O presente artigo pretende realizar uma revisão da literatura acadêmica produzida entre os anos de 2007 e 2014 sobre o uso pedagógico das Tecnologias Digitais da Informação e da Comunicação (TDIC) em contextos relacionados à Educação de Jovens e Adultos (EJA), no Brasil. A partir de critérios definidos, foram selecionados 14 trabalhos de diversas universidades do país, cujo objeto de investigação aloca-se na intersecção de dois campos: EJA e uso pedagógico das TDIC. Os estudos apresentam três grandes tendências: a) o apontamento para a escassez de trabalhos preocupados em investigar o impacto das tecnologias no campo da EJA; b) a preocupação dos autores em ressaltar as potencialidades do uso das TDIC na aprendizagem e na inclusão digital de jovens e adultos; c) a indicação da necessidade de se promover formação específica de professores da EJA para o uso das tecnologias. PALAVRAS-CHAVE: Educação de Jovens e Adultos; Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC); Inclusão Digital.
A partir da compilação das ideias de diferentes pesquisadores do campo da educação de jovens e adultos e do campo de estudos sobre uso pedagógico das Tecnologias Digitais da Informação e da Comunicação (TDIC), este artigo objetiva: a) discutir as possibilidades oferecidas pelo uso crítico das TDIC na educação, em superação à perspectiva instrumental de seu uso; b) discutir os caminhos para romper com a perspectiva compensatória da educação de jovens e adultos; c) refletir sobre a relação entre o rompimento com os dois paradigmas citados e o conceito de empoderamento freireano, na perspectiva da conquista da autonomia e com vistas à promoção da transformação cultural dos grupos sociais adultos reinseridos na escola. Conclui-se que o propósito do empoderamento é central na ruptura com os velhos paradigmas de EJA e uso pedagógico das TDIC, posicionando-os dentro de uma visão emancipadora e capaz de desequilibrar o entendimento hegemônico do mainstream. Esta discussão pretende também contribuir para corroborar com a centralidade dos aspectos políticos presentes no campo da EJA e da perspectiva crítica do uso pedagógico das TDIC.
RESUMOO presente artigo configura-se como um estudo teórico-conceitual que integra duas pesquisas desenvolvidas, respectivamente, em nível de doutorado e de pós-doutorado em Educação. O texto tem por objetivo compreender a inclusão e o letramento digital do idoso, a partir da perspectiva da educação ao longo da vida, fundamentada na acepção humanista do conceito. O exponencial avanço tecnológico e o crescimento da população de pessoas idosas no Brasil e no mundo tornam pungente a necessidade de discutir a inclusão digital dessa faixa etária, bem como a ideia de uma educação que perdure durante todo o processo de viver. A inclusão digital impacta diretamente o pleno exercício da cidadania dos sujeitos sociais contemporâneos, uma vez que as linguagens hipermidiáticas do ciberespaço permeiam várias práticas sociais. Nesse contexto, o artigo propõe uma discussão entre quatro conceitos, a saber: aprendizagem ao longo da vida, inclusão digital, letramento digital e empoderamento (na acepção freiriana do termo). Considera-se que a inclusão digital é uma das facetas da inclusão social do idoso, pelo seu relevante papel na conquista da sua autonomia e do pleno exercício da cidadania. Os conceitos ora apresentados – letramento digital do idoso, aprendizagem ao longo da vida e empoderamento – buscam fornecer argumentos conceituais para melhor compreender as possíveis contribuições da inclusão digital, em uma sociedade marcada pelo fortalecimento das linguagens hipermidiáticas junto às práticas sociais contemporâneas.Palavras-chave: Idoso. Inclusão Digital. Letramento Digital. Educação ao Longa da Vida. Empoderamento. ABSTRACTThis article is configured as a theoretical-conceptual study, which integrates two researchers developed at the doctoral and post-doctoral level in Education. The text aims to understand digital literacy from the perspective of lifelong education, based on the humanistic perspective of the concept. The exponential technological advance and the growth of the population of elderly people in Brazil and in the world make the need to discuss the digital inclusion of this age group, as well as the idea of an education that lasts throughout the process of living. Digital inclusion directly impacts the full exercise of citizenship by contemporary social subjects, since the hypermedia languages of cyberspace permeate a lot of social practices. In this context, the article seeks discussion between four concepts: lifelong learning, digital inclusion, digital literacy and empowerment (in the freiriana sense of the term). It is considered that digital inclusion is understood as one of the facets of the social inclusion of the elderly, due to its relevant role, in the achievement of their autonomy and their full exercise of citizenship. The concepts presented here - digital literacy of the elderly, lifelong learning and empowerment - seek to provide conceptual arguments to better understand the possible contributions of digital inclusion, in a society marked by the strengthening of hypermedia languages along with contemporary social practices.Keywords: Elderly. Digital inclusion. Digital Literacy. Lifelong Education. Empowerment.
