Com o objetivo de se avaliar a freqüência de caprinos leiteiros soropositivos para Neospora caninum, no estado de São Paulo, e se verificarem possíveis associações com idade, sexo e problemas reprodutivos, nos capris, e, também, presença de cães, nas propriedades, foram obtidos soros de 923 caprinos de ambos os sexos e idade acima de 3 meses. Os animais eram provenientes de 17 propriedades de diferentes municípios. Para o diagnóstico, foi utilizado o teste de aglutinação para Neospora (NATe"25), e, em todos os capris, aplicou-se um inquérito a partir do qual se obtiveram informações epidemiológicas e de esfera reprodutiva. Todos os resultados estatísticos foram discutidos no nível de 5% de significância. Assim, chegou-se à conclusão de que a freqüência percentual de positividade para N. caninum foi de 19,77%, e, em apenas uma propriedade, não houve registro de animal soropositivo, o que revela difusão do agente, no Estado. Não foram verificadas diferenças significativas entre freqüências de positividade quanto ao sexo, idade ou problemas reprodutivos. Porém, ressalta-se que a presença de cães, nos capris, foi associada a uma maior freqüência de caprinos soropositivos a N. caninum. A representação geográfica da distribuição de caprinos soropositivos para o protozoário, em mapa coroplético em hachuras, pode implicar em um ganho considerável para estudos da epidemiologia geográfica, na elaboração de um planejamento de controle da enfermidade.
Objetivando avaliar a ocorrência de anticorpos anti-Toxoplasma gondii, em caprinos leiteiros do estado de São Paulo, e verificar possíveis associações com idade, sexo, presença de gatos, problemas reprodutivos e potenciais riscos à saúde pública, foram considerados soros de 923 caprinos, de ambos os sexos e idade acima de três meses, provenientes de 17 propriedades de diferentes municípios. Para o diagnóstico, utilizou-se a reação de imunofluorescência indireta (RIFIe"16) e, também, um inquérito sobre saúde, a fim de se coletarem informações epidemiológicas e de esfera reprodutiva de todos os capris. Os resultados foram discutidos no nível de 5% de significância. Do total das 17 propriedades, foram diagnosticados 15 focos de T. gondii, com positividade entre 2,70% e 81,25%. Não foram verificadas associações entre freqüência de soropositividade e sexo dos animais nem ocorrência de falhas reprodutivas, nos capris. Constatou-se influência positiva na taxa de anticorpos anti-T. gondii pelo aumento da idade dos caprinos e presença de gatos, nos capris. Além de a enfermidade encontrar-se amplamente difundida no estado de São Paulo, o risco eminente de transmissão de T. gondii à saúde pública também deve ser considerado, uma vez que se encontraram focos onde se comercializavam produtos "in natura", como leite e carne.
Resumo Foi colhido um total de 442 soros em rebanhos caprinos de sete regiões do Estado de São Paulo e testados para anticorpos contra Toxoplasma gondii pela reação de imunofluorescência indireta. Em todos os rebanhos, foram encontrados caprinos reagentes, totalizando 64 (14,5%) animais com sorologia positiva em diferentes capris. Palavras-chaves: Caprinos. Toxoplasmose. Toxoplasma gondii. Imunofluorescência indireta. Prevalência.Abstract Four hundred forty-two serum samples were collected from dairy goats in seven regions of São Paulo State. These were tested for Toxoplasma gondii antibodies using the indirect immunofluorescent antibody test. Sixty-four (14,5%) serologically positive animals were found from all these goat farms studied.
A CAE é provocada por um lentivírus. Os animais infectam-se, principalmente, quando mamam colostro e/ou leite contaminados. Neste trabalho, propôs-se um plano de controle da CAE, sem que se sacrificassem as mães contaminadas. Utilizaram-se 39 cabritas, nascidas de mães soropositivas para a CAE. Após o nascimento, as cabritas foram isoladas das mães e alimentadas com colostro de cabras soronegativas, tratado termicamente, e com leite de cabra pasteurizado, até os dois meses. Submeteram-se todas as cabritas ao teste sorológico, trimestralmente, do nascimento aos 12 meses; segregaram-se as soropositivas do rebanho. O grupo controle consistiu de 12 cabritos, nascidos de cabras soropositivas, os quais permaneceram com suas mães. O procedimento de diagnóstico foi o mesmo, mas não foram segregados os positivos. Ao final de 12 meses, 34 (87%) animais do grupo experimental permaneceram soronegativos, com limites de confiança de 76% a 98%; nos animais do grupo controle, a taxa de negatividade acumulada foi de 17%, com limites de confiança entre 0% e 38%. Com esses resultados, conclui-se que o plano proposto é viável para garantir o controle da enfermidade, em rebanhos contaminados, ou seja, a não-adoção do mesmo pode levar à contaminação dos animais nascidos de cabras infectadas.
RESUMO Visando à construção de uma ferramenta de trabalho que permitisse expressar a grandeza da saúde animal de propriedades rurais, foi construído um indicador resultante da qualidade da saúde do rebanho denominado “status de saúde animal”. Como exemplo para a construção do indicador, tomaram-se os soros de 923 caprinos oriundos de 17 capris do Estado de São Paulo, nos quais se avaliaram três enfermidades e seus respectivos impactos percentuais: a artrite-encefalite caprina, a neosporose e a toxoplasmose - todas de caráter infeccioso e transmissível e que ocasionam consideráveis perdas econômicas. A lógica da construção matemática do “status de saúde animal” classifica a propriedade numa variação de 0 a 100%, conforme a positividade das enfermidades no rebanho: quanto maior a frequência acumulativa de ocorrência das doenças nos animais, menor o valor do indicador, chegando ao limite de 0% - quando todos os animais estiverem positivos às três enfermidades e de 100% - quando todo o rebanho for negativo. Para detecção de anticorpos anti-T. gondii, anti-N. caninum e anti-CAEV, foram utilizados, respectivamente, reação de imunofluorescência indireta (RIFI ≥ 16), teste de aglutinação para Neospora (NAT ≥ 25) e imunodifusão em gel de agarose (IDGA positivo ou negativo). O “status de saúde animal” das propriedades rurais variou de 32,38% a 96,40%, de acordo com a ocorrência de positividade para as enfermidades. A característica do valor do “status de saúde animal” terá reflexo direto na cadeia de produção dentro e fora da fazenda, proporcionando não somente enormes vantagens mercadológicas, devido à expressão que a saúde animal terá para agregar valor às propriedades rurais de produção animal, mas também no consumidor final que poderá verificar a qualidade da saúde animal no início da cadeia de produção.
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