RESUMOOs solos do Vale do Submédio São Francisco são, de modo geral, arenosos, com baixa capacidade de retenção de nutrientes e, por se localizarem numa região semi-árida, são muito pobres em matéria orgânica, conseqüentemente, são deficientes em N, tornando-se limitante para produção agrícola. Dessa forma, o uso de leguminosas como adubo verde pode contornar esse problema, porque adiciona C e N ao solo. O trabalho constituiu-se de dois experimentos de leguminosas consorciadas com a cultura da videira (Vitis vinifera) irrigada, realizados em um Argissolo Amarelo de textura arenosa, em Petrolina (PE), de junho de 1996 a julho de 2002, com o objetivo de avaliar o efeito da adubação verde nas características químicas do solo e na produtividade e qualidade da uva. O primeiro experimento foi realizado até à quarta safra de uva. Os tratamentos foram representados por duas leguminosas: crotalária (Crotalaria juncea) e feijão-de-porco (Canavalia ensiformis), submetidas a dois manejos (subtratamentos): (a) ceifada e deixada na superfície do terreno e (b) ceifada e incorporada ao solo, havendo ainda uma testemunha sem leguminosa. O segundo experimento, que se iniciou com o quinto ciclo de produção de uva, abrangeu três tratamentos: (1) testemunha; (2) crotalária júncea e (3) feijão-de-porco, combinados com dois subtratamentos: (1) 100 % da adubação recomendada pela análise de solo e (2) 50 % dessa adubação. Ao todo, houve onze ciclos de leguminosas e nove safras de uva. A produção de biomassa das leguminosas decresceu ao longo do tempo. A adubação verde proporcionou uma melhoria nas características químicas do solo, aumentando os teores da MO e do Ca trocável e o valor da CTC na camada de 0-10 cm de profundidade. Não houve um efeito consistente da adubação verde na produtividade e qualidade da uva.Termos para indexação: Vitis vinifera, plantas de cobertura, biomassa, manejo de solo, qualidade de uva.(1) Recebido para publicação em setembro de 2003 e aprovado em julho de 2004.(2) Pesquisador da Embrapa Semi-Árido. Caixa Postal 23, CEP 56300-970 Petrolina (PE).
O trabalho constou de um experimento com melão (Cucumis melo L.), conduzido em um Vertissolo, em Juazeiro, BA, em 1995, com o objetivo de avaliar o efeito de níveis de N por fertirrigação e de densidades de plantio na produtividade e qualidade de fruto. Os níveis de N foram 0, 80, 130 e 180 kg/ha, combinados com os espaçamentos 2,00 e 1,80 m entre linhas e 0,20 m entre plantas, com uma ou duas plantas por cova. A fonte de N foi a uréia, aplicada diariamente até 42 dias após a germinação, por meio da irrigação por gotejamento. Todos os tratamentos receberam uma adubação uniforme de 120 kg/ha de P2O5 e 120 kg/ha de K2O. Os espaçamentos entre linhas não causaram diferenças significativas em nenhuma variável estudada. O nível de 80 kg/ha de N combinado com uma planta por cova proporcionou uma produtividade de 34,07 t/ha, com 55,7% de frutos próprios para o mercado interno, não-significativamente (P <FONT FACE=Symbol>£</FONT> 0,05) inferior à produtividade obtida com os níveis mais elevados de N em qualquer combinação. Com este mesmo nível, obtiveram-se frutos com 10,22º Brix significativamente (P<FONT FACE=Symbol>£</FONT> 0,05) superior ao do tratamento sem N e não-significativamente inferior ao dos outros níveis. Para se obter uma maior parte de frutos próprios para o mercado externo, foi necessário elevar a densidade para duas plantas por cova e o nível de N para 130 ou 180 kg/ha. O peso médio dos frutos aumentou de 1,008 para 1,705 kg, à medida que foram aumentados os níveis de N ou se diminuiu a densidade de plantio de duas para uma planta por cova.