O presente artigo caracteriza-se como um estudo teórico-conceitual que procura discutir as contribuições da obra Extensão ou Comunicação?, de Paulo Freire, dentro da genealogia da pedagogia decolonial latino-americana. Inserida na corrente teórica Modernidade/Colonialidade, a pedagogia decolonial constitui-se como um projeto político, social, epistêmico e ético, expresso pela interculturalidade crítica, que aposta na evocação de conhecimentos outrora marginalizados e de uma postura insurgente diante das estruturas rígidas resultantes do binômio Modernidade/Colonialidade. Na obra Extensão ou Comunicação?, Paulo Freire apresenta elementos que compõem parte das bases desse pensamento, como a crítica à suposta neutralidade científica; a invasão cultural como ação de silenciamento e reificação do ser humano oprimido; a hierarquização do saber e o preconceito epistêmico; a conscientização social como estratégia de transformação. Conclui-se que a obra pode ser considerada, dentro dos marcos do desenvolvimento do pensamento freiriano, precursora da pedagogia decolonial. PALAVRAS-CHAVE: Paulo Freire. Pedagogia Decolonial. Decolonialidade.
O presente artigo caracteriza-se como um estudo teórico-conceitual que procura promover aproximações entre os campos de estudos do letramento, da inclusão digital e da educação de jovens e adultos (EJA). O artigo propõe-se a verificar possibilidades e limites de se adotar uma perspectiva decolonial para a reflexão sobre o letramento digital na educação de jovens e adultos. Os conceitos de inclusão digital, letramento e EJA são compreendidos, cada um em seu campo, sob o enfoque crítico. A EJA em uma perspectiva não compensatória, a inclusão digital em uma perspectiva não instrumental e o letramento a partir do modelo ideológico. O intertexto entre os diferentes campos permitiu concluir que são profícuas as possibilidades de compreensão dos três campos sob o enfoque decolonial e que estudos de caso podem contribuir para verificar empiricamente o potencial transgressor da perspectiva decolonial na inclusão e letramento digital na EJA.
O presente artigo configura-se, em termos metodológicos, como um estudo teórico-conceitual, que tem por objetivo desenvolver uma análise teórica da disputa semântica existente entre o mainstream e a perspectiva crítica/humanista, no uso de três conceitos fundamentais para os estudos sobre inclusão digital na Educação de Jovens e Adultos: a) inclusão digital; b) empoderamento; c) educação ao longo da vida. Eles se configuram como arenas de disputa entre forças conservadoras, que têm por base o pensamento liberal e forças progressistas, que têm por fundamento a contestação das relações de poder. O conceito de inclusão digital pode ser entendido apenas como acesso aos bens tecnológicos ou como pressuposto para o exercício da cidadania. O conceito de empoderamento é apropriado pelo pensamento liberal, em seu sentido de emancipação individual, enquanto a perspectiva freireana o entende como um processo de emancipação de classe. O conceito de educação ao longo da vida se constituiu, por um lado, a partir de uma concepção de capacitação para o mercado e, por outro, a partir da concepção de formação integral. O processo de inclusão digital na EJA não pode se furtar a dialogar com as duas tendências, pois a qualificação dos sujeitos adultos para a vida profissional é parte de seus objetivos, mas é preciso estar atento, para que esta não se torne sua finalidade maior.
O artigo situa-se como um estudo teórico-conceitual, que objetiva discutir os conceitos de inovação, inclusão digital e educação ao longo da vida. Em meio à pandemia do COVID-19, a discussão em torno de inovação e tecnologia, na relação com o binômio inclusão/exclusão digital, vem ganhando corpo. Demarca a latência da desigualdade social desvelada pela exclusão digital e a reflexão sobre o modo como a linguagem hipermídia é inserida nos diferentes contextos escolares. No debate educacional, os conceitos de inovação, inclusão digital e educação ao longo da vida vêm se apresentando como arenas de disputa semântica entre concepções antagônicas. O polo hegemônico procura situá-los a partir de uma racionalidade instrumental, com viés econômico, individualizante e autoritário. O polo de resistência posiciona seus significados sob enfoque humanístico, de subversão das relações de poder, com vistas à construção de uma sociedade democrática. Este estudo procura contribuir para o campo da educação e comunicação, ao propor uma chave analítica para os conceitos supracitados, em tempos de pandemia e recrudescimento do autoritarismo.
Resenha da obra “Escritos sobre Educação e Tecnologias: entre provocações, percepções e vivências” organizada por Daniel Mill, Braian Veloso, Glauber Santiago e Marilde Santos, publicada em 2020 pela editora Artesanato Educacional. A obra reúne treze estudos que dialogam entre si, apresentando provocações, pesquisas recentes, estudos bibliográficos, estudos de caso e relatos de experiências. Destacam-se as contribuições da obra para o campo de pesquisa sobre uso educacional das tecnologias digitais da informação e comunicação (TDIC) na educação.
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