A investigação analisou a concepção dos graduandos do curso de Licenciatura em Geografia da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), integrantes do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), acerca da utilização de maquetes como recurso no processo de ensino-aprendizagem. A pesquisa empírica consistiu em três etapas: a primeira buscou evidenciar a concepção prévia do grupo; a segunda implantou a oficina de maquetes; e a terceira utilizou a maquete em sala de aula. A metodologia está embasada nos conceitos de Rodas de Formação em Rede (Warschauer) e Comunidade Aprendente (Brandão). Os registros escritos pelos sujeitos de pesquisa foram analisados através da Análise Textual Discursiva (Moraes e Galiazzi). Os resultados evidenciaram uma série de potencialidades, limites e possibilidades segundo a concepção dos sujeitos de pesquisa, os quais foram cotejados com o referencial teórico de autores como Filetti, Nacke e Martins, Oliveira e Wankler, Quintela, Silva e Muniz, Simielli et al. e Torres. Considerou-se que a principal potencialidade da maquete é contribuir com o processo de ensino-aprendizagem, diferenciando-se de outros recursos por proporcionar a visualização de forma tridimensional. Como limitações, destacam-se os tempos da escola e dos professores para a confecção do recurso didático. As possibilidades consistem na sua elaboração a partir do relevo, permitindo que os professores a utilizem para abordar outros conteúdos, como clima, vegetação, uso e ocupação do solo, hidrografia, transporte e logística e agricultura.
O presente texto se constitui de indagações que propõem compreender o processo de formulação de imagens mentais em pessoas cegas a partir da percepção que envolve os sentidos do tato, olfato, audição e conduzem sua orientação no espaço público. Divide-se em quatro partes para expor referenciais teóricos, metodológicos e empíricos: na Fenomenologia, na Geografia Humanista Cultural, acerca do espaço público e sobre as habilidades e restrições de pessoas cegas. Todas as categorias analisadas apontam para a relação das imagens mentais com a percepção, e a indissociação dessas com os juízos, sentimentos e afetividades imbricadas na relação pessoa-meio. Defende-se que uma das maneiras de viver experiências fenomenológicas é despir-se de todos os preconceitos existentes e abrir-se para o conhecimento, imergir em novas culturas, conviver com a alteridade para compreender o que sentem, como pensam, agem e vivem.
Antes de descrever propriamente as percepções sobre o conteúdo do livro, faz-se necessária uma breve história de sua escrita. Lívia de Oliveira, atualmente com 90 anos, dedicou dois terços de sua vida à Geografia. Publicou mais de 50 artigos em revistas científicas e capítulos de livros voltados às áreas de Ensino, Percepção do Meio Ambiente, Sabores e Epistemologia. Foi pioneira nos debates de Geografia Humanista no Brasil, tendo traduzido três obras do geógrafo Yi-Fu Tuan. Ao tratar de estudos humanistas que referenciam o espaço vivido e experienciado, antes de postular suas teorias, Lívia viveu intensamente na prática, viajando o mundo, experimentando os mais excêntricos sabores, partilhando afetividades com variadas etnias e contemplando as mais exóticas paisagens. Soube entrelaçar de maneira primorosa seus estudos e suas vivências. O conhecimento que advém destas páginas não teria adquirido tal densidade se resultasse apenas de teorias. Em 2008 foi fundado o Grupo de pesquisa Geografia Humanista Cultural (GHUM), sob sua liderança (p. 30). O grupo consistia em sua maioria de alunos em formação, e, em sua minoria, de professores universitários, sendo, além de Lívia, os professores Werther Holzer,
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