O processo de envelhecimento populacional e o aumento do número de casos de Infecções Sexualmente Transmissíveis em idosos evidenciam a necessidade de ações voltadas para a terceira idade. Trata-se um estudo analítico observacional transversal, exploratório, objetivo investigar situações de vulnerabilidade relacionadas a IST em idosos usuários de um Centro de Testagem e Aconselhamento para DST/Aids de um município de médio porte do estado da Bahia, Brasil, no período de 2006 a 2012. Foram utilizados dados secundários de 233 usuários, com 60 anos ou mais, coletados dos Formulários de Entrada do Sistema de Informação do CTA, prontuários clínicos e folha de descrição do atendimento. Houve predomínio de usuários do sexo masculino (60,94%), faixa etária de 60 a 70 anos (75,97%), cor parda (26,61%), casados (61,80%), aposentados (57,08%) e com escolaridade de 4 a 7 anos de estudo (35,19). A maioria relatou a relação sexual como tipo de exposição (76,39%), preferência heterossexual (92,27%) e parceria fixa (72,96%). O uso do preservativo foi baixo com o parceiro não fixo (32,73%) e com o parceiro fixo (5,58%). A prevalência de IST foi 25,32%, com maior percentual entres os homens. A IST mais prevalente foi a hepatite C (10,73%), seguida da hepatite B (8,58%), sífilis (7,73%) e HIV (3,43). A faixa etária menor que 70 anos mostrou associação estatisticamente significativa com a presença de IST. Os resultados evidenciaram práticas sexuais inseguras e elevada vulnerabilidade dos idosos às IST, havendo necessidade de ações preventivas direcionadas a esse grupo populacional, considerando suas necessidades e especificidades.
Os Centros de Testagem e Aconselhamento realizam diagnóstico e ações preventivas para doenças sexualmente transmissíveis, oferecendo testagem sorológica para HIV, sífilis e hepatites virais B e C. O objetivo da pesquisa foi traçar o perfil epidemiológico dos usuários de um Centro de Testagem e Aconselhamento da Bahia no período de 2006 a 2012, em relação a características sociodemográficas, situações de vulnerabilidade individual e prevalência de infecções sexualmente transmissíveis. Para tanto, foi realizado um estudo descritivo do tipo levantamento epidemiológico, utilizando dados secundários de serviços de saúde de 7.048 usuários, coletados dos formulários de entrada do sistema de informação dos Centros de Testagem e Aconselhamento, folha de descrição do atendimento e prontuários clínicos. A análise dos dados foi realizada por estatística descritiva, no Stata 9.0. Os resultados mostraram predomínio de mulheres (52,87%), faixa etária entre 20 a 30 anos (40,32%), casados/união estável (48,69%) e escolaridade de 8 a 11 anos (38,14%). A prevalência de infecções sexualmente transmissíveis foi 12,25%, mais frequente entre os homens, e o agravo mais prevalente foi sífilis (4,52%), seguido de infecção por HIV (3,33%), hepatites B (2,62%) e hepatite C (1,78%). O uso consistente do preservativo com parceiro fixo (17,19%) e parceiro não fixo (34,37%) foi baixo, com maior exposição do sexo feminino. Concluiu-se que a elevada prevalência de infecções sexualmente transmissíveis evidencia a situação de exposição e vulnerabilidade desta população, necessitando ações que contribuam para o empoderamento individual e coletivo na adoção de comportamentos sexuais mais seguros. Palavras-chave: Infecções sexualmente transmissíveis. Doenças sexualmente transmissíveis. Sorodiagnóstico de HIV/aids. Hepatite. Sífilis.
Introdução: O uso da fitoterapia no cuidado em saúde é acessível, confiável e culturalmente aceito, reconhecendo-se que cerca de 80% da população mundial faz uso das plantas medicinais. No Sistema Único de Saúde (SUS), com o movimento da Reforma Sanitária e os interesses popular e institucional, foi construída a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, que incentivou a implantação de diversos programas de fitoterapia no Brasil. Apesar dessa ascensão da fitoterapia no SUS, a medicalização segue influenciando a prática clínica e tornando os indivíduos cada vez mais suscetíveis a intervenções desnecessárias, que muitas vezes acabam causando danos. Objetivo: Debater possibilidades de uso da fitoterapia no enfrentamento da sobremedicalização para promover a prevenção quaternária na Atenção Primária à Saúde. Métodos: Trata-se de um ensaio teórico elaborado com base na contextualização da possibilidade de enfrentamento da medicalização no âmbito do SUS, com o uso da fitoterapia. Resultados: O referencial teórico partiu de uma breve revisão do avanço da medicalização no SUS, considerando em seguida a fitoterapia como prática acessível e difundida entre a população brasileira como possibilidade para reduzir a medicalização ao ser correlacionada com o método clínico centrado na pessoa. Conclusões: A fitoterapia pode ser uma aliada da prática da prevenção quaternária ao tornar possível o encontro do saber tradicional com o técnico-científico, viabilizando um modo de cuidado alternativo à lógica medicalizadora.
O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores.2019 Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.