O presente artigo tem por objeto de estudo o Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte (IHGRN), criado em 29 de março de 1902. Pretende-se analisar as condições de emergência do IHGRN, identificando o conjunto de interesses que possibilitaram a sua criação, bem como o perfil social e político dos seus sócios-fundadores. Foram examinados os vinte e cinco primeiros anos do funcionamento do IHGRN. Esse recorte temporal abarca as atividades realizadas pelos primeiros sócios do grêmio. Foi nesse momento que os sócios-fundadores formularam os objetivos, os interesses e a cultura historiográfica e política que fundamentaram, por muito tempo, as diretrizes da instituição.
RESUMO: O Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte foi criado em março de 1902. Um dos seus principais objetivos era o de construir uma memória histórica para o estado. Com o intuito de cumprir esse propósito, uma das estratégias utilizadas por seus sócios foi o de organizar e promover várias comemorações alusivas aos eventos históricos da nação e do estado, especialmente aqueles acontecimentos concernentes à experiência republicana. Nesse contexto, o objetivo deste artigo é analisar o papel do instituto no processo de organização e formulação da cultura comemoracionista norte-rio-grandense, evidenciando como esse expediente reforçou e possibilitou a construção de uma memória histórica notadamente republicana. Para isso, a análise se dedicou a examinar apenas as comemorações em torno dos cem anos da Revolução de 1817.
Resumo: O Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte foi criado em 29 de março de 1902. Foi fundado com o intuito de organizar um arquivo documental para o estado e construir uma memória histórica para o Rio Grande do Norte. Ao longo dos seus 25 anos de existência, a agremiaç ão desenvolveu várias estratégias intelectuais, dentre elas, a produção de biografias. Nesse sentido, o presente artigo tem como objetivo analisar o papel das biografias na construção da memória histórica norte-rio-grandense. O corpus documental examinado neste artigo é constituído, principalmente, pelas revistas do Instituto, publicadas entre 1903 e 1927.
A naturalidade do índio Felipe Camarão foi objeto de controvérsia durante o século XIX. Vários homens de letras espalhados pelo país, tais como: José de Alencar, Francisco Adolfo de Varnhagen, Antônio Joaquim de Mello, dentre outros, produziram textos a respeito da polêmica em torno do local em que Felipe Camarão havia nascido. Longe de ser unívoco, o debate foi acirrado. Documentos e argumentos foram arrolados pelos letrados envolvidos na querela, cujo intuito era provar o pertencimento do referido índio a uma determinada província. Esse esforço de convencimento e de estratégia argumentativa por parte de alguns homens de letras do Brasil, levou ao que chamamos de retórica da naturalidade. O objetivo desse artigo é analisar essa engenharia discursiva a partir do exame dos textos de dois letrados do período oitocentista que se dedicaram ao problema: Antônio Joaquim de Mello e Francisco Adolfo de Varnhagen.
O objetivo do presente artigo é analisar a biografia de frei Miguelinho, escrita por Manoel Dantas e publicada em 1897. O exame parte do processo de construção da republicanização da memória nacional, a partir da escrita historiográfica sobre a Revolução Pernambucana de 1817. Para atingir tal escopo, primeiramente, discorremos acerca da implicação da reconfiguração do campo político no Brasil, na construção da memória nacional, no final do século XIX. Em seguida, analisamos as condições de produção da biografia. E, por fim, examinamos de que maneira as narrativas produzidas por Manoel Dantas sobre frei Miguelinho instituem uma dada leitura acerca do considerado herói republicano do Rio Grande do Norte.
O Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte foi criado no início do século XX, com o objetivo precípuo de construir um lugar para o estado na memória nacional. Uma das estratégias utilizadas pelos sócios da referida agremiação para a consecução desse projeto foi o de organizar e promover diversos atos comemorativos. Uma das datas celebradas foi o primeiro centenário da posse constitucional do capitão Thomaz de Araújo Pereira, no cargo de primeiro presidente da província. Nesse sentido, o presente artigo tem como objetivo analisar as condições de emergência desse ato comemorativo levado a cabo pela agremiação, evidenciando a topografia de interesses envolvidos nessa engenharia memorialística. Parte-se da hipótese de que os elementos políticos presentes no interior do instituto, e, também, fora dele, foram fundamentais para a conformação desse arranjo comemorativo.
Em 7 de setembro de 1922, o Brasil comemorou o centenário de sua Independência. Em vários recantos do país foram tocados hinos, proferidos discursos e organizadas efemérides com o intuito de rememorar o passado nacional. Alguns estudos se dedicaram a problematizar as comemorações em torno do centenário da Independência do Brasil, especialmente no eixo Rio-São Paulo. A fim de contribuir para o debate, o presente artigo tem como objetivo analisar como se deu a trama da comemoração do centenário da Independência do Brasil no estado do Rio Grande do Norte, mais especificamente em sua capital, Natal, identificando os agenciamentos políticos e as construções das narrativas acerca do passado da nação e do estado. Para a consecução deste trabalho, examinaram-se diversas fontes históricas de natureza variada, tais como documentos oficiais, revistas de Institutos Históricos, discursos oficiais, dentre outras. Submeteram-se esses documentos históricos à análise historiográfica, identificando as condições de possibilidade das mencionadas fontes, bem como problematizando os discursos e os sentidos produzidos pelos seus interlocutores. Ao final do trabalho, constatou-se que a comemoração da Independência do Brasil no Rio Grande do Norte foi uma agência do governo do estado e dos sócios do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, interessados em construir um lugar para o estado na memória nacional.
A chamada “educação por competências”tem sido uma das principais concepçõespedagógicas adotadas pelos professoresem situação didática e pelas políticas educacionaispromovidas pelos órgãos oficiaisresponsáveis pela Educação no Brasil,pelo menos nas últimas três décadas.Diante desse quadro, parte-se de umaquestão específica: a educação por competênciascontribui para a reflexão emtorno da questão regional no âmbito dolivro didático de História do Rio Grandedo Norte? Para responder melhor à questão,este artigo segue os seguintes passos:primeiro, discute-se o conceito de livrodidático de História regional; segundo,trata-se dos aspectos gerais da obra emanálise; e, por fim, tenciona-se a propostadidático-pedagógica escolhida pelos autoresdo livro didático analisado e se elapropõe, ou não, uma reflexão em tornoda questão regional.
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