A análise histórica sobre a Exposição de Televisão (Rio de Janeiro, 1939), evento promovido pelo Estado Novo em parceria com o Terceiro Reich alemão, permite trazer, além de dados sobre a história da TV no Brasil, elementos de compreensão sobre as primeiras relações entre poder político e esse meio de comunicação no país. Pois, a demonstração pública da TV aos brasileiros foi utilizada como peça de propaganda do Estado Novo, servindo-lhe para reforçar a sua propalada superioridade sobre outras formas de governo, legitimar o regime entre os vários segmentos sociais e compor o rol de argumentações favoráveis ao alinhamento Brasil-Alemanha. Ademais, o artigo pretende jogar novas luzes sobre as pretensões da ditadura varguista com relação à propaganda política e sobre a ação da imprensa frente ao controle estadonovista no período anterior ao funcionamento do DIP.
N a década de 1980, o samba andava em baixa na indústria fonográfica, no rádio e na televisão. A mídia promovia larga e amplamente outros ritmos musicais. Muitos vaticinavam o fim do samba. Em reação a tal cantilena, Paulinho da Viola em Eu canto samba, integrado ao seu premiado disco homônimo lançado em 1989, canta que ele há muito tempo escutava "o papo furado dizendo que o samba acabou", ao que emenda resposta irônica: "só se for quando o dia clareou". Enfim, o sambista, com maestria e temperança, pontuava que não era porque o samba seguia preterido ou vitimado por alterações impostas pelos interesses comerciais da mídia que ele havia deixado de existir, alegar a vida e falar das coisas dos sambistas e admiradores do gênero, bem como de ser cantado e dançado nas rodas de samba em fundos de quintais. Ainda naquela década, na historiografia era assinalado que sambistas durante o Estado Novo, então, empenhado em alçar o samba urbano carioca à tradução musical da nacionalidade, tinham submetido suas canções totalmente aos valores políticos e sociais calcados na ideologia trabalhista idealizada e difundida por aquele regime ditatorial, via o
Neste artigo são analisadas as possibilidades e os limites relativos à criação e interpretação por Jô Soares do emblemático Capitão Gay. Temática analisada tanto a par da caracterização das linhagens do humorismo televisivo brasileiro e a inserção do humor de Jô Soares nelas. Ademais, são analisados os elementos e recursos televisivos investidos na produção das aventuras do super-herói gay. E, por fim, cuida-se de relações da produção de o Capitão Gay com a direção da Rede Globo de Televisão, moralismos reinantes à época, ocaso da Ditadura Militar, militância gay e universo das marcas registradas.
No abstract
Busca-se aqui compreender historicamente um filme hollywoodiano de suspense – lançado em 1935 nos EUA e distribuído no Brasil a partir de meados do ano seguinte –, cuja trama apresenta, de forma inusitada, a televisão como arma para assassinato. Nele, pioneiramente, se contempla a disputa de emissoras de televisão e um “governo estrangeiro” pela tecnologia de transmissão de tevê aberta. Ademais, cenas e textos/diálogos de Murder by television expressam, de forma direta ou metafórica, visões e apreciações acerca de modelos de operação e do uso da nascente televisão. Todas engendradas em meio a fatos e processos atinentes à propriedade e ao funcionamento da televisão aberta, bem como à produção e veiculação de seus conteúdos, quer nos EUA quer em alguns países europeus.
Vale a pena ver de novo -organização e acesso a arquivos televisivos na França, Grã- Bretanha e no BrasilWorth seeing again -organization and access to television archives in France, Great Britain and Brazil ________________________________________________________________________________ Áureo BUSETTO Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", UNESP, Assis, SP, Brasil.Contato: aureohis@assis.unesp.brResumo: Este artigo informa sobre o arquivamento de audiovisuais televisivos e o acesso público a eles na França, Grã-Bretanha e no Brasil. Sua comparação e reflexão permitem levantar problemas e soluções gerados tanto no âmbito da preservação de importante patrimônio cultural e histórico quanto no desenvolvimento da pesquisa histórica sobre a TV e os seus produtos, bem como a consolidação da cidadania em termos de acesso à informação e sua interpretação. Palavras-chave: audiovisual televisivo; produção televisiva; arquivo televisivo; história da TV. Abstract:This article presents information about the television audiovisual archiving and the public access to them in France, Great Britain and Brazil. Their comparison and reflection allow us to raise questions and find answers generated both for the preservation of important cultural and historical heritage, as well for the consolidation of citizenship in terms of access to information and its interpretation. Keywords: television audiovisual; television production; television file; TV history. Pré-produção -pesquisa e aspectos gerais do arquivamentoO pesquisador que objetivar um estudo histórico sobre a televisão se deparará com o seguinte primeiro problema: a definição do objeto de pesquisa. Alerta formulado não por um historiador strictu sensu, mas, sim, por John Corner, pesquisador britânico da área de Comunicação.E assim o fez por conta de seu trabalho pautar-se pela ênfase à pesquisa histórica dos produtos televisivos desde a formação até os avanços mais recentes do meio. Nesta direção, ele tem sido um entusiasta da transcendência da perspectiva que, de certa maneira preponderante na área de Comunicação e das Ciências Sociais, se ocupa mais com formulações teóricas acerca da televisão ou, no limite, cuida da história de teorias sobre o meio. (CORNER, 1999, p. 126). instituição ou indústria, cujas organizações são enquadradas pela política e gestão empresarial; produtora, com foco na cultura e prática de profissionais da televisão, geralmente expressas em escritos autobiográficos ou de memória elaborados por agentes diretamente ligados ao meio;representação e forma, aspectos vistos por um enquadramento estético retirado do vocabulário da crítica de artes, particularmente a do teatro e a do cinema -crescente linha de trabalho nos estudos históricos da TV, sobremaneira ocupada com a análise do teledrama; fenômeno sociocultural, profundamente interconectado com a alta política, as inconstantes circunstâncias da esfera pública, da sociedade civil, da cultura popular e do caráter variável do ambiente doméstico, assim como valores nele gerados -porém, sen...
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