Expansion of oil palm plantations across the humid tropics has precipitated massive loss of tropical forest habitats and their associated speciose biotas. Oil palm plantation monocultures have been identified as an emerging threat to Amazonian biodiversity, but there are no quantitative studies exploring the impact of these plantations on the biome’s biota. Understanding these impacts is extremely important given the rapid projected expansion of oil palm cultivation in the basin. Here we investigate the biodiversity value of oil palm plantations in comparison with other dominant regional land-uses in Eastern Amazonia. We carried out bird surveys in oil palm plantations of varying ages, primary and secondary forests, and cattle pastures. We found that oil palm plantations retained impoverished avian communities with a similar species composition to pastures and agrarian land-uses and did not offer habitat for most forest-associated species, including restricted range species and species of conservation concern. On the other hand, the forests that the oil palm companies are legally obliged to protect hosted a relatively species-rich community including several globally-threatened bird species. We consider oil palm to be no less detrimental to regional biodiversity than other agricultural land-uses and that political pressure exerted by large landowners to allow oil palm to count as a substitute for native forest vegetation in private landholdings with forest restoration deficits would have dire consequences for regional biodiversity.
As Áreas de Preservação Permanente (APPs) desempenham um papel fundamental na manutenção dos principais fatores que regulam os processos hidrológicos e de conservação biológica. Na Amazônia, as APPs vêm sendo ocupadas com atividades econômicas de alto impacto ambiental que levam à supressão de vegetação, desrespeitando o regime legal desse tipo de área protegida. Este artigo analisa os conflitos de uso da terra dentro das áreas destinadas à preservação e propõe uma delimitação dessas áreas de acordo com o Código Florestal Brasileiro de 2012, no municipio de Moju, um dos mais importantes polos de produção de biodiesel do estado do Pará. A pesquisa utilizou imagem multiespectral de alta resolução do satélite RapidEye de 2010 para uma classificação supervisionada que determinou oito classes de cobertura e uso da terra, com especial atenção para a floresta, o cultivo agrícola e cultivo de óleo de palma (Elaeis guineensis). As terras alteradas do município perfazem 30,29% do total, sendo que 17,07% estão ocupadas pela pecuária. Somente 5,2% do território de Moju é legalmente definido como APP. Destas áreas, 29,3% se encontram em uso conflituoso, onde predomina a pastagem, presente em 15,6% das APPs do município. O cultivo de palma corresponde a apenas 0,63% da área da APP e a 2,17% do município. A aplicação das novas regras de recomposição de APPs pelo novo Código Florestal Brasileiro irá resultar em perda de 60,69% de área recuperada em APPs neste município. Palavras-chave: sensoriamento remoto, classificação supervisionada, cultivo de dendê.
While interest in Amazonian deforestation mostly focuses on frontier areas, the amount of forest cover in areas already dominated by human settlement is also changing. Secondary forests play an increasingly important role for maintaining genetic diversity, hydrological functioning, and greenhouse gas emissions of altered landscapes, but secondary forests are also being converted to more intensive agricultural uses. Five dates of Landsat imagery from 1984 to 2002 were analyzed, covering 8000 km 2 of the Zona Bragantina of the eastern part of the Brazilian state of Pará, which underwent its most intensive wave of deforestation several decades ago. However, even in this area of relatively long-term human occupation, ongoing decreases of forest cover were ei290 found, both in the small remaining areas of mature forest and in the more widespread areas of secondary forests, as human population increased and land use intensified. Although there was an initial increase in the area of secondary forest from 1984 to 1994, there has been a steady decline since then, from 75% secondary forest cover in 1994 to 54% in 2002. The amount of pasture was relatively stable from 1984 to 1994 but more recently has shown a steady increase, reaching 37% cover in 2002. The average rate of carbon loss over the 18-yr study period was 0.9 Mg C ha 21 yr 21 for the 8000 km 2 study area. Forests in this long-settled region of eastern Amazonia continue to be degraded, resulting in the loss of ecosystem services and carbon stocks due to continued land-use change.
Este estudo teve como objetivo identificar os principais usos da terra e determinar o nível de antropização da paisagem em áreas de expansão do dendezeiro (Ubá, Arauai e Mamorana), nos anos de 2013 e 2017, no leste do Pará. Utilizaram-se imagens do satélite Landsat 8, de 2013 e 2017. E a classificação dos usos da terra foi realizada por meio do método árvore de decisão. A pressão antrópica foi analisada por meio do Índice de Transformação Antrópica (ITA) que foi considerado regular e degradado em todas as áreas, nos dois anos analisados. A área de maior pressão foi Arauai e Ubá a de menor pressão. O desmatamento da floresta primária e a expansão da agropecuária e da palma de óleo evidenciam as maiores pressões na paisagem e a necessidade de controle e preservação dos remanescentes florestais no território analisado.
Neste estudo foram avaliadas as mudanças estruturais dos fragmentos florestais superiores a 1km2 localizados na porção norte da área do Centro de Endemismo Belém (CEB). Os dados foram obtidos de imagens orbitais do satélite Landsat 5 e 8, dos anos de 1985 e 2018, e se aplicaram sete índices de análise da paisagem no sistema computacional FRAGSTATS v. 4.2. Foram considerados tamanho, forma e proximidade dos fragmentos. O resultado da análise temporal evidenciou que, nesse período, houve um aumento do número (quantidade) de fragmentos, redução do tamanho médio da área total dos mesmos, além da redução significativa da agregação, promovendo o aumento no nível de fragmentação que pode afetar a manutenção da biodiversidade local, pois se refere à diminuição da quantidade de área total de habitat na paisagem da área de estudo.
Resumo: Este trabalho enfatiza a integração da técnica de sensoriamento remoto às informações de cobertura vegetal e uso da terra no município de São Francisco do Pará (Região Bragantina, Pará, Brasil), cuja área possui uma história de uso da terra com mais de um século. Foram utilizadas imagens Landsat TM5 (1995) e TM7 (1999), as quais foram submetidas a correções e classificações. Selecionou-se valores das médias dos níveis de cinza que serviram como parâmetros para agrupar florestas de idades três, seis e dez anos (floresta sucessional inicial), 20 anos (floresta sucessional intermediária) e 40 e 70 anos (floresta sucessional avançada). Em seguida, gerou-se uma chave de interpretação através das características visuais da imagem (forma, textura e tonalidade) para as florestas ombrófilas densas (terra firme e igapó), florestas sucessionais (inicial, intermediária e avançada), pastagem, cultura e solo exposto. O estudo da dinâmica apresentou diminuição de 8.04% de área florestal e com relação ao uso da terra, houve um aumento de 5.80% para pastagem e uma diminuição de 2.81% para as áreas agricultáveis, caracterizando uma região com tendência à pecuarização. Palavras-chave: Sensoriamento remoto. Cobertura vegetal. Uso da terra. Florestas remanescentes e sucessionais.
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