ResumoA coqueluche é uma doença infecciosa aguda de notificação compulsória causada pela bactéria Bordetella pertussis. Ela acomete o trato respiratório e seu principal sintoma é a tosse paroxística. Essa acomete todas as idades, mas é mais frequente e grave em menores de 1 ano. O objetivo deste trabalho é apresentar a epidemiologia descritiva e a cobertura vacinal no Brasil nos anos de 2010 a 2014, sendo realizado por meio de revisão bibliográfica no contexto epidemiológico apresentando os dados de tempo, pessoa e lugar. A cobertura vacinal atingiu o preconizado em todos os anos, entretanto, este não ocorreu de forma homogênea. Houve um aumento de 1.505% de casos do ano de 2010 a 2014, configurando uma possível reemergência da doença. A causa desse aumento ainda não foi elucidada, porém, há hipóteses que relacionam com a melhora diagnóstica, vigilância epidemiológica mais sensível, uma cepa mais virulenta e a redução da imunização após alguns anos da última dose da vacina. Palavras-chave: Coqueluche. Bordetella pertussis. Epidemiologia. Vigilância epidemiológica. Vacina. AbstractWhooping cough is an acute infectious disease of compulsory notification caused by the bacterium Bordetella pertussis. It affects the respiratory tract and its main symptom paroxysmal cough. This disease affects all ages, but is more frequent and severe in children under 1 year. The objective of this article is to present the descriptive epidemiology and the vaccine coverage in Brazil in the years 2010-2014, that was performed through literature review in the epidemiological context presenting the data about time, person and place. Its vaccination coverage reached the recommended in every year, however this did not occur homogeneously. There was an increase of 1,505% on cases from the year 2010 to 2014, setting up a possible reemergence of the disease. The cause of this increase has not yet been elucidated, but there are cases that relate to the diagnosis improves, more sensitive surveillance, virulent strain, and the reduction of immunization some years after the last dose of vaccine.
Abstract. We investigated the humoral immune response against different species of Rickettsia in serum samples from small rodents collected in two areas of a silent focus for Brazilian spotted fever in the eastern region of Minas Gerais State, Brazil. Sera samples were analyzed by indirect immunofluorescence assay using antigens from Rickettsia species of the spotted fever, ancestral, and transition groups. Titers 1:64 were considered positive. In Santa Cruz do Escalvado, 94% (30 of 32) of the samples collected from Rattus rattus, 22% (5 of 23) from Nectomys squamipes, and 80% (4 of 5) from Akodon sp., reacted by indirect immunofluorescence assay with Rickettsia antigens of the spotted fever group. In the municipality of Pingo D'Á gua, 84% (26 of 31) of the samples collected from R. rattus, 86% (6 of 7) of the samples from Oryzomys subflavus, 86% (6 of 7) from N. squamipes, and 100% (1 of 1) from Bolomys sp. contained antibodies that reacted with rickettsial antigens of the spotted fever group. These results demonstrated the previous exposure of small rodents to spotted fever group Rickettsia, suggesting the participation of these animals in the natural history of these rickettsiae in this region.
The main of the study was to evaluate the presence of Borrelia burgdorferi infection in domestic and wild vertebrates and ectoparasites in endemic areas from the state of Minas Gerais, Brazil. A total of 445 serum samples were examined by ELISA, which used the Borrelia burgdorferi strain G39/40 U.S. source and 3,821 tick samples were tested by polymerase chain reaction (PCR). B. burgdorferi antibodies were found in 30 serum samples (6.74%); three in marsupials (7.69%), three in rodents (2.80%), nine in dogs (6.25%), and 15 in horses (9.68%). Nested-PCR performed in DNA samples obtained from collected ticks demonstrated negative results. Although attempts to amplify B. burgdorferi DNA from ticks had been not successful, the presence of seroreactive vertebrates suggests the possibility the Borrelia species circulating in these regions. Further research is required to provide information on the presence of Borrelia in Brazilian territory and its association with Baggio-Yoshinari syndrome.
Com o objetivo de verificar o uso de plantas medicinais nos animais, em grupos especializados na temática presentes no facebook, WhatsApp e aplicativo DogHero, foi realizado um estudo transversal observacional descritivo entre os dias 17 e 23 de agosto de 2018 com o uso do Google Forms. Foram respondido 124 questionários dos quais 53,22% fizeram o uso de plantas medicinais como tratamento para animais. Todos os entrevistados que utilizaram as plantas receberam indicações, sendo 54,5% de família e amigos, 31,5% de médico veterinário, 9% por grupos em redes sociais e 5% buscaram por artigos. O maior número de respostas para o uso de plantas medicinais em animais foi do Distrito Federal com 56,92% (região centro-oeste), seguido de Pernambuco com 10,60% (região Nordeste) e Rio Grande do Sul com 7,5% (região Sul). Foram citadas utilizações em cães (37%), roedores (20%), felinos (14%), répteis (10%), aves (9%), bovinos (4%), equinos (4%) e peixes (1%). A camomila (Chamomilla recutita) foi a planta com maior relato de uso (19,60%), seguida por 14,28% do chá-verde (Camellia sinensis), 10,78% da babosa (Aloe Vera), 9,80% do capim-santo (Cymbopogon citratus) e 9,80% da erva-de-gato (Nepeta Catari). O maior uso de plantas medicinais foi para o tratamento da ansiedade (23,2%) seguido do tratamento de problemas no fígado e estômago e 10,4% para inchaço e 6,4% para obesidade. O cultivo próprio foi a principal forma de aquisição (36%), seguida das farmácias de manipulação (28,78%), feiras (18%) e lojas (8%). Conclui-se que o uso de plantas medicinais ocorre em diversas espécies de animais e nas mais distintas regiões do páis, demonstrando a importância de se aprofundar os estudos e difusão da etnoveterinária.
