RESUMO Este artigo discute a aquisição da regra de retração do acento do inglês por falantes do português brasileiro, lançando luzes sobre a influência da L1 e do ensino na aquisição de uma L2. Foi aplicado um experimento no qual 37 falantes nativos e não-nativos de inglês produziram as mesmas palavras isoladamente, em contexto de choque acentual e em contexto sem choque acentual, de modo que se pudesse observar a produtividade desse fenômeno. Os resultados encontrados mostram que a retração ocorreu em proporções semelhantes em contextos com e sem choque acentual e que os aprendizes de nível avançado se aproximaram bastante da taxa de aplicação dos nativos. Também se observou que palavras terminadas em obstruinte não favoreceram a aplicação da regra enquanto palavras terminadas em vogal longa ou nasal favoreceram, o que evidencia que a estrutura silábica e o inventário segmental da L1 afetam os resultados da L2.
Este artigo trata da aquisição do acento primário do inglês por falantes de português brasileiro. O objetivo é observar se falantes não nativos conseguem modificar a noção de sílaba pesada do português (equivalente a sílaba com rima ramificada) para a do inglês (equivalente a núcleo ramificado). Os resultados indicaram que o nível de proficiência é significante, mas que o segmento da sílaba final e a possibilidade de epêntese afetam ainda mais os resultados. Os resultados nos permitem defender que, apesar da grande influência da L1 nos níveis de proficiência iniciais, a reparametrização (nos moldes de Chomsky 1982) é possível.
RESUMO Este artigo trata da aquisição do acento primário do inglês por falantes de português brasileiro. O objetivo é observar se falantes não nativos conseguem modificar a noção de sílaba pesada do português (equivalente a sílaba com rima ramificada) para a do inglês (equivalente a núcleo ramificado). Os resultados indicaram que o nível de proficiência é significante, mas que o segmento da sílaba final e a possibilidade de epêntese afetam ainda mais os resultados. Os resultados nos permitem defender que, apesar da grande influência da L1 nos níveis de proficiência iniciais, a reparametrização (nos moldes de Chomsky 1982) é possível.
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