A infecção é uma ocorrência comum entre os pacientes na unidade de terapia intensiva (UTI) e um pré-requisito para o desenvolvimento da sepse. Os pacientes atendidos na UTI apresentam risco aumentado de infecções associadas à assistência à saúde (IRAS) devido à natureza invasiva de muitos tratamentos, como ventilação mecânica, cateterismo urinário e acesso venoso central. O presente estudo tem como objetivo descrever os fatores que levam o desenvolvimento de infecção relacionadas a assistência à saúde na unidade de terapia intensiva. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, onde se adotou a revisão integrativa da literatura, realizado através da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) nas bases de dados do Pubmed, usando os cruzamentos dos descritores em inglês “Hospital infections”, “Intensive care unit” e “health care”. Para a avaliação do problema de pesquisa e sua estratificação foi utilizada a estratégia PVO. Sendo formulada a seguinte questão norteadora: Quais são os fatores que levam o surgimento de infecções na unidade de terapia intensiva? As infecções hospitalares em unidades de terapia intensiva são mais comumente associadas a tratamentos invasivos e técnicas de diagnóstico, bem como ao uso de dispositivos de suporte ou monitoramento da vida direta ou indiretamente. Microrganismos gram-negativos foram identificados com mais frequência do que microrganismos gram-positivos na cultura. Idade avançada, câncer metastático comórbido, infecção por HIV e insuficiência cardíaca foram independentemente associados a um maior risco de morte. Essa variação foi associada a fatores específicos do paciente e da doença e ao processo de atendimento e diferenças de país para país.
A Malformação de Chiari (MC) pertence a um amplo grupo de raras deformidades estruturais da junção craniocerebelomedular. O tipo I da doença caracteriza-se pela herniação tonsilar ou amigdaliana cerebelar devido à anomalia da base do crânio e da parte superior da coluna cervical, além de a porção medial do lobo inferior do cerebelo pelo canal cervical também se protuberar através do forame magno, impedindo que o líquor flua normalmente através do canal. A real prevalência da doença é desconhecida, pois muitos pacientes com herniação cerebelar são assintomáticos e o problema agrava-se na fase adulta, com queixas de cefaleia intensa e, por vezes, parestesia. O objetivo deste estudo é relatar um caso de síndrome de Chiari (SC) em uma paciente de 53 anos, ao abordar sua apresentação clínica, diagnóstico e tratamento. Paciente do sexo feminino, 53 anos, foi admitida em um hospital da rede pública de referência se queixando de cefaleia occipital intensa e cervicalgia com irradiação da dor para os membros superiores, acompanhada de parestesia nos quatro segmentos. Relatou já sentir dor há 2 anos, mas apresentou piora do quadro clínico há 8 meses. Foi, também, observada incontinência urinária devido à dissinergia detrusora-esfincteriana por provável bexiga neurogênica. Foi, então, realizado exame de imagem de ressonância magnética (RNM) do crânio e da coluna cervical, com obtenção de sequências ponderadas em T1, T2 e STIR, nos planos sagital e transverso com contraste, o qual evidenciou leve alargamento medular, além de sinais de hidrossiringomielia difusa, com hipossinal na sequência T2 intramedular na altura de D1-D2 (coluna dorsal). Foi notada discreta herniação das tonsilas cerebelares junta ao forame magno, típica da SC, sendo, por fim, confirmado o diagnóstico. A paciente, no entanto, não apresentava hidrocefalia, mesmo com a interrupção do fluxo do líquido cefalorraquidiano (LCR) para o canal vertebral. Ela encaixou- se nos parâmetros de indicação cirúrgica, sendo realizada craniotomia occipital, com acesso ao plexo coroide do quarto ventrículo do tronco encefálico com o intuito de elevar as tonsilas cerebelares baixas, herniadas no canal espinhal cervical e bloqueando o fluxo do LCR. Após a descompressão craniocervical, o curso do líquor foi restaurado e a paciente foi, por fim, encaminhada à sala de recuperação pós-operatória. A SC é uma rara doença que apresenta quadro clínico e alterações radiológicas complexas e extensas e, por vezes, o diagnóstico é retardado devido à inespecificidade dos sintomas confundidos com cervicalgias e cefaleias comuns. A hipótese diagnóstica deve ser embasada nas queixas do paciente, na anamnese minuciosa, exame clínico e nos exames de imagens, sendo a prevalência desta patologia de difícil definição e com faixas etárias distintas.
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