This article discusses the spatial dimension of the religious experience between candomblecistas and evangelicals, which involves these agents' spatial practices and equally, their representations of space. This is done by establishing a parallel between Mythical Geography and Prophetic Geography with Candomblé (Terreiro do Cobre) and Neo-Pentecostalism (Universal Church of the Kingdom of God), respectively. These geographies (Mythical and Prophetic) were described by Dardel (2015) and express various ways of human beings relating to the Earth. It is these modes of relationship with space-synthesized in the concept of geographicity-that are discussed based on distinct creeds in which different ways of perceiving, representing and acting in reality are presented through two symbolic forms (CASSIRER, 1994), that of myth-which substantiates a Mythical Geography-and that of religion-which in turn gives rise to a Prophetic Geography.
Apresentamos neste artigo as percepções e representações espaciais segundo dois grupos religiosos, os candomblecistas do Terreiro do Cobre e os evangélicos da Igreja Universal. Desvelando a religião enquanto forma simbólica, atuando, através de sua cosmogonia, nas formas de ser de seus adeptos e da estruturação da realidade, veremos as distintas maneiras como os grupos experienciam, percebem e representam o Engenho Velho da Federação (Salvador-BA), bairro onde ambos os templos estão situados. Uma profunda discussão sobre percepção e representação espacial é, então, empreendida. Na análise dos resultados, além das entrevistas e observações de campo, utilizaremos os mapas mentais que foram construídos por nossos entrevistados. Os mapas encarnam as distintas maneiras de viver, perceber e significar o bairro. E este conjunto – o vivido, o percebido e as significações – encarna os respectivos valores cosmogônicos.
Discutimos neste artigo as condições e consequências existenciais da problemática da dor crônica em pacientes que sofrem com duas enfermidades, a saber, a artrite reumatoide e a fibromialgia. A literatura antropológica e psicanalítica nos indica que a dor não advém simplesmente de um processo orgânico, físico-corporal, como tantas vezes – e ainda hoje – a medicina tenta compreendê-la. A nossa tese é que a dor, em determinados casos (sobretudo para o quadro da fibromialgia), ao mesmo tempo em que matiza um rompimento das relações com o mundo por causa das limitações físicas, é também fruto de um alijamento do ser para com o mundo, é uma tentativa, por parte do sujeito, de expurgar-se da realidade em vistas de sua nulificação quanto ao desejo de ser. Além de apresentarmos uma argumentação teórica – na esteira da psicanálise e da fenomenologia – quanto a esses processos, veremos, doravante, como os lugares podem se constituir como um ponto de reenlace da relação então abortada entre ser e mundo e como o sujeito pode recuperar-se das lamúrias de sua cronicidade. Uma recuperação se entreabre para esses pacientes na reconstituição do laço ontológico de ser-no-mundo, reascendendo, pelo lugar, o desejo de ser.
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