Resumo Este artigo pretende examinar a paisagem urbana do Rio de Janeiro delineada nas crônicas de A Semana , de Machado de Assis. O tempo, entre 1892 e 1897, é um momento importante na vida da cidade. Manifestam-se os inícios das transformações consumadas na gestão do prefeito Pereira Passos (1902-1906).
Resumo O artigo analisa a crítica de Roberto Schwarz a uma crônica de Machado de Assis "chamada" "O punhal de Martinha". Apresenta, tendo em vista essa crítica, o contraditório quanto ao seu método de vincular forma literária e processo social. Procura estabelecer, através das crônicas de "A Semana" e mediante a relação entre fato real e fato imaginado, a dimensão social da narrativa machadiana.
Este texto é uma resenha do livro Machado de Assis, o escritor que nos lê, de Hélio Guimarães, e procura mostrar a propriedade com que o autor organizou a fortuna crítica de nosso maior escritor.
Resumo Este artigo procura examinar o processo eleitoral no Império e sobretudo na Primeira República, através das crônicas de "A Semana" de Machado de Assis. Tenta estabelecer um confronto, especialmente no que se refere às fraudes eleitorais, entre as observações do cronista e as análises dos cientistas políticos.
Este ensaio procura examinar o romance Dois irmãos, de Milton Hatoum (2000), considerando que a memória e a história são a base de sua criação. A narrativa atravessa momentos cruciais da história do Brasil. O autor faz da rivalidade entre os irmãos Yaqub e Omar a causa do dilaceramento e da ruína de uma família amazonense. Tal rivalidade representa um impasse de perspectivas sobre que rumos tomar no âmbito das ideias, da sociedade e da vida política.
Passageiro do fim do dia é um romance perigoso. Narra trabalhos que causam cicatrizes; narra acidentes que causam cicatrizes; narra doenças que causam cicatrizes; narra conflitos que causam cicatrizes. Mas não são esses os perigos abordados neste ensaio, e sim aqueles inerentes à elaboração de uma obra desse tipo. São os perigos de um relato que versa sobre vidas situadas na mais extrema pobreza, designados pelo termo marxista lumpemproletariado: pessoas sem trabalho regular, sem consciência de classe. E quais são os perigos? O de descambar para o panfletário, com a retórica de veemência e pregação comum a textos compostos para denunciar e reparar injustiças. Ou o de descambar para o romance de tese, à guisa da estética naturalista e seus determinismos científicos. Ou o de descambar para a prosa banal, como se o conteúdo de vidas inexpressivas merecesse um enunciado sem apuro e impusesse o rebaixamento da expressão literária. A narrativa, entretanto, é conduzida com mão prevenida, de modo a conjurar os riscos. Há denúncia, mas sem a retórica da denúncia; há documento, mas sem os protocolos do documento. Parece mesmo que se tem ciência desses riscos.
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