Objetivo: O estudo teve o objetivo de avaliar o panorama dos transplantes de órgãos sólidos (TOS) no Brasil e compreender as diferenças entre a profilaxia oral com valganciclovir e o tratamento preemptivo intravenoso com ganciclovir em pacientes de alto risco para desenvolvimento da doença pelo citomegalovírus (CMV) (D+/R-), e seu potencial impacto na desospitalização. Métodos: Por meio do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), uma análise retrospectiva foi realizada para avaliar os principais centros de transplantes brasileiros e obter os TOS realizados em 2014. Os cálculos foram baseados na permanência hospitalar média por TOS, tempo de internação para cada abordagem farmacológica e número de pacientes D+/R-. A permanência hospitalar para tratamento preemptivo e profilaxia foram baseadas em diretrizes de uma instituição brasileira de referência. A taxa de infecção de CMV foi obtida de uma revisão da literatura. O desenvolvimento da doença pelo CMV após tratamento preemptivo ou profilaxia não foi considerado. Resultados: Em 2014, os centros de transplante avaliados realizaram um total de 6.912 TOS. O valganciclovir profilático proporcionou anualmente 21 dias a menos de hospitalização por paciente. A partir da relação do valor incremental (21 dias) entre a utilização de ganciclovir e valganciclovir e a média geral de permanência hospitalar no SUS para qualquer procedimento (5,6 dias), sugere-se que 3,75 novas internações por qualquer causa poderiam ocorrer por cada paciente em profilaxia. Conclusão: O valganciclovir profilático para pacientes D+/R-submetidos a TOS é potencialmente capaz de promover a desospitalização, permitindo maior comodidade ao paciente transplantado e utilização racional de recursos pela instituição.
Objetivo: A presente avaliação tem como finalidade determinar o custo-efetividade do tratamento de tocilizumabe em monoterapia como primeira linha de tratamento biológico em pacientes com artrite reumatoide (AR), sob a perspectiva do Sistema Único de Saúde do Brasil (SUS). Método: Foi elaborado um modelo de custo-efetividade com intuito de acompanhar os pacientes em tratamento após a falha de um medicamento modificador do curso da doença MMCD sintético, durante um horizonte de 24 semanas. O cenário-base avaliou a comparação direta de tocilizumabe versus adalimumabe, devido à existência de um estudo head-to-head. O cenário secundário avaliou tocilizumabe versus certolizumabe pegol e etanercepte indiretamente, por meio de uma metanálise de comparação indireta, devido à ausência de estudos head-to-head. A estimativa de custos médicos diretos totais para o tratamento de AR foi elaborada por opinião de especialistas e coletada de bases de dados secundárias. Resultados: O resultado do cenário-base do modelo evidenciou ganhos em efetividade com menor custo de tratamento, resultando em uma razão de custo-efetividade incremental (RCEI) dominante. O resultado do cenário secundário, comparação indireta, indicou que tocilizumabe foi mais eficaz que seus comparadores, sugerindo necessidade de investimento quando comparado a certolizumabe, que pode variar entre R$ 1.449,46 e R$ 18.934,62, e uma RCEI dominante quando comparado a etanercepte. Conclusão: A presente análise conclui que a monoterapia com tocilizumabe possui benefícios clínicos e econômicos no tratamento de AR, em pacientes que não podem manter a terapia com MMCD sintéticos e oferece alternativas aos sistemas de saúde no que se refere à alocação de recursos para sustentabilidade do sistema.
A2232010, tested a range of assumptions regarding the impact of the educational program on appropriate infection treatment behaviors. Mean event probabilities (i.e., meets criteria for empiric treatment, confirmation of infection, and adjustment of continuous dose) were taken from literature. Antimicrobial regimens were based on standard empiric and continuous doses from clinical practice; costing inputs were taken from REDBOOK™. Results: A cost-consequence analysis was conducted for two groups: "no education" and "with education". In the base case, the educational program was assumed to be 30% more efficacious than no education. As such, there were higher probabilities of: 1) patients who do not meet criteria for suspected infection not receiving empiric treatment; 2) treatment modification upon laboratory confirmation of the infection; and 3) discontinuation of antimicrobials when the suspected infection was not confirmed. Therefore, in a dialysis clinic with 100 patients, the intervention was associated with a total reduction of 32 empiric and continuous antimicrobial doses over one month and 382 doses over 12 months, for cost savings of $1,437 and $17,244 per month and per year, respectively. Furthermore, if the educational program was 100% effective (i.e., treatment with antibiotics always followed best practices), then there would be ~1,924 fewer annual antimicrobial doses and a net cost savings of $47,403 per year ($3,950 per month). ConClusions: Implementing an educational program to encourage antimicrobial prescribing best practices is a viable strategy to reduce unwarranted treatment and is associated with cost savings due to averted inappropriate treatment with antimicrobials.
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