IntroduçãoA migrânea é o segundo distúrbio mais incapacitante do mundo, sendo que seu impacto na qualidade de vida é expressivo, sobretudo nos âmbitos profissional e emocional. Dentre os recursos não farmacológicos, estudos revelam que as atividades físicas podem ter impacto positivo no manejo dessa comorbidade. O objetivo deste estudo é buscar evidências científicas acerca da influência dos exercícios aeróbicos no manejo da dor em pacientes com migrânea.Material e métodosRealizou-se uma revisão sistemática da literatura no banco de dados PubMed, com os descritores: “Migraine AND (Aerobic activity OR aerobic exercise)”, selecionando apenas as metanálises e os ensaios clínicos publicados nos últimos 5 anos. Foram excluídos os estudos que não se enquadravam nos objetivos, restando 8 artigos para compor a revisão.ResultadosDe forma geral, os estudos apontaram que a atividade física aeróbica se mostrou favorável no tratamento da migrânea, diminuindo a frequência, a intensidade e a duração da dor, além de aumentar a aptidão física e o envolvimento dos pacientes em outras atividades do cotidiano. Um dos ensaios clínicos concluiu que a prática de atividades aeróbicas associada aos exercícios de relaxamento reduziram a sensibilidade da musculatura pericraniana/cervical, diminuindo a intensidade das crises de migrânea e a dor musculoesquelética cervical. Também, um estudo randomizado, duplo cego, apontou que a realização de exercícios aeróbicos tem efeitos terapêuticos clínicos positivos na redução da dor e nos aspectos psicológicos de mulheres com migrânea sem acesso a outras formas de tratamento. Ademais, um estudo comparativo concluiu que tanto as atividades físicas moderadas como as intensas possui impactos positivos no manejo da migrânea, no entanto, a segunda possui maior redução dos dias de enxaqueca quando comparada com a primeira. Por fim, dois artigos enfatizaram a importância da prática de exercícios físicos na população de baixa renda que possui migrânea, pois é uma terapêutica não farmacológica de baixo custo e que não apresenta efeitos adversos, reduzindo significativamente as crises dolorosas e aumentando a qualidade de vida desses pacientes, que muitas vezes não tem acesso a nenhum outro tratamento.ConclusãoA atividade física aeróbica mostrou-se uma opção terapêutica não farmacológica segura e eficaz na redução da frequência e intensidade da migrânea, além de ser mais acessível à população de baixa renda por conta de seu baixo custo.
Direitos para esta edição cedidos à Atena Editora pelos autores. Todo o conteúdo deste livro está licenciado sob uma Licença de Atribuição Creative Commons. Atribuição-Não-Comercial-NãoDerivativos 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0).O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores, inclusive não representam necessariamente a posição oficial da Atena Editora. Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais. Todos os manuscritos foram previamente submetidos à avaliação cega pelos pares, membros do Conselho Editorial desta Editora, tendo sido aprovados para a publicação com base em critérios de neutralidade e imparcialidade acadêmica.A Atena Editora é comprometida em garantir a integridade editorial em todas as etapas do processo de publicação, evitando plágio, dados ou resultados fraudulentos e impedindo que interesses financeiros comprometam os padrões éticos da publicação. Situações suspeitas de má conduta científica serão investigadas sob o mais alto padrão de rigor acadêmico e ético.
Direitos para esta edição cedidos à Atena Editora pelos autores. Todo o conteúdo deste livro está licenciado sob uma Licença de Atribuição Creative Commons. Atribuição-Não-Comercial-NãoDerivativos 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0).O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores, inclusive não representam necessariamente a posição oficial da Atena Editora. Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais. Todos os manuscritos foram previamente submetidos à avaliação cega pelos pares, membros do Conselho Editorial desta Editora, tendo sido aprovados para a publicação com base em critérios de neutralidade e imparcialidade acadêmica.A Atena Editora é comprometida em garantir a integridade editorial em todas as etapas do processo de publicação, evitando plágio, dados ou resultados fraudulentos e impedindo que interesses financeiros comprometam os padrões éticos da publicação. Situações suspeitas de má conduta científica serão investigadas sob o mais alto padrão de rigor acadêmico e ético.
