Os sedimentos da plataforma continental oeste cearense foram investigados com relação à sua textura, conteúdo de carbonato de cálcio e minerais pesados com a geração do modelo digital de fundo desta plataforma. A estatística multivariada foi aplicada aos dados mineralógicos para auxiliar na interpretação da proveniência dos minerais pesados. A plataforma continental oeste cearense, apesar da predominância da sedimentação carbonática, apresenta concentrações importantes de minerais pesados (4,54 %), originando depósitos do tipo plácer nas areias litoclásticas e litobioclásticas situadas mais a leste da área estudada (Folha Fortaleza). Foram identificadas irregularidades indicativas de paleocanais e antigas linhas de praia que favorecem a concentração de minerais pesados. A assembleia mineral (ilmenita, turmalina, epídoto, hornblenda, monazita, estaurolita, sillimanita, rutilo, magnetita, zircão, andaluzita, cianita, granada, leucoxênio, diopsídio, apatita, espinélio e cassiterita) sugere contribuições regionais do retrabalhamento dos sedimentos da Formação Barreiras e contribuição local das rochas metamórficas do Complexo Ceará. Afloramentos do embasamento cristalino na plataforma continental próximos ao Porto do Pecém (São Gonçalo do Amarante) contribuem diretamente no aporte de sedimentos terrígenos e são nesses locais que os minerais pesados se concentram. A estatística multivariada discriminou os dois tipos de proveniências anteriormente descritos, contudo devem-se levar em consideração outras contribuições como das areias pretas costeiras, aporte fluvial atual (continental) e pretérito (vales fluviais afogados) e sedimentos marinhos de deriva litorânea.
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