O presente estudo objetivou traçar, por meio de análise bibliométrica, o perfil de produção científica da Revista da ABENO. A estratégia de busca foi conduzida por dois pesquisadores independentes no sítio web da revista, no qual foram analisados todos os artigos completos publicados no período entre 2001 e 2019. Mediante a leitura dos resumos, os trabalhos foram caracterizados de acordo com a categoria de estudo, a temática abordada, ano e volume de publicação, além de dados das IES às quais os autores do artigo eram vinculados, tais como natureza jurídica e localidade geográfica. Foram identificados 486 artigos publicados no período estudado. Majoritariamente, os artigos apresentaram delineamento metodológico de pesquisa quantitativa (46,3%), cujas temáticas abordadas estavam relacionadas às áreas de “Ensino/Aprendizagem em Odontologia” (49,8%) “Atividades de Estágio, Extensão e PET-Saúde” (15,2%) e “Diretrizes Curriculares Nacionais” (10,1%). Os estudos foram desenvolvidos em sua maior parte em instituições públicas (70%), com predominância de localização na região Sudeste (41,4%). Em conclusão, verifica-se que, ao longo de quase duas décadas, a Revista da ABENO apresentou volume crescente de publicações, com participação expressiva de IES, em especial das públicas, e com concentração desta produção na região Sudeste, embora com tendência a um aumento na participação das demais regiões geográficas.
A incorporação de ferramentas tecnológicas na atividade docente apresenta-se como estratégica para a transformação do ensino em Odontologia, modificando o processo de formação discente por meio da implementação de Tecnologias da Informação e da Comunicação. Trata-se de um relato de experiência de caráter exploratório e descritivo, construído a partir de um projeto de monitoria desenvolvido no ano de 2016 envolvendo discentes e docentes vinculados ao componente curricular Saúde Coletiva I da Faculdade de Odontologia da Universidade de Pernambuco (UPE) campus Arcoverde. Diante da aplicação de um questionário de avaliação do trabalho desenvolvido, 17 (94,4%) discentes afirmaram que o método aplicado complementou o conhecimento de Saúde Coletiva, com 3(16,7%) e 9(50,0%) discentes classificando respectivamente as atividades e os meios de interação como excelentes e ótimos. A utilização do ambiente virtual apresentou-se como uma ferramenta importante na ampliação dos espaços de ensino-aprendizagem para além da sala de aula, favorecendo a inclusão digital, socializando produtos e estimulando a integração dos participantes em torno da temática.
A quimioterapia é o tratamento mais amplamente utilizado para o câncer. Entre os seus efeitos indesejáveis, podem-se citar manifestações bucais como mucosite e xerostomia. Objetivos: Identificar alterações bucais causadas pelo tratamento quimioterápico e avaliar o impacto da saúde bucal na qualidade de vida de pacientes submetidos a essa modalidade de tratamento. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo observacional, transversal e descritivo desenvolvido em uma unidade de referência em tratamento oncológico no sertão brasileiro. A amostra foi constituída de 68 pacientes em tratamento quimioterápico que participaram das seguintes etapas: preencher uma ficha de coleta de dados pessoais sobre a saúde bucal e o tratamento quimioterápico; responder ao questionário Oral Health Impact Profile; e realizar exame físico intraoral para detectar alterações bucais. Resultados: As complicações bucais mais identificadas na amostra estudada foram xerostomia (60,3%), mucosite (39,7%) e ardência (27,9%). A presença de problemas gengivais e ardência bucal demonstrou correlação positiva com a mucosite (p = 0,000). O impacto da saúde bucal na qualidade de vida da amostra estudada foi considerado baixo (média de 5,40, numa escala de 0–28), no entanto pacientes com e sem mucosite apresentaram médias 8,28 e 3,33, respectivamente, o que demonstrou correlação estatisticamente significativa entre a presença da mucosite e a qualidade de vida (p = 0,002). Conclusão: Xerostomia e mucosite foram as alterações bucais mais frequentes, e a presença da mucosite oral impactou negativamente na qualidade de vida dos pacientes em tratamento quimioterápico.
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