G rande parte dos solos do Vale doSubmédio São Francisco apresenta textura arenosa, pH levemente ácido e teores de Mg e K trocáveis de baixo a médio, com baixa concentração de Ca trocável, o que limita a produtividade e a qualidade de frutos das culturas mais exigentes neste nutriente, como o tomate e o melão. Por essa razão, a calagem é mais recomendada para suprir o solo com cálcio e magnésio do que corrigir sua acidez. Nessas condições, o gesso agrícola poderia ser indicado também, para corrigir as deficiências de cálcio.O gesso agrícola é um adubo que adiciona cálcio e enxofre ao solo, podendo transportar nutrientes catiônicos para camadas subsuperficiais e reduzir a atividade do alumínio tóxico. Por outro lado, se essa lixiviação for intensa, pode arrastar as bases trocáveis para camadas mais profundas além da zona de crescimento radicular. Entre vários métodos que podem ser usados para o cálculo da quantidade de gesso a ser aplicada (Raij, 1988; Souza et al., 1996), um deles preconiza o seu uso junto com o calcário na proporção de 1/3 a 1/4 da dose desse corretivo (Alcarde, 1988). Resultados de pesquisa têm evidenciado a eficiência do gesso em aumentar os teores de cálcio, elevar os valores do pH e reduzir o alumínio tóxico no perfil do solo (Quaggio et al., 1993; Caires et al., 1999; Caires et al., 2001). Alguns trabalhos revelaram que a calagem também pode beneficiar as camadas profundas do solo (Quaggio et al., 1993;Caires et al., 1999). Summer et al. (1986) RESUMORealizou-se dois experimentos repetidos no mesmo local, em Argissolo Vermelho-Amarelo, de textura arenosa, do Submédio São Francisco, para avaliar a influência da calagem e da gessagem nas características do solo e na produtividade e qualidade dos frutos do tomateiro e meloeiro. O delineamento foi de blocos ao acaso, com quatro repetições e sete tratamentos [testemunha; 0,5 da necessidade de calagem (N.C.) com 100% de calcário (Cal.); 1xN.C. com Cal.; 2xN.C. com Cal.; 0,5xN.C. com 2/3 de calcário e 1/3 de gesso (Cal.Ges.); 1,0xN.C. com Cal.Ges. e 2,0xN.C. com Cal.Ges]. O calcário e gesso foram aplicados em novembro de 2000; o cultivo do tomate foi conduzido de maio a agosto e o do melão, de setembro a novembro de 2001. A calagem e a gessagem promoveram incremento do pH e nos níveis de Ca 2+ e Mg 2+ , tendo reduzido o teor de Al 3+ do solo, com efeito mais pronunciado no aumento dos teores do Ca 2+ em até 60% e na redução do Al 3+ em até 68,7%. O calcário isolado foi mais eficiente para neutralização do Al 3+ em maiores profundidades, tendo resultado em maiores produtividades de melão, em comparação com os tratamentos em que o calcário foi associado ao gesso. Com o uso de 2,0 t ha -1 de calcário, equivalente a 1xN.C, foi suficiente para se obter uma produtividade de 22,5 t ha -1 de melão, significativamente superior à da testemunha (16,8 t ha -1 ) e reduzir em 80,4% a ocorrência da podridão apical do tomate. Portanto, a gessagem não se mostrou necessária para essas culturas. Palavras-chave:Lycopersicon esculentum, Cucumis melo, calagem, aci...
Este estudo teve por objetivo avaliar o efeito de fontes de fósforo aplicadas via água de irrigação e, de modo convencional, na cultura do melão (Cucumis melo L.), híbrido AF-682, em um Latossolo Vermelho-Amarelo. As fontes analisadas foram superfosfato simples, fosfato monoamônico (MAP) e ácido fosfórico, aplicadas até 30 e 42 dias após o plantio. Todos os tratamentos receberam a mesma dosagem (120 kg ha-1 de P2O5), conforme recomendado pela análise do solo. O delineamento experimental foi de blocos casualizados, com quatro repetições. Constatou-se que as maiores produtividades de frutos comerciais foram obtidas com ácido fosfórico (32,20 e 28,90 t ha-1) aplicado via água de irrigação até 42 e 30 dias após a germinação, respectivamente, não diferindo das produtividades com o MAP aplicado via água de irrigação até 42 dias após a germinação (27,95 t ha-1) e pelo modo convencional (26,92 t ha-1). Verificou-se que as fontes de fósforo e os modos de aplicação não influenciaram no peso médio dos frutos (1,43 kg), sendo que 65% dos frutos obtidos se enquadraram nos tipos 8 a 10; entretanto, observou-se diferença significativa para o teor de sólidos solúveis totais (SST) nos frutos, por ocasião da colheita, com o maior valor obtido com o ácido fosfórico (12,53º brix).
