Resumo: Através da preservação da cultura material produzida pelos sujeitos negros no universo do samba e carnaval, abordaremos a trajetória de Tia Dodô da Portela, refletindo os regimes de visibilidade, protagonismo e emancipação desenvolvidos por mulheres negras na dimensão política, cultural e de organização dos espaços da memória em países de reminiscências coloniais, como é o caso do Brasil. Tia Dodô inscreveu seu nome na história social das mulheres pela via do samba e foi responsável por outra intervenção no mundo ao transformar sua casa, em uma favela do Rio de Janeiro, em um museu do carnaval. Atualizando a prática política por tornar visível o trabalho que mulheres negras empreendem a partir das margens, teve nesse espaço uma abertura radical de resistência e possibilidades, pois a criação de sítios museológicos elaborados por mulheres negras acionam a potência das histórias múltiplas na partilha do comum.
Pensando em espaços urbanos, patrimônios e novas perspectivas museológicas, o presente trabalho tem como objetivo adentrar o universo de uma velha sábia negra, Tia Dodô, e por meio de sua subjetividade e sua construção identitária entender a produção de novos espaços alegóricos enquanto museus na contemporaneidade. Tangenciando a história oral, vamos refletir, com base na tríade memória, espaço e patrimônio, como Tia Dodô, jogando com o poder simbólico, conseguiu negociar e recepcionar a transformação de sua casa no Museu Tia Dodô, espaço museológico numa favela na zona portuária do Rio de Janeiro.
Pensando em espaços urbanos, patrimônios e novas perspectivas museológicas, o presente trabalho tem como objetivo adentrar o universo de uma velha sábia negra, Tia Dodô, e por meio de sua subjetividade e sua construção identitária entender a produção de novos espaços alegóricos enquanto museus na contemporaneidade. Tangenciando a história oral, vamos refletir, com base na tríade memória, espaço e patrimônio, como Tia Dodô, jogando com o poder simbólico, conseguiu negociar e recepcionar a transformação de sua casa no Museu Tia Dodô, espaço museológico numa favela na zona portuária do Rio de Janeiro.
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