplos discursos e perspectivas em torno de um ofício determinado, integrando pesquisador e trabalhadores, de modo a favorecer a instalação de um movimento dialético de análise e produção de saberes sobre o trabalho, apropriação destes conhecimentos pelo coletivo de trabalhadores e transformação da atividade laboral. Optamos pela abordagem qualitativa de pesquisa e pela realização da análise documental dos resumos de pesquisas que resultaram na produção de teses de doutorado e dissertações de mestrado realizadas no Brasil entre 1987 e 2011. Foram examinados os estudos que tiveram os seus resumos reunidos e tornados disponíveis pela Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) em seu sítio eletrônico. Os resultados apontam que a autoconfrontação é usada de modo fragmentado nos estudos produzidos na área da Educação, ao servir prioritariamente para recolha de dados e ao conferir menor ênfase para a transformação do processo laboral.http://dx.doi.org/10.14572/nuances.v24i3.2699
Este artigo apresenta um estudo sobre o uso da autoconfrontação em pesquisas de Linguística Aplicada (LA) sobre o trabalho docente. A autoconfrontação foi criada por Faïta (1997) e aperfeiçoada por Clot (2006) no contexto da Clínica da Atividade. Trata-se de dispositivo que busca captar os múltiplos discursos em torno de um ofício e favorecer sua transformação pelos trabalhadores. Optamos por abordagem qualitativa de pesquisa e realização da análise documental dos resumos de teses, dissertações e artigos produzidos no Brasil (1987 a 2011) disponíveis no site da CAPES. Os resultados apontam que a autoconfrontação é usada de modo fragmentado nos estudos de LA que examinam o trabalho docente, ao servir prioritariamente para recolha de dados e ao conferir menor ênfase para a transformação do processo laboral.
Este artigo apresenta um estudo sobre o uso da autoconfrontação em pesquisas de Linguística Aplicada (LA) sobre o trabalho docente. A autoconfrontação foi criada por Faïta (1997) e aperfeiçoada por Clot (2006) no contexto da Clínica da Atividade. Trata-se de dispositivo que busca captar os múltiplos discursos em torno de um ofício e favorecer sua transformação pelos trabalhadores. Optamos por abordagem qualitativa de pesquisa e realização da análise documental dos resumos de teses, dissertações e artigos produzidos no Brasil (1987 a 2011) disponíveis no site da CAPES. Os resultados apontam que a autoconfrontação é usada de modo fragmentado nos estudos de LA que examinam o trabalho docente, ao servir prioritariamente para recolha de dados e ao conferir menor ênfase para a transformação do processo laboral.
Este artigo discute o uso do dispositivo autoconfrontação em investigações sobre o trabalho docente realizadas por pesquisadores da Linguística Aplicada, em particular, pelos estudiosos do grupo de pesquisa Análise de Linguagem, Trabalho Educacional e suas Relações (ALTER) que desenvolveram as suas atividades entre 2003 e 2013, sob a liderança da professora doutora Anna Rachel Machado da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo/PUC-SP. O artigo apresenta a autoconfrontação, suas origens, referências teóricas, fases e movimentos que devem ser seguidos na sua aplicação. Em seguida, buscou-se examinar o uso da autoconfrontação em teses de doutorado e dissertações de mestrado produzidas no contexto do ALTER. Ao final, são apresentadas as limitações na utilização do dispositivo verificadas nas pesquisas do grupo e, também, o seu significativo legado para a Linguística Aplicada e para as Ciências do Trabalho.
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