O presente estudo objetivou apresentar e caracterizar as variáveis demográficas do projeto de extensão “Avaliação Neuropsicológica para crianças e adolescentes: diagnósticos e condutas (NEUROPSI-I)”, da Universidade Federal de Rondonópolis. O período investigado foi de 2017 a 2018, anos iniciais de seu funcionamento. Foram analisados os bancos de dados dos prontuários pertencentes ao NEUROPSI-I, reservando as identidades dos atendidos. No total, o projeto atendeu 42 pacientes, dentre eles crianças e adolescentes, na faixa etária entre três e dezessete anos, de ambos os gêneros. Os resultados indicaram maiores frequências de: queixas narradas de “problemas comportamentais e emocionais”, pais com os níveis de escolaridade básica e superior, presença do gênero masculino, idades entre sete e doze anos, pacientes nos anos escolares do primeiro ciclo do Ensino Fundamental, pertencentes à escola pública, que já haviam passado por intervenções diversas (por exemplo, psicológica, fonoaudiológica, psiquiátrica, neurológica), encaminhamentos de psiquiatras e neurologistas, não uso de psicotrópicos, diagnóstico de Deficiência Intelectual e encaminhamentos para terapias não médicas (psicológica, fonoaudiológica e psicopedagógica). Espera-se que, futuramente, o projeto agregue uma equipe que apresente cunho interdisciplinar em suas avaliações neuropsicológicas. Desse modo, resultados mais fidedignos, sobre as variáveis demográficas, poderão ser mais bem estipulados.
O Sistema Único de Saúde (SUS) é o resultado de um longo e árduo processo de construção política e histórica, constituindo-se atualmente como um campo que oferece inúmeras possibilidades de atuação para a Psicologia no sentido da promoção de saúde. O presente trabalho tem como objetivo socializar um relato de experiência vivenciado na disciplina de Estágio Básico em Psicologia no contexto de uma Unidade Básica de Saúde, da cidade de Cuiabá, Mato Grosso, bem como refletir acerca dos resultados encontrados em campo. Para tanto, foi realizado um estudo bibliográfico que permitiu uma breve construção do percurso histórico do sistema de saúde no Brasil e seu entrelaçamento com a Psicologia para, enfim, compreender os motivos pelos quais o modelo clínico individual se faz ainda tão presente nas práticas de saúde e, principalmente, ainda é tão frequente na atuação do Psicólogo, afastando-o das diretrizes atuais do SUS. Os resultados apontaram que a atuação do profissional psicólogo dentro da atenção básica apresenta-se como bastante desafiador, enfrentando diversos estigmas do passado que ainda se mostram presentes, impactando diretamente no andamento de uma ciência que só tem a promover saúde e bem-estar a população em geral.
O objetivo do presente artigo foi relatar um caso de avaliação neuropsicológica conduzida junto a um adulto que resultou no diagnóstico de dupla excepcionalidade relacionada à presença de Altas Habilidades/Superdotação (AH/SD) e Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH). A avaliação contou com sete sessões compostas de administração de instrumentos psicológicos e neuropsicológicos, juntamente de observações clínico-qualitativas. Teve-se como aporte teórico para o atendimento o modelo de “Competências funcionais em neuropsicologia clínica”. Os dados foram agrupados em habilidades neurocognitivas avaliadas, a saber: inteligência, funções executivas chamadas “frias”/cognitivas, habilidades escolares e habilidades socioemocionais. De modo geral, os resultados demonstraram altos valores de Quociente Intelectual, mas déficits em funções executivas e em habilidades socioemocionais. O perfil apresentado pelo paciente foi discutido de acordo com a literatura na área, e, consequentemente, de modo que o identificou com dupla excepcionalidade entre AH/SD e TDAH. Discussões sobre a identificação tardia do quadro também são apresentadas, bem como sugestões para o suporte adequado às suas necessidades específicas.
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