O objetivos deste é realizar uma atualização do perfil epidemiológico da hantavirose no Brasil. Para isso foi realizado um estudo descritivo e retrospectivo das notificações de casos de hantavirose ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do Ministério da Saúde no período de 2007 a 2017. Foram realizadas 16.260 notificações de casos de hantavirose ao SINAM, onde 8% foram confirmados e as regiões mais afetadas são Sul, Sudeste e Centro Oeste. A faixa etária mais atingida foi de 20 a 49 e do sexo masculino. Os sintomas da doença são inespecíficos, onde o mais frequente foi à febre e o diagnóstico de casos ocorreu por exames laboratoriais. A maioria dos casos relatou que a possível infecção ocorreu em atividades laborais, na área rural e nos locais próximos ao habitat do hospedeiro. Quase todos os casos foram hospitalizados e os óbitos são em torno de 40%. Os dados obtidos reforçam a necessidade de intensificar a vigilância da doença no país, com vistas a reduzir o adoecimento e a morte por hantavirose.
A Febre Maculosa Brasileira é uma doença causada por bactérias do gênero Rickettsia, transmitidas através de carrapatos contaminados ao hospedeiro. As riquétsias mais associadas são a Rickettsia rickettssii e a Rickettsia sp. Cepa Mata Atlântica, a primeira relacionada a casos graves da doença, mais comumente encontrado nas regiões Sul e Sudeste, e a segunda, presente no Sul, Sudeste e Nordeste, causa uma forma mais branda da doença. Os principais carrapatos vetores da Febre Maculosa Brasileira são Amblyomma cajennense, Amblyomma aureolatum, Amblyomma dubitatum e Amblyomma ovale, mas qualquer espécie pode ser um reservatório de Rickettsia rickettssi. Os cães são considerados importantes sentinelas para riquetsioses, tal fato se justifica, pois a soroprevalência para Rickettsia rickettsii em cães de determinadas áreas geográficas se aproxima da encontrada em seres humanos. Além disso, existem relatos de casos de infecção em cães e seres humanos ocorrendo simultaneamente, podendo ser explicado pela proximidade que os humanos têm com animais que são hospedeiros de ectoparasitas e da bactéria simultaneamente. O objetivo da pesquisa foi descrever a epidemiologia da Febre Maculosa no Brasil, entre os anos 2014 e 2016, e a sorologia dos cães no Distrito Federal. Foi realizado um estudo descritivo, retrospectivo, do cenário dos casos de Febre Maculosa registrados no Brasil, os quais foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação e publicados em boletins do Ministério da Saúde e artigos da área médica. Com relação aos aspectos éticos, por se tratar de um estudo baseado em dados secundários e havendo a doação do material biológico, a aprovação no Comitê de Ética animal não foi necessário. Das 50 amostras de soro de cães doadas, foram feitos exames sorológico através de Imunofluorescência Indireta para identificaranticorpos específicos para riquetsioses mais comuns. Em 20% dessas amostras, apresentaram resultado positivo, dentre os positivos 80% foi identificado a Rickettsia amblyommatis cepa Ac37, 10% foi identificado a Rickettsia parkeri cepa Mata Atlântica e 10% não foi possível identificar qual Rickettsia. Nos anos de 2014 a 2016 ocorreram 457 casos de Febre Maculosa no Brasil, sendo 0,9% na região norte, nenhum óbito relatado; 1,3% no nordeste, letalidade 17%; 72,2% no sudeste, letalidade 54%; 23% no sul letalidade 2%; e 2,6% no centro-oeste letalidade 8%. Acometendo principalmente a faixa etária de 20 a 59 anos, por estarem mais expostos a ambientes silvestres, predominantemente em homens com aproximadamente 64% dos casos, tendo o pico entre agosto e janeiro, temporada de temperaturas mais elevadas, o que faz todas as fases de vida do carrapato se acelerar, logo seu tamanho é reduzido e sua população aumentada. Concluindo que a melhor forma de prevenção é o uso de calças, camisas de manga comprida e botas, de preferencia brancas ou tons claros, aliado com o repelente do vetor
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