Essa análise tem como objetivo demonstrar em que medida o fechamento das fronteiras e a escassez de acesso a medidas como regularização dos migrantes serão prejudiciais para a população palestina refugiada e de migrantes internacionais. Além das questões relacionadas ao refúgio, problematizarei a nova restrição de mobilidade perante o fechamento de fronteiras e, ainda mais, vulnerabilidade mediante situação de pandemia devido ao COVID-19. Para tal, trabalharei, a partir dos dados de campo e etnografia realizada em Santiago, Chile, problemáticas acerca da situação de refúgio em um contexto particular de pandemia.
A ocupação e colonização da Palestina têm sido hegemonicamente retratadas como um “conflito”, pressupondo paridades inexistentes. A assimetria na relação de forças é reflexo da disparidade de poder entre um povo e um Estado colonial, que mantem os palestinos sob um regime de apartheid. Neste trabalho revisitamos referencial das ciências humanas e do direito internacional para considerar a relevância do colonialismo como marco teórico basilar à compreensão da situação vigente na Palestina/Israel, superando a fragmentação imposta pelo poder hegemônico como estratégia de dominação. Paralelamente, na interpretação das políticas coloniais e segregacionistas, acionamos outras categorias, encaminhando a discussão para a necessária constituição de uma contra narrativa, capaz de ressignificar as análises.
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