ResumoAgentes de Combate às Endemias são profissionais de saúde de grande relevância, devido desenvolverem atividades de vigilância, prevenção e controle de zoonoses e antropozoonoses, dessa forma, promovendo a saúde. Nessas atividades, esses trabalhadores expõem-se a riscos de saúde entre outros, os quais, na maioria dos casos, estão desassistidos por negligência dos gestores ou por falta de recursos. Nesse contexto, este estudo objetivou identificar os principais riscos à saúde e à segurança no ambiente laboral dos Agentes de Combate às Endemias de Campos Sales, CE e descrever o perfil sociodemográfico desses profissionais. Para coleta dos dados, foram aplicados questionários semiestruturados sobre caracteres sociodemográficos, e Análise Ergonômica do Trabalho, a qual se fez por meio de observação direta das condições de trabalho. Após análise dos dados, constatou-se que todos são do sexo masculino, faixa etária variando entre 24 a 38 anos e todos possuem, no mínimo, o Ensino Fundamental, requisito mínimo para investidura no cargo. Constataram-se irregularidades no regime trabalhista, as quais, posteriormente, podem causar desconto no exercício de suas atividades. Em relação aos riscos à saúde e à segurança, identificaram-se riscos ergonômicos, ambientais, físicos e químicos, sendo os dois últimos aqueles de maiores prevalência e relevância. As medidas preventivas desses riscos, como equipamentos de proteção individual entre outras, são insuficientes ou inexistentes e exames de rotina raramente são realizados. Com isso, conclui-se que são necessárias melhorias na atenção à saúde e à segurança desses trabalhadores, garantindo condições dignas de trabalho e minimizando e/ou erradicando os riscos no âmbito laboral. Palavras-chave:
Justificativa e objetivo: Triatomíneos são hospedeiros invertebrados do Trypanosoma cruzi, agente etiológico da doença de Chagas, parasitose que atingem mamíferos, incluindo humanos. Tendo em vista que estes insetos são considerados fontes naturais de infecção, o presente estudo teve como objetivo avaliar a ocorrência da infestação por triatomíneos no ambiente doméstico do Município de Aurora (CE), no período entre 2012 a 2015. Métodos: Os dados secundários sobre capturas de espécies e análise de infecção por T. cruzi foram obtidos junto ao Laboratório de Entomologia Médica Zolide Mota Ribeiro em Juazeiro do Norte, CE, do Programa de Controle da Doença de Chagas. Resultados: Foram capturados 1.176 espécimes de triatomíneos, dos quais 85,71% foram encontrados no peridomicílio e identificados como pertencentes às espécies Triatoma pseudomaculata (81,38%), T. brasiliensis (15,73%), Rhodnius nasutus (1,45%), Panstrongylus lutzi (1,28%) e P. megistus (0,17%). Dos triatomíneos analisados, a maioria eram ninfas (64,80%), seguido por machos adultos (17,52%) e 0,34% estavam infectados com Trypanosoma cruzi. Esses insetos infectados pertenciam às espécies T. pseudomaculata (0,42%) e T. brasiliensis (0,55%), sendo 80% ninfas. Conclusão: É expressivo o índice de infestação triatomínica no intradomicílio e, especialmente, no peridomicílio, representando um risco a saúde da população de Aurora, já que foram diagnosticadas triatomíneos parasitadas pelo Trypanosoma cruzi. Além disso, as espécies mais prevalentes nesse estudo estão entre as principais espécies vetoras do mal de Chagas no Cariri, Ceará e Brasil. DESCRITORES: Insetos vetores. Infecção. Transmissão de Doença Infecciosa. Doença de Chagas
Resumo: No Brasil, as parasitoses intestinais constituem um dos maiores problemas de saúde pública e são causadas por protozoários e helmintos que podem ser adquiridas de várias maneiras, entre elas através do consumo de hortaliças in natura contendo cistos ou oocistos de protozoários, em especial a alface. O presente estudo visou avaliar o perfil parasitológico das alfaces comercializadas na feira livre do município de Jardim-Ceará. Foram coletadas 26 amostras de alface da variedade crespa comercializadas na feira de Jardim-CE. As amostras foram analisadas no Laboratório de Parasitologia Humana da Universidade Regional do Cariri. Após análises, observou-se que 80% das amostras estavam contaminadas por estruturas parasitárias de helmintos. Os agentes etiológicos de parasitoses intestinais encontrados nas amostras de hortaliças foram: ovos de Schistossoma mansoni, de Ascaris lumbricoides, de Trichuris trichiura, de ancilostomídeos e de Strongyloides stercoralis, A presença de parasitas nessas hortaliças se dá possivelmente pela contaminação no cultivo das alfaces e/ou na comercialização, devido ao contato direto com as pessoas. Estes resultados indicam que as alfaces provindas de feiras livres apresentam qualidade higiênico inadequada para consumo, o que ressalta a necessidade de orientação aos produtores e manipuladores, quanto a manipulação e higienização correta das hortaliças, reduzindo assim, os índices de doenças parasitárias veiculadas por alimentos.
Este estudo objetivou determinar o perfil entomológico da doença de Chagas em áreas rurais e periurbanas de Potengi – CE e a infecção de triatomíneos pelo Trypanosoma cruzi. Dados secundários foram obtidos da 20ª Coordenadoria Regional de Saúde do Programa de Controle da Doença de Chagas, oriundos de buscas ativas dos Agentes de Combate às Endemias realizadas entre 2013 a 2015. Verificou-se que 69,23% dos domicílios pesquisados encontravam-se infestados por triatomíneos, sendo 1.150 exemplares capturados no peridomicílio e 145 no intradomicílio. Triatoma pseudomaculata, T. brasiliensis, Panstrongylus lutzi e Rhodnius nasutus foram identificadas, sendo T. pseudomaculata com maior prevalência, seguida por T. brasiliensis. Dentre os triatomíneos capturados 1,34% estavam infectados com Trypanosoma cruzi, dos quais Triatoma pseudomaculata teve maior representatividade de infecção. A infestação triatomínica em residências e anexos no município de Potengi demonstra colonização por estes insetos e adaptação ao ambiente doméstico, sendo necessárias melhorias na vigilância epidemiológica e controle desses vetores.
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