BackgroundEntomological surveillance of sand fly vectors was carried out to support leishmaniasis prevention and control measures in areas affected by the São Francisco River Transposition Project.MethodsSand flies were collected monthly between May 2011 and December 2014 in seven municipalities: Missão Velha, Brejo Santo, Lavras da Mangabeira, Iguatu, Mauriti, Jaguaribe and Jaguaretama, in dwellings, peridomicile and forest areas for three consecutive days, for a period of 12 h each day (18:00 to 06:00 h). Differences in species composition between sites were tested with Shannon’s diversity index, the similarity between habitats was estimated by the Sørensen’s qualitative similarity index and, for the most abundant species in each municipality, a standardized index of species abundance was applied. The influence of climatic factors on sand fly population densities was analyzed using Spearman’s correlation coefficients.ResultsA total of 214,213 sand fly specimens belonging to 18 species were captured. The most abundant species in all municipalities was Lutzomyia longipalpis (Lutz & Neiva, 1912). The municipalities of Mauriti and Missão Velha stand out in terms of high species richness, with the latter exhibiting the greatest diversity. The number of sand flies in the Iguatu, Jaguaribe and Jaguaretama municipality was higher during the rainy months, whereas the populations declined in the drier months; the sand fly population density in other municipalities (Missão Velha, Brejo Santo, Lavras de Mangabeira and Mauriti) showed negative correlation with rainfall.ConclusionsThis study confirms the presence of several Leishmania spp. vectors in the seven municipalities affected by the São Francisco River Transposition Project, with Lu. longipalpis being the most abundant species at all study sites. Vector populations in these municipalities should be monitored, ultimately to assess the associations between environmental changes and sand fly population dynamics and leishmaniasis transmission risk.
A flexibilização curricular associada à liberdade de escolha tem sido uma das grandes promessas da Reforma do Ensino Médio (REM), instituída pela Lei n. 13.415/2017. O processo de implementação da reforma está em curso em todo o país, exigindo-se das escolas a adequação à lei. O presente estudo busca caracterizar a concepção de flexibilização presente nos documentos oficiais da REM, bem como compreender as percepções de flexibilização de gestores de escolas públicas da Rede Estadual de Ensino do Rio Grande do Sul, e, por fim, analisar a flexibilização no contexto das reformas educacionais neoliberais. Os resultados apontam que, a flexibilização e a liberdade de escolha, dadas as condições reais da maioria das escolas, associam-se mais a um discurso falacioso claramente alinhado às reformas neoliberais na educação de que a possibilidade dos jovens terem uma educação de qualidade no seu processo formativo.
O ensaio intitulado “Desafios da pastoral transformadora a partir da práxis benicaniana no contexto neoliberal”, apresenta de início alguns aspectos que corroboram para compreender a realidade atual. O texto reflete sobre o conceito de neoliberalismo, apontando críticas ao novo modelo que afeta as relações sociais, imputando sobre os sujeitos, uma nova forma de agir, que se configura na lógica mercantil e concorrencial. Para trilhar um caminho de libertação, contra a razão neoliberal, que seja favorável e de mudanças, apostamos numa pastoral transformadora a partir da práxis benicaniana, que contribui sobremaneira para a construção da coletividade, consciência de uma formação humanizadora e de práticas solidárias, em vista da promoção do bem comum.
O artigo traz o conceito de mercantilização do ensino superior a partir da educação a distância, apresentando um breve diagnóstico crítico. Tem-se como objetivo refletir acerca de três visões sobre a mercantilização do ensino superior a distância, com o recorte para o posicionamento do setor empresarial, do Governo Federal, por meio das suas políticas educacionais, e do universo acadêmico. Demonstra-se, dessa forma, quais são os pontos mais relevantes em cada uma das visões sobre a mercantilização. Metodologicamente, foi realizada uma pesquisa qualitativa, amparada em uma pesquisa bibliográfica e documental, que se justifica por buscar contribuir para a discussão e a reflexão em torno da educação atualmente, uma vez que ela está fortemente guiada pelas formas de precarização do ensino, entre elas, o modelo de educação a distância. Conclui-se, com base na investigação realizada, que esse modelo de educação, citado anteriormente, está em crescimento, regido por critérios econômicos; adota-se o discurso de preparação para o mercado de trabalho, tornando o saber um bem rentável voltado à especialização profissional. Como não há pretensão de esgotar o tema, sugere-se a continuidade do estudo com outros temas vinculados à mercantilização, como, por exemplo, a temática sobre a privatização, financeirização e terceirização, todos intrinsecamente ligados ao mercado da educação superior. Palavras-chave: Ensino a distância. Ensino superior. Mercantilização da educação.
O presente artigo objetiva discutir a customização do currículo provocada pela Reforma do Ensino Médio (Lei n. 13.415/2017), que estabeleceu a oferta de itinerários formativos a serem escolhidos pelos estudantes conforme seu interesse. O texto coloca em pauta os principais problemas da abordagem de diferenciação de percursos formativos diante de um ensino médio público carente de investimentos na formação e na valorização dos docentes, bem como nas estruturas físicas e na qualidade de ensino. A partir de uma pesquisa bibliográfica sobre o tema, sustenta-se a hipótese de que os itinerários, embora envoltos de um discurso de currículo customizado, ou seja, adequado aos interesses de cada estudante, acaba por promover uma ilusão da liberdade de escolha, o que não altera as condições desiguais nas oportunidades de escolhas dos estudantes das camadas mais pobres da população. Em linhas gerais, o texto analisa o contexto de como os mecanismos dos itinerários formativos sustentam a lógica normativa oculta que produz a ilusão de que todos são livres para decidir sobre seu futuro. Nas considerações finais, ressalta-se que existem inúmeras contradições inerentes à organização curricular através da problemática da customização. Dentre elas, destaca-se a idealização de que os estudantes poderão gerir sua própria liberdade através de um conhecimento pautado na competição e na lógica economicista.
O presente ensaio tem por objetivo analisar a exclusão/flexibilização da filosofia pelas reformas curriculares como uma das faces do ataque ao pensamento reflexivo. Busca-se problematizar a maneira como as reformas educacionais em curso representam um ataque ao pensamento reflexivo na medida que realizam um processo sutil de exclusão da filosofia no currículo da educação básica. O ensaio está estruturado em duas partes: na primeira parte, apresenta-se uma análise sobre a flexibilização/exclusão da filosofia e do pensamento reflexivo induzidos pela Lei 13.415/17 e pela BNCC (Base Nacional Comum Curricular); na segunda parte far-se-á uma defesa da permanência da filosofia nos currículos como prerrogativa para desenvolver o pensamento reflexivo, considerado imprescindível para o pleno desenvolvimento da pessoa humana e para as relações democráticas. Nas considerações finais, são apontados desafios políticos e pedagógicos enquanto compromissos para o campo do ensino de filosofia no Brasil. A metodologia que estrutura o presente ensaio está ancorada no método analítico-hermenêutico, com especial ênfase nos procedimentos de pesquisa bibliográfica e pesquisa documental em políticas curriculares.
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