IntroduçãoA International Classification of Headache Disorders define a cefaleia pós-punção dural (CPPD) como aquela que ocorre em até cinco dias após punção lombar (PL), causada por vazão de licor através do ponto de punção na dura-máter. Possui como fatores de risco ser adulto jovem, sexo feminino, gestante, história prévia de CPPD, maior calibre da agulha e/ou bisel cortante. O objetivo deste estudo é buscar as atuais opções terapêuticas e preventivas da CPPD, averiguando a segurança e a eficácia destas.MetodologiaFoi feita uma revisão sistemática da literatura no banco de dados PubMed, com os descritores: “Post-Dural Puncture Headache AND (Prevention OR Treatment)”. Selecionou-se apenas os ensaios clínicos e os estudos randomizados publicados integralmente em inglês nos últimos 10 anos. Excluiu-se os estudos duplicados e aqueles que não se enquadravam nos objetivos da revisão, restando 13 artigos.ResultadosUm ensaio clínico multicêntrico randomizado concluiu que a aminofilina, metabólito ativo da teofilina, pode ser útil não só no tratamento, como também na prevenção da CPPD, pois associou-se com redução da intensidade da dor, com escores positivos na Impressão Global de Mudança para o Paciente e sem evidência de grandes efeitos adversos. Em acordo, um estudo realizado com gestantes, demonstrou redução significativa da incidência de CPPD com pré-administração de 250 mg de aminofilina durante cesariana eletiva sob anestesia combinada raqui-peridural. Também, outro ensaio duplo-cego, randomizado, com 61 mulheres, observou que a incidência de cefaleia pós-punção dural foi de 78% no grupo de morfina intratecal e de 79% no grupo de solução salina intratecal, não havendo diferenças significativas entre os grupos no início, duração ou gravidade da dor. Além disso, muitos estudos citaram o bloqueio do gânglio esfenopalatino (BGE) como seguro e eficaz no manejo da CPPD, sendo que um deles evidenciou que os pacientes que realizaram esse procedimento com 0,3 ml de bupivacaína a 0,5%, apresentaram uma queda significativamente na escala de dor, 15 e 30 minutos após administração do tratamento, durando por 24h após o procedimento.ConclusãoA aminofilina e o BGE se mostraram seguros e eficazes como opção terapêutica da CPPD, sendo que o primeiro também mostrou bons resultados como opção profilática. Já a morfina e solução salina intratecais não diminuíram significativamente a incidência ou a gravidade desse tipo de cefaleia.
