Abstract:This article intends to show how Michel Foucault is reading the western civilization history of knowledge in his major work Madness and Civilization. During the sixty years, Foucault has always been worried about the meaning through we use to understand ourselves. Researching the rational language, he discovers an astonished way of discourse that hide us ours most basic decisions. He calls it literature. Digging until the most depth and unknown level of our culture, Foucault`s archeology shares since the forward of Madness and Civilization some philosophical notions that, first of all, shall be clarified before any interpretation of his work. Keywords: philosophy, Foucault, literature, archaeology.Resumo: Este artigo procura mostrar como Michel Foucault opera a leitura dos saberes da civilização ocidental em sua grande obra A História da Loucura. Ao longo dos anos sessenta, Foucault sempre esteve preocupado acerca da maneira com que usualmente nos concebemos. Investigando a linguagem racional ele descobre uma surpreendente modulação discursiva que esconde nossas mais básicas escolhas. Ele a chama de literatura. Cavando até o mais profundo e desconhecido nível de nossa cultura, a arqueologia de Foucault compartilha desde o prefácio de História da Loucura algumas noções filosóficas que, acima de tudo, demandam um esclarecimento prévio antes de qualquer interpretação de seu pensamento. Palavras-chave: filosofia, Foucault, literatura, arqueologia.
Resumo: Com o fito de compreender as noções de história e juízo político, este artigo pretende mostrar a peculiar interpretação que Hannah Arendt faz da mais conhecida e discutida personalidade filosófica: Sócrates. Assim como outras ideias, tais como a de banalidade do mal, a natureza do terror totalitário e de espaço público, sua estrita pintura do filósofo grego nos demanda a tarefa de discriminar a diferença entre pensamento e ação. Seria acaso o juízo a ponte entre as atividades de pensamento e da ação política? A preocupação, neste ensaio,é a de mostrar como Hannah Arendt estava procurando por um modo autêntico de filosofia política, cujo maior exemplo seria Sócrates. No mesmo sentido, também se debruça acerca do significado do juízo reflexionante, ideia bastante fecunda em sua obra que permanece ainda bastante alusiva.
O artigo pretende iluminar algumas das perplexidades enfrentadas pelas instituições políticas, na modernidade ou em tempos antigos, para garantir um espaço próprio onde as pessoas possam exercer seu poder de liberdade. Começando com os revolucionários americanos, passando pelos modos gregos e romanos de lidar com o problema, nós abordamos as análises de Hannah Arendt na tentativa de estruturar uma possível resposta de sua obra para este desafiante convite ao pensamento.
Este trabalho pretende tratar da reflexão arendtiana sobre o julgamento e a condenação de Adolf Eichmann, burocrata responsável pela empreitada meticulosa do encaminhamento de milhões de judeus para os campos de concentração. Entre outras coisas, abordar-se-á a noção de banalidade do mal, concebida e empregada no livro sobre Eichmann, descrito por Arendt como um ser humano incapaz de pensar e julgar sua conduta. A partir da interpretação que Arendt fez do processo de julgamento na obra Eichmann em Jerusalém: Um relato sobre a banalidade do mal (1963), pretende-se abordar a possibilidade da faculdade do pensar estar relacionada ao não cometimento do mal. A reflexão arendtiana sobre o caso Eichmann coloca-se dentro do escopo da discussão sobre a faculdade do juízo. O mal banal é, avalia Arendt, fruto de uma incapacidade de pensar daqueles que o perpetram.
