Observa-se que atualmente, no Ocidente, na área de Tecnologia da Informação, há pouca presença feminina. Isso ocorre pelo contexto histórico-social, pois ao longo da história Ocidental as mulheres foram percebidas como portadoras de capacidades para realizarem tarefas de cuidado e interpessoais, e o conhecimento científico foi percebido como pertencente aos homens. Voltando o olhar para o passado dessa área de Tecnologia da Informação, observa-se que a matemática Ada Lovelace, que viveu entre os anos 1815 a 1852, é uma precursora do que hoje chamamos de linguagem da computação. Sendo assim, olhando para o passado, na busca de compreender o presente, e este texto objetiva apresentar algumas informações sobre a presença das mulheres no campo tecnológico ao longo do século XX, a partir de uma análise bibliográfica, bem como, analisar um estudo de caso, observando o número de homens e mulheres ingressantes e concluintes dos cursos de graduação das universidades públicas de Ponta Grossa, nos cursos de Engenharia da Computação, Engenharia de Software, Ciência da Computação, no início do século XXI. Para a realização desse estudo utiliza-se como base teórica e de análise a categoria gênero. Para a análise dos dados coletados, foi utilizada uma observação quantitativa – construindo gráficos, quadros e tabelas –, e uma reflexão qualitativa, na qual os dados quantitativos serão problematizados, com a utilização da categoria gênero. Os resultados dessas análises permitem observar a relações entre os dados locais e nacionais, bem como, os internacionais. O conhecimento dessa realidade permitirá que no futuro se desenvolvam estratégias para incentivar as mulheres a seguirem nessa carreira, pois em uma sociedade a cada dia mais tecnológica a área de Tecnologia da Informação é um espaço de poder. E como outros espaços sociais, esse tende a reproduzir as relações de gênero que excluem as mulheres.
