Resumo A proposta de emenda à Constituição Federal (PEC) 171/1993 prevê a redução da maioridade penal no Brasil de 18 para 16 anos. Essa proposta foi votada pela Câmara dos Deputados e está, atualmente, no Senado Federal, contando com intenso apoio do atual presidente. Embora haja evidências de que a idade não se relaciona a indicadores de violência, a opinião pública se manifesta favorável à medida. Diante disso, considera-se primordial escutar a fala dos próprios adolescentes sobre essa questão. Este trabalho objetivou investigar a perspectiva de adolescentes sobre a redução da maioridade penal. Participaram 25 adolescentes provenientes de uma escola pública e cinco que estavam em cumprimento de medida socioeducativa, todos na faixa etária entre 12 e 17 anos. A coleta de dados ocorreu por meio de rodas de conversa com o primeiro grupo e entrevistas com o segundo. Foram escritos relatos em ambos os momentos da coleta. Para a análise, esses relatos foram lidos e discutidos em grupo pelos pesquisadores. Os resultados apontam alguns analisadores que emergiram a partir das rodas e entrevistas: adolescência, raiva, medo, questão social, lei e violência. Observou-se que os participantes foram além de um posicionamento opinativo, produzindo importantes elaborações sobre o tema que foram disparadores capazes de abordar problemáticas próprias da adolescência e da realidade social. Considera-se que é tarefa ímpar da psicologia trazer à luz opiniões como as dos adolescentes objeto desta pesquisa.
Este trabalho foi desenvolvido a partir de uma experiência psicanalítica na clínica escola de um curso de Psicologia. O caso construído retrata uma mãe que se encontra aliciada pelo gozo na relação com seu filho primogênito. A dimensão do olhar é destacada como uma via privilegiada, em que estar "só focada" no filho remete a estar "sufocada" na angustia desse enlace. O tratamento se direcionou para fazer operar a incidência da falta, pela qual a paciente pôde deixar de ser todamãe para vir a ser não-toda mulher. No fim, destaca-se ainda, o que uma análise porta de mais radical incompreensão.
ResumoO objetivo deste trabalho é propor uma reflexão acerca dos fundamentos subjetivos daquilo que alegoricamente denominamos de discurso do cidadão de bem. Postulamos que a articulação da dimensão discursiva do cidadão de bem é homóloga à paradoxal dialética da ação do supereu, que circunscreve o regime da lei, ao mesmo tempo em que resguarda, em sua constituição mais elementar, um estatuto completamente fora da lei. Analisamos, por fim, os efeitos dessa conjuntura a partir de algumas reações sociais frente a um acontecimento proveniente do campo da arte: a exposição "Queermuseu". Ressaltamos que as reivindicações dos cidadãos de bem que proclamam a defesa da família, da moral e dos bons costumes denunciam o ímpeto, desses sujeitos, em sobrepujar as condições de seus próprios ideais.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.