Em Petrolina, PE, foi realizado um estudo com a cultura do melão (Cucumis melo L.), Valenciano Amarelo, num Latossolo, para avaliar o efeito de fontes de fertilizantes nitrogenados e de suas combinações. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com arranjo em faixa, com quatro repetições e nove tratamentos englobando a testemunha e os fertilizantes nitrogenados na dose de 80 kg/ha de N, aplicados no solo e, ou, via água de irrigação, por um período de 42 dias após a germinação. Esses tratamentos foram: Uréia e Sulfato de Amônio isolados; Uréia (15 dias) + Nitrato de Potássio (16-42 dias); Uréia (15 dias) + Sulfato de Amônio (16-42 dias); Uréia (30 dias) + Nitrato de Potássio (31-42 dias); Uréia (15 dias) + Sulfato de Amônio (16-30 dias) + Nitrato de Potássio (31-42 dias). A uréia aplicada via fertirrigação até 42 dias proporcionou maior rendimento (31,14 t/ha), embora não estatisticamente diferente dos demais tratamentos. A testemunha e o sulfato de amônio mostraram-se menos produtivos, com rendimentos de 25,06 e 24,65 t/ha, respectivamente. O peso médio do fruto variou de 1,63 a 1,84 kg/fruto, e o teor de sólidos solúveis totais, de 12,1 a 13,1 ºBrix; não se verificaram diferenças estatísticas.
DOSES DE NITROGÊNIO E POTÁSSIO APLICADAS VIA FERTIRRIGAÇÃO EM BANANEIRA José Maria Pinto1; Clementino M. B. de Faria1; Davi José Silva1; José Crispiniano Feitosa Filho21 Empresa Brasileira de Agropecuária, Semi-Árido, BR 428 km 152, Zona Rural, Caixa Postal 23, CEP 56302-300 - Petrolina –PE, jmpinto@cpatsa.embrapa.br2 Centro de Ciências Agrarias, Universidade Federal da Paraiba, Areia, PB 1 RESUMO A banana é uma das frutas mais consumidas no mundo sendo cultivada na maioria dos países tropicais. A área cultivada atualmente no pólo Petrolina (PE) – Juazeiro (BA) com a cultura é de aproximadamente 5000 ha. O objetivo deste trabalho foi avaliar doses de nitrogênio e potássio aplicados via água de irrigação visando aumentar a produtividade da cultura da bananeira no Submédio São Francisco. O nitrogênio e o potássio foram aplicados via água de irrigação numa freqüência de três vezes por semana ao longo de todo o ciclo fenológico da bananeira, utilizando-se injetores hidráulicos de fertilizantes. A adubação fosfatada foi dividida em duas partes iguais, aplicadas a cada seis meses, durante o ciclo da cultura. Para produção de frutos, peso de cacho e número de frutos por cacho em relação ao nitrogênio, ajustaram-se, pela análise de regressão, equações quadráticas, cuja dose que proporcionou a produtividade máxima (17 t.ha-1) foi de 340 kg.ha-1 de N. Essa dose situa-se no intervalo das doses de N que proporcionaram o melhor teor de sólido solúveis. O potássio influenciou apenas no número de frutos por cacho. UNITERMOS: Musa spp, irrigação, nitrogênio, potássio PINTO, J. M.; FARIA, C. M. B.; SILVA, D. J.; FEITOSA FILHO, J. C.NITROGEN AND POTASSIUM DOSES THROUGH FERTIGATION ON BANANA CROP 2 ABSTRACT Banana is one the most consumed fruit worldwide and has been cropped in almost all tropical countries. Nowadays, the cropped area in Petrolina-Juazeiro, Brazil, is about 5,000 ha. The aim of this research was to evaluate levels of nitrogen and potassium applied through water irrigation to improve productivity of banana in the semi-arid region of Brazil. Nitrogen and potassium were applied in the irrigation water three times a week during the crop phenological phases. Phosphate fertilization was fractionated in two parts and applied twice a year. Polynomial regression data analysis on fruit yield, cluster weight and cluster fruit numbers showed a quadratic fit. Nitrogen was effective for both bunch, cluster weight and fruit number and the best rate was 340 kg.ha-1 for maximum yield (17,43 t.ha-1), while potassium influenced only the number of fruits by cluster. KEYWORDS: Musa spp, irrigation, nitrogen, potassium
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.