Os efeitos da pandemia da COVID-19 não se limitaram às questões de saúde pública, incidiram também sobre as relações sociais e econômicas em escala global. A retração da atividade econômica experimentada no ambiente doméstico, em função das medidas de isolamento social, gerou impactos danosos para a economia como um todo e no segmento das micro e pequenas empresas (MPE), é possível que eles tenham se revelado de forma bastante particular, devido aos problemas preexistentes na gestão dessas entidades. A presente pesquisa teve como objetivo analisar a percepção de profissionais de contabilidade e de proprietários/gestores de MPE, do município de João Pessoa-PB, quanto ao papel da informação contábil na gestão dessas entidades no contexto da pandemia da Covid-19. A pesquisa foi operacionalizada por meio de um questionário estruturado on-line, onde foram obtidas as percepções desses atores. Com base nas respostas recebidas, foi possível verificar que, em relação ao nível de compreensão das informações contábeis, 42% dos proprietários/gestores das microempresas e 64% dos proprietários/gestores das empresas de pequeno porte possuiriam um nível de compreensão da informação contábil que pode ser considerado elevado. Já considerando um cenário pós-pandemia, tem-se que 58% e 64% desses gestores, respectivamente, responderam que procurariam consultores ou pessoas com experiência em área comum a contabilidade. Diante dos resultados obtidos, constatou-se uma aparente incompatibilidade entre as percepções, o que levanta questões sobre se os proprietários/gestores, de fato, compreenderiam as informações contábeis que lhes são fornecidas ou se, por outro lado, os profissionais de contabilidade estariam, de fato, fornecendo informações úteis.
O presente estudo teve como objetivo observar o value relevance do EBITDA Padronizado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o EBITDA Divulgado nos Press Releases das companhias brasileiras de capital. Para realizar a análise se utilizou as informações reportadas pelas empresas entre os anos de 2012 e 2021, compondo assim um total de dez exercícios após a normatização do EBITDA. Para subdividir a amostra entre empresas que suavizam e não suavizam o EBITDA, se utilizou o modelo desenvolvido por Leuz, Nanda e Wysoki (2003), o qual observa o desvio padrão da variável de interesse em relação ao desvio padrão do lucro líquido. Por investigar a variabilidade dos dados ao longo de dez exercícios, se optou em utilizar dados em painéis balanceados, os quais totalizaram 820 observações, devido à presença de outliers, preferiu por utilizar de regressões robustas. Como resultados, a presente pesquisa constatou que o EBITDA Divulgado apresenta um maior índice de suavização que o Padronizado. No que tange a relevância, o EBITDA Divulgado apresentou um coeficiente positivo e significativo em todas as análises, enquanto o Padronizado não apresentou significância em nenhum teste. Ao analisar as amostras divididas entre suavização e não suavização se percebeu que os indicadores com indícios de suavização apresentam um conteúdo incremental superior àqueles que não suavizam.
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