Este artigo apresenta um relato de experiência profissional em que se construiu coletivamente um dispositivo denominado “Planilha da Vida Ocupacional” para acompanhar e analisar a produção de trabalho e saúde de portadores de transtornos mentais em oficinas de geração de trabalho e renda do Núcleo de Oficinas e Trabalho. Optou-se pelo percurso metodológico cartográfico para narrar essa experiência. No processo de responder a um questionamento sobre a missão do equipamento de saúde, além de refletir sobre o progresso dos oficineiros, a equipe de profissionais também produziu sentidos para o seu próprio trabalho. São apontados como frutos dessa construção a visibilidade dada ao cuidado ampliado ao oficineiro, a possibilidade de reflexão sobre o próprio trabalho, a perspectiva interdisciplinar de atuação e o amadurecimento da equipe.
Este ensaio trata, por meio de minha narrativa pessoal, sobre a questão de que carreiras acadêmicas de mães pesquisadoras têm sido afetadas pela importante obrigatoriedade de isolamento social durante a pandemia de coronavírus e sobre as relevantes contribuições das tecnologias para minimizar esses impactos. A produção e divulgação de ciência por parte dessas mulheres diminuiu consideravelmente durante a pandemia, e é também menor em relação ao mesmo trabalho realizado por homens, pois a compreensível urgência do cuidado com os filhos e com o ambiente doméstico parece estar sendo mais assumido por elas. As reflexões pretendem contribuir para a afirmação das tecnologias como instrumentos fundamentais ao fazer científico, especialmente durante o momento atual de quarentena, e para as discussões sobre o enfrentamento da disparidade de gênero na academia.
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