A violência contra crianças e adolescentes sempre esteve presente na história da humanidade e é atualmente considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, constituindo a principal causa de morte a partir dos 5 anos de idade. Trabalhar com casos de violência doméstica contra crianças e adolescentes (VDCA) não é uma tarefa fácil, uma vez que o médico pode se defrontar com situações complicadas, notadamente no Programa de Saúde da Família (PSF), que mantém estreito vínculo com comunidades inseridas em cenários propícios a esse fenômeno e expostas a risco social. Esta pesquisa exploratória, com análise qualitativa, foi esenvolvida com o objetivo de identificar a percepção de médicos atuantes no PSF sobre o processo de atendimento às vítimas de VDCA no município de São Paulo (SP). O estudo confirmou a falta ou do pouco conhecimento sobre as imbricações e impactos da VDCA ― consequência da não abordagem do tema nos cursos de graduação e da carência de educação continuada. Além disso, revelou que os médicos dedicados a programas de atenção básica se confrontam com dilemas éticos e sentimentos que desembocam na percepção de impotência diante das vítimas de maus-tratos, associada ao medo de represálias por parte dos agressores e ao descrédito nas instituições que têm atribuição legal de dar encaminhamento aos casos. Os resultados obtidos nesta pesquisa indicam que esses fatores associados resultam em deficiências no sistema de notificação que acabam por ampliar as lacunas das estatísticas das ocorrências de violência doméstica no Brasil.
A violência contra crianças e adolescentes sempre esteve presente na história da humanidade e é atualmente considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, constituindo a principal causa de morte a partir dos 5 anos de idade. Trabalhar com casos de violência doméstica contra crianças e adolescentes (VDCA) não é uma tarefa fácil, uma vez que o médico pode se defrontar com situações complicadas, notadamente no Programa de Saúde da Família (PSF), que mantém estreito vínculo com comunidades inseridas em cenários propícios a esse fenômeno e expostas a risco social. Esta pesquisa exploratória, com análise qualitativa, foi esenvolvida com o objetivo de identificar a percepção de médicos atuantes no PSF sobre o processo de atendimento às vítimas de VDCA no município de São Paulo (SP). O estudo confirmou a falta ou do pouco conhecimento sobre as imbricações e impactos da VDCA ― consequência da não abordagem do tema nos cursos de graduação e da carência de educação continuada. Além disso, revelou que os médicos dedicados a programas de atenção básica se confrontam com dilemas éticos e sentimentos que desembocam na percepção de impotência diante das vítimas de maus-tratos, associada ao medo de represálias por parte dos agressores e ao descrédito nas instituições que têm atribuição legal de dar encaminhamento aos casos. Os resultados obtidos nesta pesquisa indicam que esses fatores associados resultam em deficiências no sistema de notificação que acabam por ampliar as lacunas das estatísticas das ocorrências de violência doméstica no Brasil.
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