Introdução: A gravidez na adolescência tornou-se um problema de saúde pública. O corpo de uma jovem mulher ainda não está fisiologicamente preparado para a gestação até seus 19 anos. Logo, torna-se uma gravidez de alto risco quando ocorre antes dessa idade. As comorbidades que acometem essas grávidas são inúmeras, podendo chegar ao óbito. Objetivo: Traçar o perfil regional, etário e de escolaridade da adolescente grávida relacionado com a mortalidade materna. Material e Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo, retrospectivo da gravidez na adolescência nas cinco regiões do Brasil de 2014 a 2018. Relacionou-se a mortalidade da amostra com as variáveis: escolaridade da mãe e faixa etária (10 a 14 anos e 15 a 19 anos). As fontes dos dados foram o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) e o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), disponíveis no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS). O indicador utilizado foi a razão de mortalidade materna, obtido pelo número de óbitos maternos até 42 dias pós-parto dividido pelo total de nascidos vivos multiplicado por 105. Resultados e Conclusão: No período do estudo, o perfil sociodemográfico da gravidez na adolescência apresentou um resultado de maior razão de mortalidade materna entre 10 e 14 anos na Região Centro-Oeste, com valor de 4,4. Já entre 15 e 19 anos, a região com o maior resultado foi a Norte, com valor de 57,9. Em relação à escolaridade, de 10 a 19 anos, a região com o maior índice de nenhuma escolaridade foi a Norte. Desse modo, o estudo evidencia a razão de mortalidade materna na adolescência como um problema de saúde pública, principalmente no Norte e no Nordeste do Brasil, na faixa etária de 15 a 19 anos, e nenhuma escolaridade. Reconhecer esse perfil é importante para o planejamento de ações de saúde que reduzam essa razão.
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