RESUMOEste estudo teve como objetivo delinear as concepções da equipe de enfermagem acerca do cuidador familiar da criança hospitalizada. Pesquisa clínica-qualitativa, realizada com 14 profissionais de enfermagem de um hospital universitário no Sul do Brasil. Os dados foram coletados entre setembro e outubro de 2011, mediante entrevistas semiestruturadas e tratados por meio da técnica de Análise de Conteúdo, originando quatro categorias temáticas que tratam das relações entre profissionais e familiares no contexto da internação infantil: "A família na hospitalização infantil: elementos para o cuidar", "A criança hospitalizada: a família como suporte do bem-estar infantil", "O cuidador familiar e o cuidador profissional: encontros e desencontros na internação pediátrica" e "O papel da família no processo de acolhimento e cuidar". Pode-se verificar que, para a equipe de enfermagem, a família é fundamental no acompanhamento da criança hospitalizada, contribuindo para o cuidado e no processo de recuperação da saúde. Conclui-se que o processo de reflexão e capacitação contínua da equipe para o acolhimento e a abordagem humanizada dos familiares é essencial à qualificação do cuidado pediátrico.Palavras-chave: Família. Cuidado da criança. Criança. Enfermagem. Criança hospitalizada. INTRODUÇÃOQuando surgiram os primeiros hospitais pediátricos, a partir do século XIX, a presença dos acompanhantes das crianças era permitida pelo tempo que os mesmos pudessem dispor. Registros evidenciam que o primeiro destes hospitais foi implementado em Paris em 1802 e, posteriormente, em Londres e nos Estados Unidos em 1850. Entretanto, este mesmo período foi marcado pela grande disseminação de doenças infecciosas, o que levou à necessidade de adoção de medidas severas, redundando na restrição de visitas e no isolamento das crianças hospitalizadas (1)(2) . Após a Segunda Guerra e com a descoberta do antibiótico, a criança passa a ser vista como um ser psicossocial e que apresentava necessidade de cuidados especiais. O número cada vez mais reduzido de homens na Europa, que comprometia a economia das nações, foi também um fator importante e reforçador deste modo de pensar. Contudo, a discussão quanto à necessidade de alojamento conjunto para as crianças e seus cuidadores teve seu auge somente em 1943, quando pesquisadores apontaram a influência benéfica da presença dos pais para a recuperação da criança hospitalizada. Em consonância com esta premissa, a Organização Mundial de Saúde divulga em 1951, relatórios que referem à ausência materna durante a internação infantil, como algo prejudicial à saúde mental das crianças que necessitam da hospitalização (2) . Outro marco importante nesse contexto foi o relatório Platt, publicado no Reino Unido em 1959, e que também considerava a liberação da visita dos pais, sem restrição de horários, como um elemento essencial à promoção do bem-estar emocional e psicossocial das crianças internadas em unidades hospitalares (2)(3) . No Brasil, o programa "Mãe-participante" do Estado de São Paulo, instituído ...
Estudo descritivo de abordagem qualitativa cujo objetivo foi apreender como ocorre o cuidado familiar às crianças e adolescentes com diabetes mellitus tipo 1. Foram entrevistados sete familiares no período de abril a junho de 2012. Os dados obtidos por entrevista semiestruturada foram submetidos à análise de conteúdo, modalidade temática. Emergiram duas categorias temáticas, que revelaram as transformações ocorridas na vida destas famílias, destacando as relacionadas à restrição alimentar e à falta de suporte adequado por parte das redes sociais, amigos e demais familiares. Desta forma, vislumbra-se a necessidade de educação continuada não somente junto aos familiares que convivem diariamente com esta criança/adolescente, mas também a todos os profissionais envolvidos na assistência, bem como aos membros da família extensa.
Significados atribuídos pela equipe de enfermagem em unidade de terapia intensiva pediátrica ao processo de morte e morrer REME
Estudo exploratório, descritivo, de abordagem qualitativa, desenvolvido com o objetivo de conhecer o itinerário percorrido pela família da criança internada em unidade hospitalar. Os dados foram coletados na unidade de internação pediátrica do Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM), por meio de entrevistas semi-estruturadas junto aos acompanhantes, posteriormente submetidos a análise de conteúdo, originando duas categorias: O papel da família na identifi cação de desvios de saúde na criança, e o (Des)preparo dos serviços de saúde: impactos sobre o atendimento à saúde infantil. Constatou-se a conduta expectante da família frente à doença infantil, com busca de meios alternativos e procura tardia dos serviços de saúde. Esses, por sua vez, apresentam lacunas no percurso de atendimento, do diagnóstico ao tratamento, gerando estresse familiar e aumentando as possibilidades de agravo do quadro clínico da criança.
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