INTRODUÇÃODoenças em pós-colheita reduzem a quantidade e a qualidade de frutos comercializáveis e, em citros, podem provocar grandes perdas. No Brasil, dentre as doenças em pós-colheita dos citros, o bolor verde (Penicillium digitatum) é a principal. Seu controle é realizado com fungicidas, e isolados resistentes do patógeno são relatados (TEIXIDÓ et al., 2001), algumas vezes simultânea a mais de um fungicida (KINAY et al., 2007 RESUMO-O mercado consumidor está exigindo alimentos sem a presença de resíduos de agrotóxicos. Assim, o trabalho teve como objetivo avaliar o controle do bolor verde, em laranjas-Pera, com agentes de biocontrole (Bacillus subtilis e Bacillus licheniformis, Bacillus subtilis (QST 713)), associados ou não ao tratamento térmico. Para tanto, os frutos foram adquiridos em "packinghouse" antes do processamento, sendo lavados e desinfestados com hipoclorito de sódio. Os frutos submetidos a esses tratamentos foram armazenados, por 11 a 28 dias, em temperatura de 10 ºC e UR 90%±5 ou por oito dias a 20 ºC e UR 90%±5. De modo geral, o tratamento térmico reduziu a severidade da doença determinada pela área abaixo da curva do progresso da doença nos frutos e a incidência natural de doenças em pós-colheita de laranja-Pera. Por outro lado, os agentes de biocontrole não controlaram a doença, mostrando que os organismos testados não apresentaram atividade curativa contra o bolor verde. Termos de indexação: Bolor verde, controle biológico, controle físico, citros. POSTHARVEST CONTROL OF Penicillium digitatum IN PERA ORANGE TREES WITH MICROORGANISMS AND HEAT TREATMENTABSTRACT-The consumer market demands food without pesticide residues. Therefore, this study focused on evaluating the control of green mold in Pera orange trees with biocontrol agents (Bacillus subtilis, Bacillus licheniformis and Bacillus subtilis (QST 713)), associated or not with heat treatment. The fruit was obtained in packinghouse before processing, being washed and disinfected with the use of Sodium Hypochlorite. Fruits submitted to these treatments were stored from 11 to 28 days at temperature of 10 ºC and RH 90%±5 or for eight days at 20 ºC and 90%±5. In general, the heat treatment reduced the disease severity determine by the area under the disease progress curve in the fruit and the incidence of natural postharvest disease in Pera oranges. On the other hand, biocontrol agents did not control the disease, showing that the organisms tested did not present curative activity against the green mold.
O objetivo deste artigo é apresentar um panorama crítico da gestão de Barack Obama de 2009 a 2017 em relação ao Oriente Médio, analisando os cenários estratégicos da região e as implicações para a Eurásia das ações estadunidenses. Para sustentar sua análise, o texto apresenta a trajetória do governo democrata, tendo como base um estudo sobre o legado de seu antecessor, George W. Bush, entre 2001 e 2009. Os principais temas abordados referem-se aos impactos dos atentados terroristas de 11/09/2001, com foco nas guerras do Afeganistão (2001/2014) e do Iraque (2003/2011), o processo de paz Israel-Palestina, as relações com o Irã, a Primavera Árabe, as crises na Síria e Líbia e a ascensão do Estado Islâmico. Observa-se a continuidade de um padrão de instabilidade regional e ambiguidade da estratégia dos Estados Unidos, assim como variações táticas entre as administrações republicana e democrata para a projeção de poder nesse espaço geopolítico e geoeconômico, que permanece essencial para os interesses do país.
As relações entre os Estados Unidos e a América Latina no governo de Barack Obama (2009/2016), dentro do quadro geral da política externa norte-americana no período, apresentaram-se de forma secundária diante de questões mais prementes como as guerras do Iraque e do Afeganistão, a ascensão do Estado Islâmico e a recuperação da crise econômica e social interna. Entretanto, em particular em seu segundo mandato, Obama procurou realizar iniciativas de impacto para a região, focando na normalização do intercâmbio com Cuba, a imigração e o tráfico de drogas, assim como na recuperação de espaço geopolítico e geoeconômico diante da China. Frente a este contexto, este artigo propõe realizar um balanço da Era Obama e apontar perspectivas futuras para o intercâmbio hemisférico, sob a administração Trump.
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