Resumo O artigo objetiva analisar as contribuições da contação de histórias para a saúde mental no contexto da pandemia de Covid-19. Trata-se de uma pesquisa-intervenção que posiciona o recurso das histórias como uma tecnologia leve em saúde, comprometida em reduzir distâncias, criar pontes entre as pessoas através do investimento na produção de vínculos e acolhimento. A contação de histórias articula literatura e psicologia, faz parte da caixa de ferramentas necessárias para a ativação de forças psíquicas expressivas dos afetos no cenário atual. O banco de dados da pesquisa pode ser designado como banco de histórias que passam por um processo de curadoria, sendo essa uma metodologia fundamental para o encadeamento de temas abordados nas histórias e a postagem das mesmas no Instagram do projeto. As histórias videogravadas foram analisadas a partir dos núcleos semânticos contexto-afeto-texto, com destaque para os conteúdos de memória e morte; e práticas de mutualidade em cuidado. A reação dos/as seguidores/as do Instagram expressam mensagens afetuosas aos/as contadores/as.
Resumo O objetivo deste texto é problematizar a conceituação de gênero no campo da Psicologia, em articulação com a homossexualidade e ancorada pela epistemologia feminista decolonial em nossa ciência e profissão. Para tanto, este ensaio crítico se dará a partir de uma discussão teórica, utilizando elementos de caráter literário e estéticos enquanto recursos para a produção do conhecimento em Psicologia. Também considerarei algumas singularidades e inquietações quanto às elaborações sobre gênero e homossexualidade, a partir de estudos em nossa área. Esse debate foi proposto diante da avaliação de que há certa invisibilidade e silenciamento sobre a homossexualidade nos contextos interioranos, inclusive no âmbito da Psicologia, que tem atuado sob uma perspectiva universalista e que não tem se dedicado a entender os processos de subjetivação de homossexualidades nesse lugar. Pretende-se estimular o estudo acadêmico dessas questões, apresentando elementos em torno de gênero, sexualidade, homossexualidade e alguns parâmetros literários a respeito da construção de narrativas, considerando problematizações prévias em Psicologia sobre esse dilema. Abordamos as subjetivações de gênero e homossexualidade, como forma de estimular o debate epistemológico que possibilite mais pesquisas, assim como promover avanços em processos formativos de futuras psicólogas e futuros psicólogos, de forma contextualizada e gendrada.
RESUMO Este trabalho tem como elemento central a autodeclaração racial diante de bancas de heteroidentificação como mecanismo de produção de subjetividades negras no Brasil. No texto trabalhamos a partir das perspectivas da Psicologia Social e de uma epistemologia negra, que nos possibilitam discutir sobre subjetividades negras no Brasil e como as políticas de ações afirmativas têm duplo caráter: político e de uma possibilidade de ressignificação do ser negra(o) no país. No caminho dessa construção colocamos como elemento também, através de um percurso histórico, social e cultural, o ingresso da população negra nos espaços acadêmicos como fator de produção de uma epistemologia negra que possibilita uma reeducação social brasileira em uma perspectiva antirracista. Apontamos como caminho necessário o fortalecimento das políticas de cotas, e seus desdobramentos necessários, para acesso a universidade, que direciona também a uma perspectiva de reestruturação antirracista na comunidade acadêmica.
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