Em Livreiros do Novo Mundo, Jean-Jacques Bompard aborda a tradição mercantil livresca de alguns indivíduos do Município de Briançon, no sudoeste da França. No decorrer do livro, o autor esboça alguns detalhes geográficos, históricos e sociais dessa região dos Alpes franceses, muito próxima da divisa com a Itália, e que apresenta caracteres de relevo que a inseriam em estratégicas rotas militares e comerciais ao largo do tempo.Em sua escrita, Jean-Jacques Bompard busca certa reminiscência histórica da região de seus antepassados para transmitir aos seus leitores algumas impressões a respeito de características de quem vivia entre as montanhas quase sempre nevadas daqueles vales. No livro ele destaca também algumas possibilidades referentes à história de Briançon, como as modalidades de trabalho mais típicas e propícias à região e vicissitudes que poderiam direcionar parte de seus naturais a outro estilo de vida: a mercancia.De acordo com Bompard, a natureza naquela região montanhosa é áspera e dura, reservando aos moradores poucas atividades laborais com chances de enriquecimento. Situação que talvez se fizesse mais verossímil no recorte temporal que o autor propõe em sua obra. Assim sendo, com as peculiaridades das condições naturais de tal local, desde muitos séculos atrás que se buscava dar uma boa instrução escolar às crianças da região.Como um desafio às condições de vida precárias e penosas, a instrução era uma prioridade no seio de cada comunidade do Briançonnais. Organizada sob a responsabilidade dos cônsules, sem distinção nem privilégio entre as famílias, ela assegurava, antes de tudo, uma formação em leitura, escrita e cálculo, e posteriormente em outras disciplinas.Desde 1343, a criação dos escartons [uma federação das comunidades da região] havia suscitado, em cada vila, a criação de uma organização
O início do século XIX no Brasil é marcado por um processo de grande ruptura estrutural, a quebra do antigo sistema colonial, que se materializa especialmente após a trasladação da corte portuguesa, em 1808. As alterações sociais, econômicas e políticas vivenciadas à época tiveram nos escritos, impressos e manuscritos, uma importante ferramenta na disseminação de ideias, notícias, culturas políticas, bem como num rearranjo de comportamentos sociais por meio de novas formas de sociabilidades e que perpassavam as alterações que ocorriam entre os âmbitos privado e público daquela sociedade. Tudo isso sob a vigilância da coroa através da censura, um instrumento que enfrentava as dificuldades práticas e logísticas de seu tempo.
Neste texto, destaco alguns momentos de (re)memoração acerca da Conjuração Mineira e referente ao mártir Tiradentes, bem como as ressignificações acerca da simbologia que envolvia o movimento setecentista mineiro ao longo de parte do século XIX. Com membros da intelectualidade nacional, marginalizados da política imperial, a buscar naquela conjura elementos que legitimassem seu acesso às esferas político-sociais do Império do Brasil. Alguns impressos mineiros servem de fonte e como fresta para se lançar luzes sobre as celebrações à memória de Tiradentes, ocorridas na década de 1880 em muitas partes do Império, mas especificamente às grandes celebrações havidas em 1882 pelo 9.º decenário do mártir mineiro, em Ouro Preto, demonstrando os usos políticos e simbólicos que se fazia da Inconfidência ainda em período monárquico.
Este texto toca em pontos relativos à história econômica, social e política de Minas Gerais durante parte do período colonial e imperial. Por ele, tenta-se demonstrar que Minas não sofreu grandes abalos com o esgotamento do ouro, ocorrido na segunda metade do século XVIII, pois contava com uma economia diversificada e que conseguiu suprir a Capitania, posteriormente Província, de modo a deixá-la com uma situação em que era uma das mais importantes do centro-sul brasileiro. Outro enfoque abordado é o da importância que os jornais partidários tiveram nas Gerais. Por meio deles, discutia-se e se fazia política. Propagandeava-se e também se impunha tipos de apropriação e representação de figuras míticas atreladas à história mineira.
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