RESUMO: Este artigo examina a variação diatópica entre o português europeu e o português brasileiro, ao cotejar duas traduções recentes da Bíblia adotadas como corpora. Para isso, apoia-se em estudos linguísticos e sociolinguísticos e, em particular, na sociolinguística variacionista, de acordo, sobretudo, com Labov (2008 [1972]) e Bortoni-Ricardo (2014), concentrando-se na variação diatópica (ILARI; BASSO, 2006; MIRA MATEUS, 2001). Identifica e examina as principais diferenças morfossintáticas e lexicais, bem como quanto às formas de tratamento dessas variedades do português no cotejo dos corpora escolhidos. Após fazer um apanhado geral da base teórica na qual está firmado este estudo e dos corpora, a seção derradeira detém-se na análise, que verificou a presença de empréstimo linguístico no PB, e não no PE, ocorrendo o inverso disso quanto aos arcaísmos; também apurou o emprego de linguagem inclusiva genérica, objeto nulo, perífrases verbais, mistura de pronomes, construção do tempo futuro, entre outras diferenças.
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