IntroduçãoO gânglio esfenopalatino tem sido implicado na gênese das cefaleias pós-punção dural (CPPD). Sugere-se que o bloqueio do gânglio esfenopalatino (BGEP) pode aliviar os sintomas dessa cefaleia que diminui a qualidade de vida de vários pacientes. O objetivo deste estudo é averiguar se o BGE se mostrou uma opção terapêutica segura e eficaz no manejo da CPPD.Material e MétodosTrata-se de uma revisão sistemática da literatura, delineada em dois dos quatro critérios da estratégia PICO, nos bancos de dados PubMed e Lilacs, com os descritores: “Sphenopalatine Ganglion Block AND Headache”, totalizando 98 artigos. Os critérios de inclusão foram: ensaios clínicos randomizados, relatos de caso, publicação até 10 anos, língua inglesa. Excluiu-se os estudos duplicados, aqueles artigos ainda não concluídos.ResultadosEm um ensaio clínico randomizado, duplo cego, evidenciou- se que os pacientes que realizaram BGEP com 0,3 ml de bupivacaína a 0,5%, apresentaram uma queda significativamente na escala de dor (NRS score), 15 e 30 minutos após administração do tratamento, durando por 24h após o procedimento. Em consonância, um relato de caso, em que foi realizado um BGEP em contexto ambulatorial, verificou- se que a administração de levobupivacaína a 0,5% no tratamento para CPPD causou uma melhora significativa dos sintomas por mais de 24 horas após o procedimento. Outros dois relatos de caso, um com três pacientes (lidocaína viscosa a 2%) e outro com um paciente pediátrico, concluíram que o tratamento com BGEP reduziu significativamente a intensidade da CPPD. Em desacordo, um dos ensaios clínicos randomizados concluiu que o BGEP bilateralmente com 1 ml de anestésico local (lidocaína 4% e ropivacaína 0,5%) ou placebo (solução salina) não teve efeito estatisticamente significativo na intensidade da CPPD após 30 minutos. Por fim, um relato de caso concluiu que dois BGEP transnasal com lidocaína a 4% em cada narina de uma paciente grávida resultou em melhora significativa no mesmo dia, o estudo ressaltou que o bloqueio deve ser considerado para tratamento da dor de cabeça em grávidas, pelo profundo alívio da dor e a prevenção de medicamentos sistêmicos.ConclusãoO BGEP se mostrou seguro e eficaz na redução da intensidade da CPPD durante as primeiras horas, no entanto os estudos apresentaram discordância a respeito da sua eficácia a longo prazo, necessitando de estudos de maior evidência científica sobre esse assunto.
IntroduçãoA neuralgia primária do trigêmeo (NPT) é um tipo de dor neuropática, que causa crises de dor em choque de forte intensidade. Atualmente, o tratamento de escolha padrão é o farmacológico, mas há evidências de que a acupuntura pode ser favorável no manejo desse tipo de dor crônica. O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia da acupuntura como tratamento não farmacológico da NPT.Material e métodosFoi realizada uma revisão sistemática da literatura no banco do PubMed, com os descritores: Idiopathic Trigeminal Neuralgia* Acupuncture*. Os filtros utilizados foram: ensaios clínicos, metanálises e publicados nos últimos 10 anos (n=14 artigos). Foram excluídos os estudos inconclusos e aqueles que não se enquadravam nos objetivos.ResultadosUm estudo clínico randomizado apontou a necessidade de no mínimo 10 sessões de acupuntura no tratamento da NPT, sendo que a melhora dos sintomas se destacam após a quinta ou sexta sessão. Também, outro ensaio randomizado, duplo cego, observou redução da dor nos pacientes tratados com acupuntura, bem como manutenção dos resultados por 6 meses sem necessidade de incremento de dose a terapia farmacológica usual. Além disso, destaca-se seu efeito analgésico para dor miofascial secundária a NPT. Ademais, um estudo de caso controle, com 120 participantes, apontou que a técnica de acupuntura sensibilizada pelo calor, conhecida como moxabustão, apresentou uma taxa de sensibilização em 83,3% dos portadores de NPT, associando-se com redução da dor e melhora na qualidade de vida. Também, foi evidenciado, em outro estudo de caso controle, um decréscimo importante de síndromes dolorosas em pacientes submetidos há pelo menos 6 semanas de acupuntura, em comparação com o grupo controle. No entanto, apesar de apresentar efeitos positivos sobre a NPT, uma metanálise considera que ainda faltam evidências de alto teor científico para se confirmar essa relação. Por fim, outro estudo apontou que tanto a técnica de acupuntura com punção profunda quanto a de punção superficial foram eficazes na redução da dor em pacientes com NPT, sendo que a primeira apresentou resultados mais significativos que a segunda.ConclusãoA acupuntura se mostrou uma opção terapêutica não farmacológica eficaz e segura no manejo da NPT, sendo a do tipo punção profunda apresentou melhores resultados em relação à superficial. Ainda assim, torna-se necessário mais estudos com maior rigor científico sobre o tema.
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