Em circunstâncias deveras oportunas foi publicado pela Editora Fiocruz o livro de Vera Portocarrero, As ciências da vida: de Canguilhem a Foucault. Com sólida formação filosófica e insigne pesquisadora, Portocarrero percorreu de forma criativa um itinerário árduo para compreender as questões científicas e políticas que envolvem a constituição das ciências biomédicas contemporâneas. Como o título parece indicar, a obra é composta por diversos ensaios de história da ciência que, reunidos numa centrípeta unidade, abarcam centrifugamente diferentes nomes da biologia moderna. Estudo indispensável a todos aqueles que desejam diagnosticar a atualidade e os porquês históricos que justificam nosso singular modo de pensar e conceber o fenômeno da vida.Ainda que, por formação, doutorada em filosofia, a autora não se restringiu a uma análise pautada em conceitos oriundos dessa disciplina ao abordar seu escopo de estudo. Que não se engane o leitor. Valendo-se de sugestiva metáfora do 'caleidoscópio', ela preferiu se alinhar antes à perspectiva ensaística de um obstinado crítico dos saberes filosóficos como Michel Foucault. Retomando a ideia de prova, experiência modificadora de si no jogo da verdade, os capítulos do livro formam um conjunto heterogêneo de abordagens que vai mudando conforme o giro do caleidoscópio, acrescentando, a cada retomada de pensamento, uma nova forma de questionar as ciências da vida.Não foi de outro modo que a autora resolveu organizar os capítulos de seu livro. Dividido em três grandes partes, na primeira são apontadas de modo bastante original as contribuições de Georges Canguilhem, Claire Salomon-Bayet, François Jacob e Bruno Latour para o estudo da história das ciências. Percebe-se o tempo dedicado à leitura e à pesquisa, valendo-se de fontes ora primárias ora encontradas em obras já elaboradas, dando a elas interpretação e análise particulares. Poucos, diga-se de passagem, seriam os pesquisadores capazes de atravessar amplo espectro de questões sem se preocupar com o apoio e a segurança referencial necessários à legitimidade científica de seus estudos. Atravessar esse percurso, por meio do espírito e da letra que perfazem sua escrita, é atender como leitor uma segunda vez à necessidade de se repensar o otimismo ingênuo que costumamos depositar no progresso das ciências, cujo aperfeiçoamento promoveria a felicidade pública de nosso Estado de bem-estar social.
Resumo: o artigo pretende iluminar a significativa pesquisa de Foucault sobre o poder no fim dos anos setenta. A interação entre diversos eventos históricos, disciplinas e subjetividade fornece a dimensão da incipiente noção de biopoder em sua obra. Com o fito de compreender o objetivo maior de Foucault nesses anos (o presente), ele também faz uso da diferença estabelecida entre duas concepções de poder: o medieval poder de matar e seu contraste com a moderno poder de fazer viver. Tal disparidade coloca em xeque a constituição de nossa subjetividade, permitindo um paralelo a ser desenhado com a questão da soberania, de acordo com a tradicional concepção de poder, e o problema da segurança dos indivíduos proposta pela inovadora concepção de Foucault. Quando proposições não são coincidentes, uma janela de imaginário se abre ao nosso pensamento e, por último, a única coisa que nos resta é pensar de novo. Palavras-chave: Foucault, poder, população, história.Abstract: the paper intends to highlight the meaningful Foucault´s research on power in the late 1970s. The interaction among historical events, disciplines and subjectivity gives dimension to the incipient notion of biopower on his work. In order to understand the main goal of Foucault in those years (the present), it also makes use of the difference established between two conceptions of power: the medieval power of killing and its contrast to the modern power of making live. Such disparity puts the constitution of our subjectivity in question, allowing a parallel to be drawn with the matter of sovereignty, according to the traditional concept of power, and the case of security proposed by Foucault´s innovative conception. When propositions are not coincidental, a window of thinking opens up to our judgment and, ultimately, the only thing that rests is try to thing again.
Coube a mim, em meio à vasta e profissional comunidade acadêmica em filosofia, no Brasil, a tarefa de exercer o ofício de parecerista para a revista Trans-form-ação do artigo de Silva (2022), que o leitor está prestes a conhecer, após a leitura destas singelas palavras de apresentação. Comunidade de pares, diga-se de passagem, sempre anônima no trabalho de formulação de um juízo da pesquisa alheia, proteiforme como o é em sua composição, assim como desprovida de hierarquia na decisão que submete, seja ao colega desconhecido, seja ao editor que solicita a atitude desinteressada de um olhar científico acerca da questão tratada. Intitulado "A investigação arqueológica como diagnóstico do presente: uma crítica ao pensamento antropológico", o artigo de Fernanda teve a coragem de enfrentar uma leitura do livro A Arqueologia do Saber, de Michel Foucault, partindo justamente das premissas filosóficas que ali se
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