A produção mundial de camarões de água-doce teve, entre os anos de 2009 e 2018, um crescimento de 14,26%, alcançando no final de 2018 a marca de 512.191 toneladas. O Brasil, neste mesmo intervalo teve um salto de produção de 100 toneladas (em 2009) para 150 toneladas em 2018, que significou um incremento de 50% em sua produção. A criaçãobrasileira de camarões de água-doce apresenta algumas vantagens quando comparada à carcinicultura marinha, como o não-uso de água salgada na fase de engorda, a possibilidade de implantação em pequenas propriedades e, desta forma, seu potencial baixo impacto ambiental. Das espécies brasileiras conhecidas de camarões de água-doce, três apresentaminteresse econômico: Macrobrachium acanthurus, Macrobrachium carcinus e Macrobrachium amazonicum. Diante da importância da carcinicultura de água-doce no brasil e do potencial que novos estudos sobre a biologia deste grupo tem de melhorar de a produtividade desta atividade, os objetivos deste estudo foram determinar se há aumento da produção de ovos de fêmeas de M. acanthurus com a adição de rejeito de pesca a sua alimentação, estabelecer razões entre a produção de ovos e o tamanho das fêmeas e comparar estas razões entre fêmeas submetidas a diferentes manejos alimentares. Setenta e sete exemplares fêmeas de M. acanthurus foram coletadas em Garuva (SC) e levadas ao Laboratório de Aquicultura do IFC Campus Araquari. De cada exemplar, foram aferidos o comprimento total (CTT; em cm) e o peso (P; em g). Após um período de 30 dias de aclimatação, os exemplares foram colocados em gaiolas a uma densidade de estocagem de 10 exemplares.m-3 e submetidos a dois diferentes tratamentos em triplicata: tratamento controle (CTRL) onde os exemplares foram alimentados com ração comercial para engorda de camarão marinho (40% proteína bruta) a uma taxa de arraçoamento de 5% da biomassa total, e o tratamento T1, onde os exemplares foram alimentados com ração comercial para engorda de camarão marinho (40% proteína bruta) a uma taxa de arraçoamento de 5% da biomassa total, acrescido de vísceras de peixe, a uma taxa de 5% da biomassa total em peso úmido de vísceras. As biometrias foram programadas para serem realizadas quinzenalmente até se completar 60 dias de experimento, onde seriam medidos em cada tratamento o CTT e o P, além da realização da retirada de ovos de fêmeas ovígeras, caso ocorressem, para posterior pesagem e contagem dos ovos. Com estas informações, seriam também calculadas o total deovos por grama, em cada fêmea, além de se calcular também a produtividade de ovos por cm de fêmea e por grama de fêmea. Infelizmente, a ocorrência da pandemia permitiu que fosse realizada apenas uma biometria, sem que fosse realizada a contagem dos ovos. Como resultados obtidos, verificou-se que não houve diferenças entre os tratamentos quanto às variáveis sobrevivência, taxa de fêmeas ovígeras, peso médio das fêmeas ou peso médio dos ovos. Todavia, é necessário se fazer a contagem de ovos para se verificar se há diferenças relacionadas à quantidade e ao tamanho dos ovos.
A produção mundial de camarões de água-doce atingiu em 2018 o montante de 512.191 toneladas, representando um crescimento de 14,26% em um período de dez anos. A produção brasileira, neste mesmo período, aumentou 50%, alcançando em 2018 a marca de 150 toneladas produzidas. A criação brasileira de camarões de água-doce é reconhecida como potencial alternativa na produção de crustáceos, pois possui importantes vantagens em relação à carcinicultura marinha, tais como independência da água salgada na fase de engorda, a possibilidade de implantação em pequenas propriedades e, consequentemente, seu potencial baixo impacto ambiental. Das 17 espécies brasileiras de camarões de água-doce, apenas três apresentam interesse econômico e alto potencial de cultivo: Macrobrachium acanthurus, Macrobrachium carcinus e Macrobrachium amazonicum. Dada a importância desta atividade no brasil e o potencial de melhora de sua produtividade que novos estudos sobre a biologia deste grupo podem trazer, os objetivos deste estudo foram comparar as relações biométricas entre machos e fêmeas de M. acanthurus e verificar se há ocorrência de dimorfismo sexual que justifique um possível cultivo monossexo. Vinte e oito exemplares machos e setenta e sete exemplares fêmeas de M. acanthurus foram coletados em Garuva (SC) e levados ao Laboratório de Aquicultura do IFC Campus Araquari. De cada exemplar, foram medidos o comprimento do cefalotórax (CCE), o comprimento de abdômen (CAB) e o comprimento do telson (CTE) que, somados, originam o comprimento total (CTT). Foram calculados, para cada sexo, os índices CCE/CAB, CTE/CAB e CAB/CTT. Não foi observado crescimento alométrico em M. acanthurus, independente do sexo. Todavia as fêmeas de M. acanthurus mostraram ter, proporcionalmente, maior tamanho de abdômen quando comparadas aos machos. Porém, para se concluir se é viável economicamente realizar produção monossexo de M. acanthurus, são necessários estudos que avaliem a taxa de conversão alimentar de cada sexo, além das suas taxas de crescimento.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.