O presente trabalho investigou a associação entre a capacidade funcional e utilização de serviços de saúde entre idosos residentes na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Participaram do estudo 1.624 idosos (≥ 60 anos) selecionados por meio de amostra probabilística. A variável dependente foi a utilização de serviços de saúde, baseada em três descritores: número de consultas médicas, consultas domiciliares e hospitalizações. A variável independente de interesse foi a capacidade funcional, medida pelo relato de dificuldade em realizar atividades instrumentais (AIVD) e básicas (ABVD) de vida diária. A primeira esteve associada apenas à hospitalização (RP = 1,62; IC95%: 1,16-2,26) e a segunda apresentou-se associada à hospitalização (RP = 1,73; IC95%: 1,24-2,42) e à consulta domiciliar (RP = 8,54; IC95%: 4,22-17,27). Os resultados mostraram maior utilização de serviços de saúde, sobretudo aqueles mais onerosos, entre idosos com incapacidade funcional, e que a dimensão funcional não tem sido balizadora da atuação dos serviços, ainda condicionada à presença de doenças.
O objetivo deste estudo foi analisar a contribuição de variáveis físicas, psicossociais e sociodemográficas para a ocorrência de incapacidade funcional associada à dor lombar entre cuidadores de crianças com paralisia cerebral grave. A amostra foi composta de 45 cuidadores com lombalgia crônica. Foram coletados dados sociodemográficos e aplicados instrumentos sobre intensidade da dor, satisfação com a vida e incapacidade funcional. Os dados foram tratados estatisticamente e o nível de significância fixado em p<0,05. As variáveis que apresentaram correlação significativa com incapacidade (p<0,05) foram inseridas no modelo de regressão linear múltipla. A média de intensidade da dor foi 5,67±2,23; os escores médios de satisfação com a vida foram de 18,9±6,64 e de incapacidade, 9±5,35. Apenas a correlação entre intensidade de dor e incapacidade foi significativa (r=0,34; p=0,021). A análise de regressão linear múltipla confirmou a intensidade da dor como o maior preditor de incapacidade e explicou 11% da incapacidade (r=0,36; p<0,05). A intensidade da dor lombar é pois um preditor moderado de incapacidade, mas não foi encontrada interferência das variáveis sociodemográficas e satisfação com a vida no grau de incapacidade funcional dos cuidadores de crianças com paralisia cerebral.
Introdução: A epidemia da AIDS passou por diversas transformações e, nos últimos anos, observa-se aumento de casos de HIV/AIDS entre adolescentes e jovens. Assim, é fundamental conhecer essa população para embasar cientificamente as ações em saúde. Objetivo: analisar o perfil epidemiológico de adolescentes que vivem com HIV/AIDS no Estado do Espírito Santo, Brasil. Método: estudo descritivo, seccional, no qual foram analisadas notificações de HIV/AIDS entre adolescentes de 13 a 19 anos, entre 2010 e 2020. Resultados: foram encontrados 523 adolescentes vivendo com HIV/AIDS no período analisado (média de 47 casos/ano). Prevaleceu os adolescentes do sexo masculino (68,8%), com mais de 16 anos (média=18,0 anos), de raça/cor parda (54,6%), residentes na região metropolitana, próxima a capital. Foi observado que a escolaridade do sexo feminino é menor, estando 47,2% delas no ensino fundamental, enquanto 45,0% dos rapazes já estão no ensino médio. Em grande parte dos casos a infecção ocorreu via sexual, sendo, entre os homens, através de relações homossexuais (55,0%) e entre as mulheres por meio de relações heterossexuais (82,2%). A carga viral de HIV foi detectável em quase totalidade (84,8%) dos casos e 11 (6,8%) destes adolescentes evoluíram para óbito. Conclusão: O perfil epidemiológico dos casos de HIV e AIDS, entre os adolescentes, no Estado do Espírito Santo, demonstra maior frequência de casos no sexo masculino, na faixa etária de 16 a 19 anos, com ensino médio incompleto, que adquiriram HIV por via sexual desprotegida, em relações homossexuais. Destaca-se a alta porcentagem de jovens com carga viral detectável e os óbitos em decorrência de complicações da AIDS.
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