O trabalho faz uma análise socioespacial das formas de apropriação de um espaço público, localizado em um bairro periférico de Florianópolis/SC, chamado Tapera da Base. O território em questão, denominado Ranchos da Bica, faz parte da orla da praia da Tapera. Nele, se configuram, de forma espontânea, 33 ranchos de pesca. Presentes em Área de Preservação Permanente e em terreno de marinha, acumulam-se conflitos de ordem territorial e estética. O objetivo é compreender como operam as atividades e a atribuição de valores a este espaço público. As atividades referentes à pesca e seus utensílios, como redes e canoas, criam uma extensão do espaço privativo dos ranchos, tornando, temporariamente, um espaço público em privado. Essa atribuição de valores, por parte dos pescadores e moradores do bairro, criam a vitalidade e o respeito ao lugar. Como método, foram feitas caminhadas fotográficas com observação direta e participante.
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