No ensino superior, uma das consequências do inglês como idioma de comunicação global é o EMI (English as a Medium of Instruction), ou seja, o ensino de disciplinas acadêmicas em inglês em países onde a língua materna não é a inglesa. Este trabalho tem como objetivo identificar crenças de professores brasileiros que trabalham com EMI a respeito de pronúncia, a partir de um referencial teórico relacionado ao Inglês como Língua Franca (ILF). Cinco professores de uma universidade pública do sul do país que têm treinamento com EMI foram entrevistados. A análise dos dados aponta para a coexistência de dois discursos conflitantes: um com foco na inteligibilidade e outro que enfatiza o “uso correto” da língua. Tais conclusões mostram a importância de uma perspectiva de ILF para a formação de professores de EMI no contexto brasileiro.
As relações interculturais que caracterizam nossa realidade globalizada são permeadas pela colonialidade. No contexto do ensino de inglês, enxergamos o deslocamento de um paradigma de inglês como língua estrangeira para perspectivas mais críticas (como de inglês como língua franca (ILF) e translinguagem) como possível caminho para a decolonialidade. Assim, neste trabalho, entrevistamos professores a respeito de seus planejamentos, recursos e crenças sobre os investimentos dos alunos no aprendizado. Ao voltarmo-nos para esses discursos, buscamos refletir sobre a possível presença de elementos que indiquem uma perspectiva de ILF e translinguagem, considerando, por um lado, uma desobediência epistêmica (MIGNOLO, 2008) e, por outro, uma perpetuação do imperialismo linguístico característico da colonialidade. Por fim, destacamos a importância de uma formação inicial/continuada de professores que contribua para a autorreflexão e o questionamento.
Buscando compreender a presença da língua inglesa no mundo em uma perspectiva educacional, professores investigam as implicações pedagógicas de se considerar o Inglês como Língua Franca (ILF). Nestes estudos, torna-se fundamental explorar contextos locais. O presente trabalho reflete a respeito das percepções dos alunos, considerando-se a função do ILF com base em Matsuda & Friedrich (2011), Pennycook (2008), Jordão (2014) e outros. Quatro aprendizes de inglês do Centro de Línguas e Interculturalidade da Universidade Federal do Paraná participaram de entrevistas semi-estruturadas que buscavam identificar suas ideias e representações sobre esta língua. Através de uma análise qualitativa, foi possível refletir sobre as implicações destas crenças em sala de aula, apontando possíveis caminhos para o desenvolvimento de abordagens de ensino de ILF.
We are two teachers engaged with English language teaching (ELT) from a critical perspective. As many other instructors who share this same line of thought, we have felt discomfort throughout our careers when evaluating students. Students, in turn, have also experienced the triggering of emotions, such as insecurity and imposterism when facing a test. This happens because there is still a predominance of structuralist, modern, and positivist assumptions in teaching, and more evidently, in assessment. With this background, we turned our attention to assessment in a more critical way, trying to develop a project that challenged the traditional, hegemonic, and normative paradigms in elt and proposed an alternative otherwise. This is how, at a language center from a Federal University in Brazil, we decided to explore a different way of doing assessment by asking students to collaboratively create booklets during one semester. In this article, we present and reflect on the approach we took. We conclude by arguing that assessment can be seen as a movement of avaliar se avaliando, a practice characterized by the reflexivity of teachers and students throughout the process.
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Rogério Alexandre das DoresCapítulo 9Narrativa sobre o ensino remoto a partir das vivências de uma professora aposentada: Quais janelas? Quais escutas? .
Em 2012, o Ministério de Educação (MEC) desenvolveu o programa Inglês sem Fronteiras (IsF) para ampliar a aprendizagem do inglês no Brasil. Nesta pesquisa, a questão se refere à importância do ensino de uma pronúncia que retém menos características do sotaque do L1, considerando as condições do IsF na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Os estudos das áreas de fonética/fonologia, de linguística aplicada e de pesquisas sobre metodologias de ensino de línguas estrangeiras foram utilizadas como referencial teórico neste trabalho. As perspectivas de professores de IsF foram analisadas através de um questionário e os resultados revelam que a ideia de inteligibilidade aparece no seu discurso, possivelmente revelando que o ensino da pronúncia no IsF depende do conceito de Inglês como Língua Franca (ILF). As consequências indicam a relevância do programa visto que promove o aprimoramento do ensino de inglês no país e contribui para a educação inicial de professores de inglês.
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