A infiltração de água no solo conduz processos importantes para a sua formação e o conhecimento da taxa de infiltração é importante para se definir técnicas de manejo e conservação da água e do solo. O presente trabalho teve como objetivo determinar a capacidade de infiltração dos solos da Bacia do Rio de Ondas pelo método do infiltrômetro de anéis concêntricos. O Latossolo Vermelho-Amarelo apresentou a maior velocidade de infiltração básica-VIB, com 584,15 mm/h, seguido do Gleissolo com 572,2 mm/h, Neossolo Quartzarênico com 553,95 mm/h, Neossolo Litólico com 394,45 mm/h, e o menor valor ficou o Neossolo Flúvico com 17,9 mm/h. Em geral, os solos da Bacia do Rio de Ondas apresentaram elevados valores de infiltração, e a característica que influencia nesses resultados é a textura arenosa, que proporciona um maior volume de macroporos e, consequentemente, uma maior condutividade hidráulica. Os resultados apontam para a necessidade de se adotar práticas de manejo de solo eficientes, já que a região possui intensa atividade agrícola mecanizada, ao lado de áreas de grande importância ambiental como zonas de recarga do Aquífero Urucuia, nascentes de afluentes do Rio São Francisco e de inúmeras veredas.
Os ofiolitos são litotipos oriundos da crosta oceânica que são posicionados em terrenos continentais através de processos colisionais. Uma sequência ofiolítica é caracterizada do topo para base por metassedimentos pelágicos, rochas metabásicas, metagabros e metaultramáficas. No sul do cráton do São Francisco, entre as cidades de Itaguara e Crucilândia (Minas Gerais- Brasil), está situada a Sequência de Itaguara composta por quartzitos, xistos, formações ferríferas bandadas, orto-anfibolitos e metaultramáficas de idade paleoproterozoica. O presente trabalho apresenta dados petrográficos e química mineral dos anfibolitos da Sequência de Itaguara. Mineralogicamente são constituídos por orto- e clinopiroxênio, plagioclásio, hornblenda e quartzo, tendo gabro como protólito. Os dados litogeoquímicos revelam uma afinidade toleítica e uma assinatura E-MORB, posicionando-os como provenientes de crosta oceânica. Sugere-se aqui que os anfibolitos Itaguara estariam associados à base de uma sequência ofiolítica paleoproterozoica. Esta sequência está associada a uma possível bacia oceânica que foi subductada no evento orogenético Riaciano-Orosiriano entre os Complexos Metamórficos Divinopólis e Campo Belo/Bonfim, onde restos de khondalito, prisma acrescionário e retroeclogito são encontrados.
A base de sequências ofiolíticas contém rochas ultramáficas do manto litosférico oceânico. Quando encontrados em terrenos continentais, esses litotipos evidenciam processos metamórficos que são registradas em sua mineralogia, composição química e texturas. No sul do cráton do São Francisco, entre as cidades de Itaguara e Crucilândia (Minas Gerais-Brasil), está situada a Sequência de Itaguara (SI) composta por quartzitos, xistos, formações ferríferas bandadas, orto-anfibolitos e metaultramáficas, todos de idade paleoproterozoica. Este estudo apresenta dados petrográficos, geoquímicos e termobarométricos de rochas metaultramáficas da Sequência de Itaguara. Mineralogicamente são compostas por serpentina (antigorita), tremolita, talco, clorita, olivina, espinélio, clinopiroxênio e minerais opacos, tendo espinélio wehrlito como protólito. Os dados termométricos e litogeoquímicos apontam respectivamente para serpentinização ocorrida abaixo de 500 °C e para semelhanças com serpentinitos paleoproterozoicos associados à subducção que são encontrados no cráton do Congo. Possivelmente, as rochas metaultramáficas da SI faziam parte de uma bacia oceânica envolvida em processos de subducção e colisão continental no evento orogenético Riaciano-Orosiriano entre os Complexos Metamórficos Divinópolis e Campo Belo/Bonfim.
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