Este estudo teve como objetivo compreender o fenômeno da medicalização e do uso de psicotrópicos em longo prazo com base na percepção dos usuários de uma Unidade de Saúde da Família (USF). Trata-se de um estudo qualitativo, fundamentado no método autobiográfico e na narrativa do sujeito. Utilizou-se um roteiro para conduzir entrevistas semiestruturadas, realizadas com usuários intencionalmente selecionados. A análise temática possibilitou vislumbrar a incorporação da medicamentalização nas concepções de vida e de sofrimento dos usuários no contexto da Saúde da Família (SF), perspectiva que vai ao encontro da medicalização social e tem subsídio no modelo biomédico que subordina o processo de trabalho da Atenção Primária à Saúde (APS).
Resumo Objetivo identificar as contribuições de uma intervenção musical participativa sobre o Bem-Estar Psicológico e Subjetivo na assistência da enfermagem de usuários com transtorno mental grave e persistente durante a internação. Método pesquisa quase-experimental, do tipo antes e depois, realizada em uma instituição hospitalar do estado de São Paulo. Dez usuários em internação psiquiátrica participaram das quatro oficinas musicais. O repertório atendeu às suas preferências e foram distribuídos instrumentos musicais para promover a participação. Aplicou-se a escala de Bem-Estar Psicológico e dos Afetos Positivos e Negativos ao início e ao término de cada oficina. Os dados foram analisados considerando Intervalo de Confiança de 95%. Resultados não foram identificadas diferenças estatísticas entre os valores encontrados antes e depois das oficinas musicais para as variáveis do Bem-Estar e Afetos Positivos e Negativos. Os desfechos do Bem-Estar Subjetivo foram mais lineares quando comparados ao Bem-Estar Psicológico, observando-se aumento nos afetos positivos e diminuição dos afetos negativos. Conclusão e implicações para a prática a oficina musical participativa favorece o bem-estar subjetivo de usuários com transtornos mentais graves e persistentes. Essa intervenção correspondeu a uma tecnologia leve potencial para a enfermagem atuar de modo autônomo e qualificado no cuidado psicoemocional do usuário na internação psiquiátrica.
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