É cada vez mais notório o modo como a aceleração vida urbana tem nos afetado. Nos interessa, nesse ínterim, o debate trazido pelos estudos que pensam a cidade a partir do urbanismo lento e tático, considerando ainda a escala proximal do corpo e das pessoas em seus deslocamentos cotidianos. Nossa pesquisa, portanto, propõe o pedalar como escopo investigativo, não como categoria abstrata, mas como pressuposto posicional e contingencial para estimular um certo tipo de experiência citadina e partilhá-la por meio de relatos feitos de ilustrações e palavras, que são, para nós, uma cartografia de sensações e afetos feitos a partir dos pontos sensíveis e vulneráveis experienciados na escala humana do pedalar.
This article refers to an excerpt adapted from the author's doctoral thesis, which was the main argument the idea that the experience of seeing films in the contemporary world is a geographical experience. The central idea was to show how this spatial dimension to film sets and how the cinema, through narrative picture and sound, create, by allusion or verisimilitude, a geography of movie.
Este artigo apresenta uma proposta de processo analítico para pesquisas de revisão bibliográfica com foco na compreensão de marcos temáticos e de fundamentação teórica. Especificamente foi analisado determinado eixo epistêmico, a saber, o pós-estruturalismo, buscando-se identificar quantidades, fluxos e recorrências das balizas de fundamentação conceituais e temáticas estudadas, com desdobramentos para uma análise do modo como esse retrato se reflete no recorte temático específico (Geografia). Para isso, empreendeu-se um percurso analítico composto pelo arranjo metodológico embasado em Análise de Conteúdo, Análise de Agrupamento de Dados (Cluster Analysis) e na Teoria Fundamentada em Dados (Grounded Theory). A partir desse processo a pesquisa apresenta um fluxograma de procedimentos (modelo de processo analítico), uma série de dados configurados em gráficos (de barras, “caixa-bigode”, histograma e explosão solar), quadros, nuvem de palavras, ficha analítica (modelo de processo analítico), Diagrama de Sankey e mindmap (modelo de processo analítico). A pesquisa foi concluída com a elaboração de problematizações e/ou proposições, no intuito de criar um horizonte de possibilidades para novas pesquisas, com a expectativa de que essa proposta, dado o seu caráter aberto e processual, seja não somente utilizada em outros estudos, mas, sobretudo, aprimorada e continuada.
Este artigo tem como cerne reflexões sobre as geografias que ganham existência a partir de um filme, ou seja, como um pensamento espacial e de mundo é "escrito" pela linguagem cinematográfica. Selecionamos o filme Árido Movie (2006), do diretor Lírio Ferreira. Pesquisamos a questão do olho e do olhareducação visualcomo forma de produção de significação para os lugares, territórios e paisagens. Buscamos entender a política espacial que há nas imagens contemporâneas, política essa, feita de ficções e de narrativas, as quais dão visibilidade, pela linguagem, a determinadas práticas e formas de pensar.
What can a geography as dancing body? language-experience 'gesture-movement-affection' (fragments) Qué puede hacer una Geografía como cuerpo que baila? lenguaje-experience 'gesto-movimiento-afecto' (fragmentos)
RESUMOFeito de fragmentos, esse texto propõe pensar sobre relações e rebatimentos possíveis existentes entre linguagem e experiência na perspectiva de alguns autores pós-estruturalistas. Busquei na reflexão sobre o corpo e a dança um meio de problematizar essa questão e, ao mesmo tempo, lidar com uma Geografia como gesto que se estabelece nos afetos que fazem movimentar em nós, intensidades, potências e devires. "O que pode uma Geografia como corpo que dança?" é, para além de uma pergunta, um convite, uma proposição: por uma Geografia bailarina. Palavras-chave: Corpo -Dança -Geografia
RESUMENHecha de fragmentos, este documento propone que pensar en las relaciones y las posibles repercusiones existentes entre el lenguaje y la experiencia desde la perspectiva de algunos autores postestructuralistas. Busqué en la reflexión sobre el cuerpo y bailar una manera de hablar de este tema y, al mismo tiempo, haciendo una geografía como algo que produce en nosotros los afectos. "¿Qué puede hacer una geografía como cuerpo de baile?" Está más allá de una pregunta, una invitación, una proposición: una geografía bailarina. Palabras clave: Cuerpo -Danza -Geografía
ABSTRACTMade of fragments, this paper proposes to think about relations and possible repercussions existing between language and experience from the perspective of some post-structuralist authors. I sought in reflection about body and dance a way to discuss this issue and at the same time, making a geography as something that produces in us affections. "What can a Geography as dancing body?" is beyond a question, an invitation, a proposition: a ballerina geography.
O alimento, o corpo e o desejo são tomados como territórios em constante negociação. O objetivo deste ensaio é refletir sobre o saborear como alegoria provocativa, que nos convoca a alcançarmos outras sensibilidades, experienciações para a paisagem e, portanto, para nossas grafias de mundo. Sendo assim, propus-me a refletir no sentido, no desejo e na linguagem como potências para um pensar autônomo e criativo. Tomei cenas de filmes em que o saborear é ocasião de articulações políticas e afetivas. A dimensão espacial e estética, dada pelo cinema, em suas mais diferentes escalas e apresentadas na tela e nos movimentos de câmera, permitem o devaneio poético e a reflexão crítica.
Este artigo refere-se a um recorte adaptado da tese de doutorado do autor. A discussão aqui apresentada diz respeito a reflexões feitas a partir da aproximação entre Geografia e Cinema. Esse foi um diálogo que teve como principal amparo imaginativo a ideia de que a experiência de ver filmes no mundo contemporâneo é uma experiência geográfica. Assumimos, portanto, o filme como uma obra da cultura e, nesse sentido, é onde a Geografia Contemporânea entende que está a potência para uma interlocução produtiva: na força política da produção de subjetividades e formas imaginativas, ou seja, os filmes estão a nos dar marcas, maneiras, grafias, geo-grafias para explicar/entender o mundo. O percurso aqui realizado fala sobre como as imagens do filme A Vila, apontaram para a produção de uma forma de imaginar (política) o espaço a partir de alguns elementos do pensamento utópico. Ao aproximarmos essas duas formas narrativas, estamos, por assim dizer, tecendo uma geografia do filme.
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