RESUMO: O objetivo desse texto é registrar reflexões que permitam uma maior compreensão do conceito de simbolização para introduzir a questão da constituição do sujeito simbólico, comprometido pela deficiência mental. As reflexões passam por encontros com diferentes autores, de áreas diversas do conhecimento, com a intenção de marcar a escolha da perspectiva histórico-cultural como a que melhor responde às interrogações sobre o ser humano capaz de dar significado ao mundo, mesmo quando impedido por problemas orgânicos. São fundamentais as contribuições de Vigotski e Bakhtin que concebem o homem como ser que significa e se constitui nas relações concretas de vida.Palavras-chave: Deficiência mental, sujeito simbólico, semiótica, práticas educativas IntroduçãoEste trabalho revela a minha intenção de estudo: como pôr na cultura, na capacidade de significar o mundo (os objetos, as pessoas e as palavras) e na história de vida social, a vida do sujeito deficiente mental. É vislumbrar a possibilidade de empurrar a barra que separa o nor-* Este texto refere-se à pesquisa que resultou na tese de doutorado, orientada pelo Prof. Dr.Angel Pino e co-orientada pela profª Dra. Maria
O objetivo deste texto é fornecer elementos para uma reflexão crítica acerca do que é hoje denominado “educação inclusiva”, especialmente em relação aos seguintes aspectos: o direito de todas as crianças e jovens a uma educação de qualidade; os equívocos da assim chamada inclusão; as lacunas na formação de professores e os aportes teóricos necessários à efetivação da educação para todos. O fato de existirem leis e resoluções que garantam a educação escolar universal, gratuita e laica para todos, inclusive para os deficientes, não vem garantindo o ensino de qualidade, ou seja, o aprendizado de conhecimentos acumulados historicamente pela humanidade. Pesquisas vêm demonstrando que a formação que professores do ensino fundamental vêm recebendo, tanto a inicial quanto a continuada, não responde às suas necessidades profissionais. Pensar a educação inclusiva exige conhecer a nossa realidade social e política, bem como dominar conhecimentos teóricos com rigor epistemológico acerca do desenvolvimento humano e do papel da escola como ato educativo. Tomamos como marcos teóricos a filosofia de Karl Marx e Friedrich Engels, a perspectiva histórico-cultural do desenvolvimento de Lev Semionovich Vigotski e a pedagogia histórico-crítica de Dermeval Saviani.
RESUMO: considerando que o desenvolvimento humano é passagem do ser biológico ao ser cultural e que são as condições de existência, criadas pelos homens, ao longo da história de cada povo, que promovem o desenvolvimento das funções propriamente humanas, neste texto pretende-se dar destaque à elaboração conceitual, própria da educação escolar, pelos alunos com deficiência intelectual. O percurso da reflexão segue trazendo, primeiramente, as bases teóricas da Psicologia Histórico-Cultural para a compreensão das leis gerais que regem o desenvolvimento cultural das pessoas. Em seguida, desenvolvem-se argumentos acerca das funções psicológicas superiores ou culturais e a elaboração conceitual como condição e caminho desse desenvolvimento. Na terceira parte, apresenta-se a mediação entre os fundamentos da Psicologia Histórico-Cultural e a educação escolar realizada pela Pedagogia Histórico-Crítica. Conclui-se abordando as práticas pedagógicas e as possibilidades que se abrem para a educação das pessoas com deficiência, uma vez que, por meio delas, se dê a significação do mundo e de si, elevando e transformando, portanto, os conhecimentos cotidianos em direção à apropriação dos conceitos científicos. PALAVRAS-CHAVE: Educação Especial. Educação Escolar. Elaboração Conceitual. Deficiência Intelectual.ABSTRACT: Considering that human development is the passage of the biological being to the cultural being and that the conditions of existence, created by men, throughout the history of each people, that promote the development of properly human functions, in this text, we intend to highlight the conceptual elaboration, proper of school education, by students with intellectual disability. The course of reflection brings, firstly, the theoretical basis of Historic-Cultural Psychology to the comprehension of general laws that rule the cultural development of people. Afterwards, we develop arguments about the superior psychological or cultural functions and the conceptual elaboration as a condition and path to this development. On the third part, we present the mediation between the underpinnings of Historic-Cultural Psychology and scholar education performed by Historic-Critic Pedagogy. We concluded by approaching the pedagogic practices and the possibilities that they open to education of people with disabilities once that, by them, it is given meaning to the world and oneself, elevating and transforming, therefore, the quotidian knowledge towards the appropriation of scientific knowledge.KEYWORDS: Especial Education. School Education. Conceptual Education. Intellectual Disability. Da Passagem Do ser biológico ao ser culturalA transformação biológica do homem não representa um pré--requisito; [...] é resultado da libertação social do homem. (VIGOTSKI, 1930).Ao nascer, o novo indivíduo da espécie humana mergulha na cultura e passa a fazer parte de um grupo, de uma classe social e da história da humanidade. Sua dependência total dos membros mais experientes parece ser uma desvantagem em relação a outros animais mamí-feros. Des...
