Nosso trabalho traz a análise de verbetes de duas obras. Estas são dois dicionários consagrados no mercado editorial: Aurelinho. Dicionário Infantil ilustrado da Língua Portuguesa (2008) e Meu Primeiro Dicionário Houaiss (2010). Analisamos os recursos semióticos presentes em alguns verbetes dessas obras, os quais foram escolhidos tendo como base critérios que priorizassem coincidências de ocorrências entre os dois dicionários. Ao todo, foram analisados 10 verbetes, sendo 5 de cada dicionário, à luz da Multimodalidade e da Metalexicografia. Analisamos a distância social nos verbetes ilustrados, tendo como base a Teoria da Gramática do Design Visual (GDV), e observamos a organização dos verbetes dos dicionários infantis, tendo como referência as teorias da Metalexicografia, por meio de estudos de teóricos como Welker (2004) e Pontes (2009), dentre outros.
Nosso objetivo foi investigar quais as marcas de uso utilizadas nos dicionários escolares tipo 3 do Programa Nacional do Livro Didático 2012 para indicar as restrições e os contextos de uso de palavras relacionadas a homossexual masculino, bem como suas implicações para a compreensão dos sentidos ali expressos. Buscamos fundamentação teórica nos campos da Metalexicografia e da Lexicografia Pedagógica (WELKER, 2004; PONTES, 2009; 2012; GARRIGA ESCRIBANO, 1994; 1995; FAJARDO, 1997) e operamos uma pesquisa descritiva e qualitativa. Apresentamos um levantamento de 11 entradas relacionadas a homossexual masculino, totalizando 44 verbetes extraídos de cinco dicionários escolares. A partir das definições selecionadas, elaboramos redes de fluxo de sentido, redes medioestruturais, e analisamos o posicionamento das marcas de uso empregadas por cada dicionário, nas redes elaboradas, e os padrões de marcação de cada palavra. Em relação às conclusões, podemos destacar dois aspectos: (1) a marca mais recorrente em nosso corpus foi a que se refere ao uso pejorativo, indicando os contextos discriminatórios em que essas palavras são empregadas; e (2) palavras marcadas, como “bicha”, “baitola” e “maricas”, por exemplo, estão posicionadas às margens da rede e o fluxo de sentidos converge dessas palavras para as palavras não marcadas “gay” e “homossexual”.
Uma vez que a escrita acadêmica busca criar o efeito de impessoalidade, estudamos o estilo em textos especializados, especificamente em resumos de tese acadêmica. Mais precisamente, investigamos como os pesquisadores escolhem se representar em seus textos. Para isso, realizamos uma análise descritiva e qualitativa de dois resumos de teses das áreas de Ciência da Computação, dois da Linguística Aplicada e dois da Medicina – totalizando seis, portanto – usando as categorias do metadiscurso interacional de posicionamento como evidenciadores do estilo subjetivo nas áreas apresentadas. Como resultados, percebemos que a pressuposta objetividade dos textos especializados se apresenta em gradações e modos distintos.
Nossa pesquisa tem por objetivo investigar o tratamento do dicionário em um livro didático de português do 6º ano do ensino fundamental, a partir de suas atividades, sob a ótica da Lexicografia. Para tanto, buscamos nossa fundamentação teórica nas reflexões sobre a importância do material didático (SOARES, 2004; LOUSADA, 2015) e em aspectos da Lexicografia (PONTES, 2008; 2009). Esta pesquisa se caracteriza como descritiva e analisa uma atividade, intitulada “Consultando o dicionário”, do livro didático “Vontade de saber português” (TAVARES; CONSELVAN, 2012) voltado para o 6º ano do ensino fundamental. As questões foram analisadas a partir da seguinte categorização: (1) perguntas que abordam os aspectos relacionados às estruturas lexicográficas apontadas; (2) perguntas que abordam a funcionalidade dos dicionários; e (3) perguntas que refletem criticamente sobre as informações do dicionário. As análises apontam para uma prevalência de questões da segunda categoria, isto é, a atividade aborda em sua maior parte (56,25%) aspectos sobre a funcionalidade dos dicionários. As análises ainda apontam que o livro didático instrumentaliza o aluno para os contatos iniciais com o dicionário e para a consulta.
Este trabalho propôs-se a analisar que tipo de concepção de linguagem norteia as práticas discursivas nas aulas de Língua Portuguesa do Ensino Médio e de que forma isso influencia na proficiência leitora dos alunos. Além disso, procurou-se analisar se essas propostas contemplam a inserção da diversidade de gêneros textuais como elementos de grande importância para a interação sociocognitiva dos alunos em ambientes físicos e virtuais. Para tanto, metodologicamente, norteou-se, a partir da prática docente, observando questões como: De que maneira a leitura é trabalhada na prática discursiva em sala de aula? A proposta discursiva contempla a diversidade de gêneros textuais? Na análise dos resultados, discutiu-se sobre as contribuições que esta pesquisa trouxe ao autor, sugerindo-se, que outros estudos sejam realizados, visando, assim, a uma formação educativa fundamentada nos princípios do letramento.
RESUMO Dentre as estruturas lexicográficas, a medioestrutura se configura como a menos abordada nos estudos metalexicográficos tendo em vista o volume de pesquisas referentes a aspectos da microestrutura, como a definição e as marcas de uso. Nosso objetivo, então, é investigar o sistema de remissões de dicionários escolares tipo 3 do Programa Nacional do Livro Didático de 2012. Fundamentamos nosso estudo em trabalhos de metalexicografia (GELPÍ ARROYO, 2000; MARTÍNEZ DE SOUSA, 1995; PONTES, 2009, WELKER, 2004), com foco na medioestrutura e na classificação das remissivas. Nosso corpus é composto por quarenta ocorrências relacionadas a homossexuais masculinos em onze entradas, extraídas de cinco dicionários. (BECHARA, 2011; FERREIRA, 2011; GEIGER, 2011; RAMOS, 2011; SARAIVA; OLIVEIRA, 2010) Fizemos a descrição das remissivas e, por meio delas, elaboramos redes medioestruturais para evidenciar o fluxo de sentidos entre os verbetes. Nossos resultados apontam uma tendência para a utilização de remissivas implícitas (81,8%) e para a convergência de sentidos para a entrada “homossexual”.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.