RESUMO:O óleo-resina de copaíba obtido do gênero Copaifera L., Fabaceae, é largamente utilizado na medicina popular como antiinflamatório, antimicrobiano e antitumoral. Porém, informações sobre seu potencial tóxico são escassos na literatura. O objetivo deste estudo foi estabelecer a toxicidade oral aguda e os possíveis efeitos neurotóxicos relacionados à ingestão do óleo-resina de Copaifera reticulata Ducke, Fabaceae, em ratas Wistar. O estudo foi conduzido com quinze ratas nulíparas distribuídas nos grupos de doses 300 e 2000 mg/kg pc de óleo-resina administrado por gavagem. Os resultados obtidos mostraram que nestas doses não houve sinais clínicos de toxicidade ou neurotoxicidade, alteração no consumo de ração ou alteração no peso corpóreo. A dose letal aguda foi estimada como maior que 2000 mg/kg pc e classificada como categoria 5, segundo o Guia OECD 423. Estes resultados indicam que existe uma relativa margem de segurança para o uso do óleo-resina de copaíba como agente terapêutico, embora estudos toxicológicos adicionais sejam ainda necessários, principalmente com a administração repetida de baixas doses.Unitermos: copaíba, ratos, toxicidade aguda, neurotoxicidade.ABSTRACT: "Assessment of the neurotoxic potential and acute toxicity of copaiba". Copaiba oil-resin obtained from Copaifera L. genus, Fabaceae, is largely used in popular medicine as antinflammatory, antimicrobial and antitumoral. Information concerning the potential toxicity of this oil is limited in the literature. The goal of this study was to investigate the acute toxicity and the possible neurotoxic effects related to the ingestion of Copaifera reticulata Ducke, Fabaceae, oilresin using female Wistar rats. Fifteen nulliparous rats were used and distributed in the experimental groups orally exposed to doses of 300 e 2000 mg/kg bw of oil-resin (gavage). No overt clinical signs of toxicity or neurotoxicity, alteration of food consumption or body weight were observed in the animals at the tested doses. The lethal oral toxicity was estimated to be higher than 2000 mg/ kg bw, classified as category 5 according to OECD Guide 423. These results indicate that there is a certain safety margin associated with the use of copaiba as therapeutic agent, although additional toxicological studies are still necessary, mainly using repeated low doses.
Resumo O objetivo deste trabalho foi avaliar efeitos de tratamentos medicamentosos para infecções por coronavírus. Revisão sistemática rápida com buscas nas bases MEDLINE, EMBASE, Cochrane, BVS, Global Index Medicus, Medrix, bioRxiv, Clinicaltrials.gov e International Clinical Trials Registry Platform. Foram incluídos 36 estudos avaliando alternativas medicamentosas contra SARS, SARS-CoV-2 e MERS. A maioria dos estudos incluídos foi conduzida na China com delineamento observacional para tratamento da COVID-19. Os tratamentos mais estudados foram antimaláricos e antivirais. Nos antimaláricos, a metanálise de dois estudos com 180 participantes não identificou benefício da hidroxicloroquina em relação à negativação da carga viral via reação em cadeia de polimerase em tempo real e o uso de antivirais comparado ao cuidado padrão foi similar em relação aos desfechos. As evidências científicas disponíveis são preliminares e de baixa qualidade metodológica, o que sugere cautela na interpretação dos dados. Pesquisas que avaliem a eficácia comparativa em ensaios clínicos randomizados, controlados, com tempo de acompanhamento adequado e com os métodos devidamente divulgados e sujeitos à revisão científica por pares são necessárias. Recomenda-se atualização periódica da presente revisão.
CONTEXT AND OBJECTIVE: Scientific and technological development is crucial for advancing the Brazilian health system and for promoting quality of life. The way in which the Brazilian Ministry of Health has supported clinical research to provide autonomy, self-sufficiency, competitiveness and innovation for the healthcare industrial production complex, in accordance with the National Policy on Science, Technology and Innovation in Healthcare, was analyzed. DESIGN AND SETTING: Descriptive investigation, based on secondary data, conducted at the Department of Science and Technology, Ministry of Health. METHODS:The Ministry of Health's research management database, PesquisaSaúde, was analyzed from 2002 to 2009, using the key word "clinical research" in the fields "primary sub-agenda" or "secondary subagenda". The 368 projects retrieved were sorted into six categories: basic biomedical research, preclinical studies, expanded clinical research, clinical trials, infrastructure support and health technology assessment. From a structured review on "clinical research funding", results from selected countries are presented and discussed. RESULTS: The amount invested was R$ 140 million. The largest number of projects supported "basic biomedical research", while the highest amounts invested were in "clinical trials" and "infrastructure support". The southeastern region had the greatest proportion of projects and financial resources. , empregando a palavra chave "pesquisa clínica" nos campos "sub-agenda principal" ou "sub-agenda secundária". Foram encontrados 368 projetos, classificados em seis categorias: pesquisa biomédica básica, estudos pré-clínicos, pesquisa clínica expandida, ensaios clínicos, infraestrutura e avaliação de tecnologias em saúde. A partir da revisão estruturada sobre "financiamento da pesquisa clínica", resultados de países selecionados são apresentados e discutidos. RESULTADOS: O total investido foi R$ 140 milhões. A maioria dos projetos apoiou "pesquisa biomédica básica" e os maiores investimentos foram em "ensaios clínicos" e projetos de "infra-estrutura". O Sudeste deteve a maior proporção de projetos e recursos financeiros. Em alguns aspectos, o Brasil está à frente de outros países do BRICS (Rússia, Índia, China e África do Sul), sobretudo no estabelecimento da Rede Nacional de Pesquisa Clínica. CONCLUSÃO: O MS assegurou investimentos para incentivar a pesquisa clínica no Brasil, contribuindo para promover a coesão entre os investigadores, as políticas de saúde e o complexo industrial da saúde.
Contexto: O gasto elevado com medicamentos biológicos ameaça a sustentabilidade dos serviços de saúde. O objetivo da presente re-visão rápida foi embasar a discussão da Política Nacional de Medi-camentos Biológicos no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), por meio da identificação de barreiras de acesso a esses medica-mentos. Metodologia: Revisão rápida da literatura nas fontes de infor-mação Medline via PubMed, EMBASE, Biblioteca Cochrane e Center for Review and Dissemination (CRD). Resultados: Foram incluídos nove estudos com delineamento transversal. No contexto do usuário, as barreiras foram a falta de conhecimento sobre o medicamento, a dis-tância entre a moradia e o serviço de saúde, os longos períodos de espera por atendimento e a passividade sobre decisão de tratamen-to. Para os profissionais de saúde, as barreiras referem-se a aceitabi-lidade em relação ao medicamento, intercambialidade e substituição, percepção de ausência de dados clínicos que favoreçam eficácia e segurança. No contexto do gestor, as barreiras foram alto custo do medicamento, problemas de reembolso e de assistência. Não foram encontradas barreiras no âmbito governamental do sistema de saúde nos estudos incluídos, apenas no âmbito privado, isto é, a proprieda-de industrial. Conclusão: Para que políticas de saúde sejam efetivas, é essencial o emprego de evidências científicas. São necessárias soluções para as barreiras de acesso de medicamentos biológicos.
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