REsumoEste artigo tem como objetivos discutir a organização da Educação Infantil na Base Nacional Curricular Comum (BNCC), focalizando as permanências e os avanços em relação aos documentos que a precederam, e analisar a presença da Educação Física na Educação Infantil a partir dos pressupostos que orientam a Base, em interface com pesquisas sobre experiências pedagógicas com essa área do conhecimento. Para tanto, realiza uma análise documental-bibliográfica, tomando como fontes a BNCC, o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil e produções acadêmico-científicas do campo da Educação Física que abordam a Educação Infantil. No processo de análise, estabelece categorias que permitem a interlocução entre as diferentes fontes utilizadas neste estudo. Os dados analisados oferecem indícios de que os pressupostos presentes na BNCC dialogam, não explicitamente, com os movimentos do componente curricular e com a produção acadêmico-científica da Educação Física na Educação Infantil.
RESumoEste ensaio discute possibilidades teóricas e metodológicas para a construção de conhecimentos centrados no protagonismo infantil. Para tanto, estabelece um diálogo interdisciplinar entre a Sociologia da Infância e os Estudos com o Cotidiano. Em um primeiro momento, apresenta os principais pressupostos que fundamentam esses dois campos e, posteriormente, analisa pesquisas da Educação Física com a Educação Infantil que operaram com conceitos provenientes desses referenciais. Os entrecruzamentos desses dois campos do conhecimento forneceram suportes para a produção de fontes com as crianças e sinalizaram que os instrumentos convencionais de pesquisa são insuficientes para compreender o protagonismo infantil e suas produções culturais.
Analisa os desafios e as possibilidades para a mediação pedagógica da Educação Física (EF) em articulação com as diferentes áreas de conhecimento e profissionais que atuam na Educação Infantil (EI). Adota a pesquisa narrativa como metodologia. Os dados foram produzidos por meio de entrevistas semiestruturadas e falas espontâneas de 5 professores de EF. Os desafios identificados são a ausência de tempos/espaços formais para o planejamento coletivo e as representações das professoras regentes sobre a função da EF. Quanto às possibilidades, destaca-se o papel do Projeto Institucional, assim como o da pedagoga, na articulação de diferentes áreas do conhecimento e sujeitos.
O presente estudo objetivou analisar o que a pós-graduação em Educação Física no Brasil tem produzido sobre práticas pedagógicas com o teatro e com a contação de história na Educação Infantil. Tratou-se de uma pesquisa bibliográfica, realizada no Catálogo de Teses e Dissertações da Capes e na Biblioteca Brasileira Digital de Teses e Dissertações. O corpus do estudo é constituído por 58 trabalhos (51 dissertações e sete teses). No processo de análise dos dados, mobilizou-se indicadores bibliométricos e a análise temática. Na dimensão temática, os resultados encontrados foram agrupados em seis categorias analíticas: 1) protagonismo infantil; 2) mediação pedagógica; 3) formação docente; 4) discussão teórica; 5) desenvolvimento motor; 6) inclusão e rotina. Os resultados indicam um aumento das produções a partir de 2007, que pode estar relacionado ao avanço do número de programas de pós-graduação em Educação Física e às conquistas no campo das políticas públicas para a infância. Apesar de reconhecidas como potentes linguagens na Educação Infantil, a contação de história e o teatro aparecem de modo periférico na maioria dos trabalhos analisados. Verifica-se pouca ênfase à dimensão didático-metodológica de trato com essas linguagens e pouca visibilidade para as produções e práticas autorais das crianças na relação com esses saberes.
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