Resumo Os conceitos de eletricidade e magnetismo, muito antes de figurarem como aspectos basilares da ciência e tecnologia contemporânea, tiveram suas virtudes cantadas em prosa e verso, analisadas em perquirições filosóficas, enaltecidas em tratados morais, aplicadas na medicina e até na literatura mitológica. A história de sua descoberta, que acreditamos ainda não ter sido concluída, se confunde com a própria história do conhecimento humano, desde épocas remotas. Considerando sua importância, buscar-se-á, portanto, tecer alguns fatos e narrativas a respeito da formação dos conceitos de eletricidade e magnetismo ao longo da história antiga até a Idade Média, visando contribuir com os estudos relativos a este recorte temporal no contexto da física.
Gerações de físicos e engenheiros tem se utilizado das transformadas, principalmente da transformada de Laplace, como atalhos para solução de problemas e para estudo de fenômenos transitórios e permanentes. Mas seria a transformada de Laplace mesmo de Laplace? Mais do que simplesmente uma técnica, a história que permeia seu desenvolvimento pode ser vista como uma verdadeira saga de quase 200 anos. Seu nome rende homenagens ao grande matemático francês Pierre-Simon de Laplace, mas isso não é tudo. Na tentativa de responder a esta questão e estimular o interesse pelo estudo das técnicas de transformação em geral, são apresentados alguns traços históricos e inovações que fizeram dessa extraordinária ferramenta uma verdadeira obra de engenharia.
A função delta (δ), nomeada após o trabalho pioneiro do físico inglês Paul Adrien Maurice Dirac (⋆ 1902, †1984) em 1927, tornou-se ferramenta primordial para a ciência e engenharia atuais, com aplicações que vão da teoria quântica até o controle de processos industriais. Ela tem a capacidade facilitar a obtenção de inúmeros resultados que, de outra forma, necessitariam de complicados argumentos. Não obstante, suas definições na literatura são, frequentemente, apresentadas com pouco significado, mesmo que tenham sido corretamente aplicadas na solução de problemas. Este artigo tentará mostrar o engenhoso e inventivo caminho de desenvolvimento desta extraordinária ferramenta, que, além de Dirac, teve a contribuição de outros nomes, como o matemático francês Laurent Moise Schwartz (⋆ 1915, † 2002), com a teoria das distribuições, e do excêntrico físico-matemático e autodidata inglês chamado Oliver Heaviside (⋆ 1850, † 1925).
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