Resumo O objetivo deste artigo é enfrentar duas questões distintas, porém relacionadas: pretendo identificar a configuração da elite política provincial a partir da Assembleia Provincial e das informações e debates nos jornais da época, bem como a formação e organização dos grupos políticos que se aglutinavam em torno de determinados interesses, perspectivas e identidades. Isso permitirá cotejar a hipótese corrente na literatura de que os grupos políticos/partidos locais não se compunham a partir de um padrão de liderança, e exerciam o mando como atividade auxiliar, secundária. Na primeira parte, observarei a composição da Assembleia Provincial para verificar se existiam grupos empenhados na “ocupação da política”. Na segunda parte, cotejarei um ponto central para compreender a organização dos grupos maranhenses, qual seja, a reiterada referência à organização partidária local e suas mutações. Nesse sentido, tomo como eixo central para análise a formação da Liga Liberal Maranhense, uma aglutinação de dissidentes dos dois principais partidos da província do Maranhão: cabanos (saquaremas/conservadores) e bemtevis (luzias/liberais). Espero demonstrar que sua formação mesma, em 1846, é fundamental para compreender os grupos políticos maranhenses.
resumoO artigo pretende investigar a contribuição crítica mais recente do economista indiano Amartya Sen à obra do filósofo político americano John Rawls, interlocutores de longa data. Sen renova o debate com o último em seu livro mais recente, A idéia de Justiça, obra em que retoma a discussão com Rawls para demonstrar o que ele compreende como limitações manifestas dos procedimentos utilizados pelo filósofo para construir a sua teoria da justiça, notadamente o mecanismo da posição original. Com este trabalho, pretendo demonstrar as limitações da própria crítica de Sen, discutindo, para isso, pontos específicos da obra de Rawls. The article seeks to investigate the recent critical contribution of Indian economist Amartya Sen to the work of North-American political philosopher John Rawls, both of whom have been interlocutors for a long time. Sen renews the debate with the latter in his most recent book, The Idea of Justice, where he goes back to the discussion
Palavras
Este artigo analisa a organização das armas e a fiscalidade da província do Maranhão, realizada pela elite política local. Isso será feito a partir de duas instituições: a Assembleia Legislativa Provincial e a Presidência da Província. Farei uma descrição e análise desses temas fundamentais que estavam sob a responsabilidade dos deputados provinciais num estado em construção; em concomitância, observarei a atuação dos presidentes da província em relação aos projetos aprovados (ou não) na Assembleia Provincial, e como exerceram suas prerrogativas legais (como o veto).
Este artigo pretende analisar o papel dos presidentes da província no movimento mais amplo de definição dos espaços institucionais de ação das elites políticas do Império (o estabelecimento do governo provincial e, por conseguinte, das Assembleias Provinciais). Para isso, analisarei a anulação do pleito de 1842 por entender que ele ilustra a atuação dos diversos atores políticos provinciais naquele momento – o presidente de província em particular – e prolongo a análise até meados da década de 40, tentando situá-la de maneira um pouco mais ampla no contexto político nacional. As fontes primárias utilizadas são diversas: fontes oficiais, a legislação, petições e representações em relação às eleições e os jornais.
O objetivo deste trabalho é cotejar a discussão historiográfica sobre as eleições no Brasil Império. Antes de fazê-lo, considerei fundamental discutir como os pleitos da época eram organizados, o que me levou a examinar a legislação eleitoral do período. Durante o Império, a legislação eleitoral foi se tornando cada vez mais complexa. O processo eleitoral chegou a constituir-se de pequenas eleições a cada etapa. Portanto, na primeira parte, para que se consiga dimensionar a importância de cada parte do rito eleitoral e avaliar a pertinência das análises historiográficas sobre as eleições, é preciso perscrutar as leis que as organizavam. O restante do artigo se dedica a estudar aspectos que compunham as eleições que foram pouco discutidos, – a participação eleitoral, a atuação política e a cidadania – juntamente ao enquadramento clássico: o das fraudes.
O artigo pretende investigar a contribuição crítica mais recente do economista indiano Amartya Sen à obra do filósofo político americano John Rawls, interlocutores de longa data. Sen renova o debate com o último em seu livro mais recente, A idéia de Justiça, obra em que retoma a discussão com Rawls para demonstrar o que ele compreende como limitações manifestas dos procedimentos utilizados pelo filósofo para construir a sua teoria da justiça, notadamente o mecanismo da posição original. Com este trabalho, pretendo demonstrar as limitações da própria crítica de Sen, discutindo, para isso, pontos específicos da obra de Rawls.
Neste artigo, pretendo fazer uma primeira incursão sobre o papel e a influência do presidente da província na disputa política provincial maranhense, entre as décadas de 1840 e 1850. Para isso, narrarei brevemente três casos similares relacionados aos presidentes mais longevos em seus cargos. Assim, busco ilustrar em que medida os delegados do governo imperial se envolviam nas disputas locais e quais recursos mobilizavam quando (e se) o faziam. Para identificar a configuração da elite provincial, mapearei, a partir de biografias, informações e especialmente dos debates nos jornais, a formação e organização dos grupos políticos que se aglutinam em torno de determinados projetos, interesses, perspectivas ou identidades. Isso permitirá, ainda, verificar se essa configuração dos grupos influencia, de alguma forma, as disputas na Assembleia Legislativa, locus de atuação da elite política provincial.
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