Epiphytism in the Caatinga biome is still poorly studied. In this biome, the licuri palm (Syagrus coronata) is an important phorophyte of several species. In this study, epiphytes were surveyed on licuri palms in order to infer the conservation degree of a Caatinga area. A total of 496 individuals of S. coronata were sampled, in a toposequence in five areas: pasture with licuri (anthropized area), lowland, slope, hilltop and rocky outcrops of an inselberg (conserved areas) and in the community of Jatobá, municipality of Milagres (Bahia, Brazil). Fifty-seven species were identified, encompassing 38 genera and 17 families, growing on licuri palms. The family with the largest number of species was Bromeliaceae (21 species), followed by Orchidaceae, Cactaceae and Polypodiaceae with five species each. In Caatinga vegetation with palm species, the epiphytes on the licuri palm can help the reforestation process, the licuri palm being the key species, where the associated epiphytism demonstrates the dispersion of numerous species. It is a suspended seedlings bank with a nurse plant, where recurring families such as Bromeliaceae, Cactaceae, Orchidaceae, Araceae occur as strategic components in sustainable agroecosystem designs.
<p>O presente trabalho se constitui numa proposta de averiguação da existência de remanescentes de comunidades tradicionais de Fundos de Pasto nas caatingas com inselbergues e licurizais, entre os Territórios de Identidade do Vale Jiquiriçá e Piemonte do Paraguaçu, municípios de Brejões, Iaçu, Irajuba, Itatim, Milagres, Nova Itarana e Santa Teresinha, no Estado da Bahia, Brasil. Para tanto, foi realizado um apanhado com o apoio de acervo bibliográfico de vários campos do conhecimento: história, geografia, biologia, agronomia, zootecnia e antropologia, de modo a auxiliar na exposição e análise da ocupação do território mencionado; e tomada de dados junto à população local. Assim, por meio de entrevistas semiestruturadas aplicadas junto a informantes idosos e lideranças de meia idade no citado território foco, e em comunidades tradicionais de Fundo de Pasto, em Brotas de Macaúbas e Monte Santo, nota-se que o processo colonizatório, nessa região, durou quatro séculos com a atividade pastoril de rebanhos de gado solto, perdurando até o início da segunda metade do século XX. Entretanto, ao ser encetada a lei do Pé Alto ou lei dos Quatro-fios, desestruturam-se formas seculares de vida e cultura, perceptíveis na memória de pessoas acima dos 60 anos na mencionada região. Na prática pastoril, identificaram-se as marcas ou os sinais realizados nos animais por meio de cortes feitos com faca nas orelhas dos criatórios, e cada um desses possui nomenclatura específica. Esses sinais serviam de “assinaturas” distintivas de famílias/pessoas, nos criatórios que forrageavam em áreas sem cercas. Tais práticas permanecem em comunidades de Fundo de Pasto, em Monte Santo e Brotas de Macaúbas, e presentes na memória de pessoas, entre os vales mencionados no pediplano sertanejo da região de Milagres. Possivelmente, seja um indicativo de práticas de remanescentes de comunidades tradicionais de Fundo de Pasto, exemplo de Jatobá (Milagres) e Traíras (Itatim), remontando a um passado recente de criação em regime de solta. O cercamento das terras contribuiu para a rápida extinção de raças crioulas, no território exposto no trabalho, assim como para maiores impactos socioambientais, concentração de terras, êxodo rural e perdas de práticas ancestrais de manejo de rebanhos, que expunham tais comunidades na atual categoria Fundo de Pasto. Evidenciam-se semelhanças nas comunidades dos territórios mesmo que disjuntos, afastados cerca de 400 km.</p>
O presente trabalho se constitui numa proposta de averiguação da existência de remanescentes de comunidades tradicionais de Fundos de Pasto nas caatingas com inselbergues e licurizais, entre os Territórios de Identidade do Vale Jiquiriçá e Piemonte do Paraguaçu, municípios de Brejões, Iaçu, Irajuba, Itatim, Milagres, Nova Itarana e Santa Teresinha, no Estado da Bahia, Brasil. Para tanto, foi realizado um apanhado com o apoio de acervo bibliográfico de vários campos do conhecimento: história, geografia, biologia, agronomia, zootecnia e antropologia, de modo a auxiliar na exposição e análise da ocupação do território mencionado; e tomada de dados junto à população local. Assim, por meio de entrevistas semiestruturadas aplicadas junto a informantes idosos e lideranças de meia idade no citado território foco, e em comunidades tradicionais de Fundo de Pasto, em Brotas de Macaúbas e Monte Santo, nota-se que o processo colonizatório, nessa região, durou quatro séculos com a atividade pastoril de rebanhos de gado solto, perdurando até o início da segunda metade do século XX. Entretanto, ao ser encetada a lei do Pé Alto ou lei dos Quatro-fios, desestruturam-se formas seculares de vida e cultura, perceptíveis na memória de pessoas acima dos 60 anos na mencionada região. Na prática pastoril, identificaram-se as marcas ou os sinais realizados nos animais por meio de cortes feitos com faca nas orelhas dos criatórios, e cada um desses possui nomenclatura específica. Esses sinais serviam de “assinaturas” distintivas de famílias/pessoas, nos criatórios que forrageavam em áreas sem cercas. Tais práticas permanecem em comunidades de Fundo de Pasto, em Monte Santo e Brotas de Macaúbas, e presentes na memória de pessoas, entre os vales mencionados no pediplano sertanejo da região de Milagres. Possivelmente, seja um indicativo de práticas de remanescentes de comunidades tradicionais de Fundo de Pasto, exemplo de Jatobá (Milagres) e Traíras (Itatim), remontando a um passado recente de criação em regime de solta. O cercamento das terras contribuiu para a rápida extinção de raças crioulas, no território exposto no trabalho, assim como para maiores impactos socioambientais, concentração de terras, êxodo rural e perdas de práticas ancestrais de manejo de rebanhos, que expunham tais comunidades na atual categoria Fundo de Pasto. Evidenciam-se semelhanças nas comunidades dos territórios mesmo que disjuntos, afastados cerca de 400 km.
Regiões áridas-Brasil. I. Zuffo, Alan Mario. II. Série. CDD 333.7369 Elaborado por Maurício Amormino Júnior-CRB6/2422 O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores. 2019 Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais. www.atenaeditora.com.br APRESENTAÇÃO A obra "As Regiões Semiáridas e suas Especificidades" aborda uma série de livros de publicação da Atena Editora, em seu II volume, apresenta, em seus 23 capítulos, com conhecimentos tecnológicos das regiões semiáridas e suas especificidades. As Ciências estão globalizadas, englobam, atualmente, diversos campos em termos de pesquisas tecnológicas. O semiárido brasileiro tem característica peculiares, alimentares, culturais, edafoclimáticas, étnicos, entre outros. Tais, diversidades culminam no avanço tecnológico, nas áreas de Agronomia, Engenharia Florestal,
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