Resumo Desenvolver habilidades para coordenar grupos é requisito importante do trabalho desenvolvido por psicólogos, especialmente quando vinculados a instituições de saúde pública. Este estudo foi uma pesquisa-ação amparada no enfoque clínico-qualitativo e desenvolvida a partir do dispositivo dos grupos operativos. O objetivo geral foi compreender como psicólogos percebem o trabalho grupal que oferecem em suas práticas laborais, a partir de vivências em grupos operativos de aprendizagem. Participaram 10 psicólogos atuantes em uma Unidade Ambulatorial de Atendimento Psicossocial - equipamento secundário da Rede de Atenção Psicossocial - de um município do interior de Minas Gerais. A ordenação de dados ocorreu a partir de emergentes grupais surgidos durante três sessões, e foram analisados a partir do diálogo com a literatura sobre grupos, em especial grupos em cenários institucionais. O processo grupal vivido fomentou recursos profissionais para lidar com a grupalidade. Expressões sobre dificuldades profissionais enfrentadas na coordenação de intervenções grupais apareceram e foram discutidas. O dispositivo “grupo” foi pensado como ferramenta possível de ser empregada para facilitar transformações e fomentar potenciais encontros humanos. Estudos futuros poderão ser direcionados a novas formas de compreender o trabalho grupal desenvolvido por esses e outros psicólogos, de realidades distintas da retratada.
Resumo: O emprego de práticas grupais tem sido descrito como um recurso útil para a atuação profissional de psicólogos e uma alternativa qualificada nos serviços em saúde. Nesse estudo, objetivou-se compreender como usuários atendidos por psicólogos, em modalidades terapêuticas grupais em serviços do Sistema Único de Saúde (SUS), experienciam e significam o uso dessa ferramenta. Vinte usuários participaram da investigação e entrevistas individuais foram estratégias utilizadas para acessar suas experiências. A participação em grupos terapêuticos, em equipamentos de Atenção Primária ou Secundária, há mais de um mês, foram critérios para inclusão dos entrevistados. Os entrevistados relataram aprendizagens quando em grupos, legitimando atendimentos grupais como facilitadores da construção de vínculos com seus pares e promotores de saúde. Eles recuperaram o modelo de atendimento individual como parâmetro de atenção psicológica e apresentaram a questão do sigilo como um desafio a ser trabalhado nas realidades grupais. Novas pesquisas sobre experiências de usuários de atendimento grupal psicológico nos equipamentos de saúde do SUS permitirão ampliação dos achados. Palavras-chave: psicoterapia de grupo; serviços de saúde pública; técnicas psicoterapêuticas.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.