Reflete-se sobre o conceito de desenvolvimento humano para além das funções biológicas elementares, enfocando a necessidade de superação dos limites impostos por elas por meio da educação – seja no contexto das relações sociais seja no contexto específico da educação escolar, tomada como lócus privilegiado de desenvolvimento das funções psíquicas superiores. Da perspectiva histórico-cultural, entende-se desenvolvimento psíquico conforme a lei geral anunciada por Lev Vigotski, ou seja, a conversão das relações interpessoais no contexto de vida social, em funcionamento intrapsíquico de apropriação da cultura. A discussão aborda aspectos da teoria da escola de Vigotski acerca do desenvolvimento e da instrução.
Resumo Há importantes trabalhos discutindo o conteúdo e as intenções do movimento Escola Sem Partido e seus possíveis efeitos para a sociedade brasileira. O objetivo deste artigo, no entanto, é debater a questão do complexo ideológico que o impulsiona. Por meio de algumas observações sobre o movimento, analisam-se sobretudo as questões ideológicas defendidas por ele e suas conexões com a "nova racionalidade" que rege interesses muito mais amplos do capital na contemporaneidade e envolvem todas as esferas da vida social, entre elas a educação escolar. PalavRas-chave: Escola sEm Partido; ideoLogia; LiBeraLisMo; eduCação.abstRact There are important works discussing the content and intentions of the Non-Party School Movement and its possible effects on Brazilian society. The purpose of this article, however, is to debate the question of the ideological complex that drives it. With some impressions of this movement, we analyze the ideological issues advocated by its and how they are connected with the "new rationality" that governs much broader interests of the capital in the contemporary world involving all spheres of social life, including school education. KeywoRds: NoN-Party school movEmENt; ideoLogy; LiBeraLisM; eduCation.Resumen: Hay importantes trabajos discutiendo el contenido y las intenciones del movimiento Escuela Sin Partido y sus posibles efectos en la sociedad brasileña. El objetivo de este artículo, sin embargo, es debatir la cuestión del complejo ideológico que lo impulsa. A través de unas impresiones sobre el movimiento, se analizan en especial los aspectos ideo-I Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP), Piracicaba/SP -Brasil.
O propósito deste texto é discutir a relação entre o movimento histórico, social e educacional da Educação Inclusiva no Brasil e a proposta da Pedagogia Histórico-Crítica como práxis pedagógica, no sentido da compreensão e da superação da exclusão escolar generalizada, ainda presente em nosso país. Para a Pedagogia Histórico-Crítica, a superação da sociedade de classes e das desigualdades por ela produzidas é uma condição fundamental para que a diversidade humana se realize de forma plena e radical. Partindo da realidade da educação Inclusiva no Brasil, seus impasses e suas conquistas, o texto aborda os desafios e possibilidades da formação humana com escola para todos, em salas de aula que devem, efetivamente, atender às singularidades de seus alunos em direção ao domínio dos conhecimentos que a humanidade desenvolveu e a ciência, a filosofia e as artes sistematizaram. Em seguida, reflete-se, com os fundamentos da Psicologia Histórico-Cultural, que uma teoria pedagógica revolucionária deve mediar, por meio da obra da cultura, o desenvolvimento mental dos indivíduos, promovendo saltos de qualidade no desenvolvimento humano. O texto finaliza apontando a contraposição ao que propõe os “Projetos de Escolas sem Partido” que procuram restringir e eliminar o debate de ideias e as possibilidades do pensamento plural. Insiste-se na necessidade do estabelecimento de condições para que as “muitas vozes” sociais manifestem e apresentem suas explicações para os problemas concretos que afligem as pessoas com deficiência e as demais minorias sociais.
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